Fabiano Viana Andrade


TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE HISTÓRIA: O DESAFIO DA CULTURA ESCOLAR


Introdução

A partir da segunda metade do século XX, os avanços tecnológicos popularizaram o acesso à informação assegurando a presença das TDICs (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação) em grande parte das atividades pós-modernas. Estudos apontam que a cultura digital, oriunda do amplo acesso aos recursos tecnológicos vem modificando não só a maneira como a sociedade vive, mas, consequentemente, a maneira como se constrói o conhecimento, tendo em vista que favorecem o desenvolvimento de uma série de capacidades ao permitir contato com ferramentas distintas, tais como: arquivos virtuais, sites, vídeos, jogos, plataformas educativas, ebooks, dentre outros, ao mesmo tempo ou até mesmo em tempos diferentes.

De acordo com Moura (2009) “a escola, em cada momento histórico, constitui uma expressão e uma resposta a sociedade na qual está inserida. Nesse contexto, leia-se que a escola é fruto da sociedade a que pertence”. No entanto, ainda segundo Moura (2009), atualmente a escola vem recebendo diversas críticas por não acompanhar as mudanças culturais da sociedade atual. 

Nesse contexto, considerando a tecnologia como ferramenta de grande potencial colaborador para o ensino de História, pensar a educação na Era Digital é reconhecer a necessidade crescente de romper com um modelo de pedagogia tradicional/vertical, e considerar a construção do conhecimento a partir de diferentes contados entre os mais diversos recursos hoje disponíveis. Nesse cenário, o ensino de História defronta-se com o desafio potencialmente inovador, não só de inserir as TDICs Tecnologias de Informação e Comunicação sala de aula, mas fazer uso pedagógico das mesmas, de modo a facilitar o processo de ensino aprendizado.

Para tanto, tratando o ensino de História com algo integrante da cultura escolar, o presente trabalho busca refletir sobre a cultura escolar apontando alguns subsídios que venham servir ao debate sobre utilização de recursos tecnológicos em aulas de História.

Cultura digital e cultura escolar

O conceito de cultura é amplo e tem sido trabalhado por diversos autores em perspectivas diferentes. Muito embora seja discutido sob enfoques variados, é consenso a compreensão do comportamento cultural como um conjunto de experiências humanas construídas em sociedade ao longo do tempo. Na prática, é possível afirmar que a cultura corresponde à expressiva ao conjunto te hábitos e modo de convivência pelos quais os diferentes povos constroem suas identidades.

De acordo com a literatura pesquisada, o despertar para a problemática da cultura escolar despontou no contexto das discussões sobre a crise dos sistemas educacionais na segunda metade do século XX, impulsionadas por diferentes autores em busca de novas referências teóricas para interpretar o universo da escola. Nesse esforço destacam-se Boudieu e Passaron (2009) no livro “A Reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino”   quando  denunciam em seus escritos o caráter reprodutivista da cultura escolar, no sentido da manutenção de determinadas relações de poder na França, crítica que foi muito difundida entre teóricos e educadores brasileiros nos anos 80 e 90.

Sobre a preocupação em torno da cultura escolar, Filho et al, (2004) apontam que “há uma aproximação cada vez mais fecunda com a disciplina da História, seja pelo exercício de levantamento, organização e ampliação da massa documental a ser utilizada nas análises, seja pelo acolhimento de protocolos de legitimidade da narrativa historiográfica” (FILHO et al, 2004, p.142).      

Atualmente, inúmeras discussões têm movimentado o campo dos estudos culturais e muitas são as fontes encontradas sobre essa temática. Pesquisas educacionais que direcionam a cultura escolar para o centro das investigações transitam da História à Sociologia, de política educacional às práticas pedagógicas. No entanto, dentre estas diferentes tendências investigativas, é consenso nos casos em que o objeto de pesquisa seja a escola, o reconhecimento da existência de uma cultura própria dessa instituição. Silva (2005), se referindo à cultura escolar aponta para o fato desta se conformar, de maneira muito particular, em uma prática social própria e única.  

No caso do Brasil, Antônio Candido (1979) advertia, já no início da segunda metade do século XX, para uma dinâmica própria da escola, a qual seria resultado direto entre seus membros e a relação mantida com a estrutura social externa. Segundo o autor, apesar da organização administrativa ser semelhante a todas as escolas, cada instituição apresenta características únicas para desenvolver de maneira singular suas sociabilidades (CANDIDO, 1979 apud por KNOBLAUCH et al., 2012).

Portanto, considerando a escola como um espaço de produção e reprodução cultural, sem a pretensão de dar conta de explicar todos os aspectos implicados e constituídos no âmbito do cotidiano escolar, o presente trabalho concentra-se em analisar o conflito cultural existente no espaço escolar, provocado pela emergência da cultura digital e a utilização dos recursos tecnológicos pelos jovens inseridos nos espaços de ensino/aprendizagem.

De acordo com os apontamentos aqui colocados, entende-se que a escola, embora seja fruto da sociedade na qual está inserida, possui uma cultura própria que se constrói nos moldes do sistema de ensino, e que pode variar de região para região. Nesta perspectiva, tendo em vista as peculiaridades das sociedades mediadas por recursos digitais na qual estamos inseridos, cabe refletir: de que forma a cultura digital é absorvida pela cultura escolar? Quais as vantagens do auxílio das tecnologias em aulas de História  

Tecnologias digitais e o ensino de História

É consenso que as Tecnologias Digitais vêm ocupando um espaço cada vez mais presente em nossas vidas. No que se refere a utilização destas em ambientes escolares, em geral, menciona-se que a tecnologia está transformando ou pode transformar profundamente a educação. De fato, as tecnologias estão cada vez mais presentes nos espaços educacionais, no entanto, a cultura digital tem encontrado bastante resistência em dialogar com a cultura escolar. Partindo do princípio de que a revolução das tecnologias digitais é, em essência, cultural, o presente trabalho destaca a cultura digital como um desafio constante para a cultura escolar.
Sendo assim, Marchese e Gil (2004), evidenciam a mudança nos comportamentos promovida pelas tecnologias digitais, que a tempo deixou de ser considerada somente como ferramenta e ser entendida em seus aspectos de produção de identidades e de subjetividades. De acordo com Pretto e Silveira (2008), a cultura digital é um espaço aberto de vivência dessas novas formas de relações sociais no espaço. Nas palavras dos autores:

“o exercício das mais diversas atividades humanas está alterado pela transversalidade com que se produz a cultura digital. As dimensões de criação, produção e difusão de ideias são potencializadas pelo modo como as diferentes culturas se manifestam e operam na sociedade em rede” (PRETTO E SILVEIRA, 2008;).

Em se tratando do espaço escolar, Buckingham (2008) afirma que, historicamente, o ensino escolar tem se caracterizado por uma absoluta rejeição a cultura cotidiana dos alunos e isso tem gerado sérios problemas no âmbito educacional. O autor menciona ainda que a cultura digital faz parte do cotidiano dos alunos, tendo em vista que as novas tecnologias estão cada vez mais presentes nas ações desenvolvidas pelos sujeitos, de modo geral, e presente em todos os momentos na vida.
Moran (2009) vai ao encontro de Buckingham quando menciona que a tecnologia digital tem adentrado o ambiente educacional de forma avassaladora e desenfreada, atingindo todos os sujeitos envolvidos. Dessa forma, criou-se a expectativa de que as mais recentes tecnologias, quando inseridas no ambiente educacional, apresentariam soluções rápidas para mudar o “problema” educacional. Criou-se disciplinas de informática na escola, construiu-se salas de multimídia, laboratórios de informática, mas quase nada parece mudar. Moran atribui essa pequena mudança à pouca reflexão crítica em torno de alguns pontos relevantes da inserção de tecnologias na educação e, por isso, podem se tornar uma grande “panaceia modernosa, correndo o risco de não trazer nenhum resultado significativo para o desenvolvimento educacional de cidadãos da atual geração, incluindo-se crianças, jovens, adultos e os idosos (MORAN, 2009, p. 7-8).
O autor também ressalta que as mudanças necessárias para educação não dependem de um sujeito isolado e sim de todos os envolvidos, desde a equipe técnica pedagógica até professores e alunos. Vive-se uma era em que a construção do conhecimento, considerando a inserção das mídias e o processamento multimídico, é mais livre, menos rígida e passa por diferentes canais de recepção sensorial, emocional e racional, na qual, contando-se com equipe disposta a inovar, pode-se modificar a forma de ensinar (MORAN, 2009). Nesse contexto, o docente tem um papel fundamental não só de professor, mas orientador, mediador e intelectual, capaz de filtrar as informações mais importantes e empenhar-se para que elas se transformem e cheguem de forma significativa ao aluno. Em relação às TDICs, o autor ressalta a importância da inserção da televisão, assim como o uso de vídeos no ambiente educacional, pois “[...] o ver está, na maior parte das vezes, apoiando o falar, o narrar, o contar História. A fala aproxima o vídeo do cotidiano, de como as pessoas se comunicam habitualmente [...]” (MORAN, 2009, p. 38).
Moran, (2009) destaca a importância de se pensar políticas públicas voltadas a ampliar a sala de aula para os ambientes virtuais, sendo preciso diminuir o espaço e a distância que separa os que podem dos que não podem acessar a internet. Nesta perspectiva, cabe ressaltar que no contexto da atual sociedade do conhecimento, é importante observar que educação e tudo que a envolve exige uma nova abordagem, onde o componente tecnológico não pode ser ignorado. De acordo com Mercado (2002) O professor da “nova sociedade da informação” deve rever de forma crítica seu papel como educador, objetivando que o espaço da aula se torne um ambiente de aprendizagem com trabalho coletivo a ser criado, fazendo uso dos novos recursos que a tecnologia oferece na organização e dinamização dos conteúdos.

Se tratando do ensino de História, já na primeira metade do século XX, estudiosos apontavam para o fato do ensino de História, naquele momento, viver um histórico de crise resultante, sobretudo, dos descompassos existentes entre as inúmeras e diferenciadas demandas sociais frente à incapacidade da instituição escolar em atendê-las (NADAI, 1992). Alda (2012) completa trazendo uma reflexão no que se refere à necessidade de adaptação da educação em meio às mudanças geradas na sociedade pós-moderna mediante a nova realidade tecnológica. Para a autora “a educação e o sistema educativo sofreram grandes mudanças nos últimos tempos. A partir do século XX, os avanços tecnológicos popularizaram o acesso à informação, modificando a maneira como vivemos e, consequentemente, a maneira como aprendemos” (ALDA, 2012, s.p.).

Se tratando do ensino de História, a utilização pedagógica da TDICs traz para sala de aula possibilidades até então inimagináveis, que não só facilitam de forma interativa facilitando a veiculação e enriquecimento das informações transmitidas, como também proporcionam uma atuação bem mais participativa por parte entre aluno/professor e conteúdo.        Lima e Ribeiro (2012) ressaltam que o uso de ferramentas tecnológicas pode representar um grande potencial significativo no processo de ensino/aprendizagem, desde que apresente coerência em sua estrutura interna e sequência lógica dos conteúdos, e que eles sejam compreensíveis para os sujeitos que aprendem. Sendo assim, considera-se necessário que os profissionais envolvidos no processo de ensino/aprendizado busquem se qualificar para lidar com as novas TDICs, atuando como mediador entre o aluno e a aprendizagem.

As TDICs, quando utilizadas como recurso tecnológico, além de favorecer o desenvolvimento de uma série de atividades, permite o contado com linguagens variadas, que na maioria das vezes já são familiarizadas pelos alunos como: fotografias, vídeos, imagens, jogos filmes dentre outros. O acesso a esses recursos, por ser familiarizado pela cultura digital, torna a aula de História mais harmoniosa e o processo de ensino aprendizado mais fecundo. Além familiarização, os recursos aqui citados permitem acesso facilitado a uma grande quantidade de material que passa a ser digitalizados a partir da segunda metade do século XX como textos, vídeos educativos dentre outros. Todo esse material acessível nas redes, quando usados em aulas além de diversificar o modelo tradicional de ensino também possibilita uma maior aproximação do conteúdo com a realidade cultural do aluno.
Logo, diante das constantes mudanças sofridas pela sociedade, faz-se inteiramente necessária a mudança de um ambiente escolar unicamente centrado no professor, para um ambiente centrado no aluno, onde o papel do professor concentra-se em ser o mediador no auxílio ao aluno pela busca de conhecimento e construção do saber frente aos novos recursos tecnológicos democratizados em meio a cultura digital.

Considerações finais
Embora a cultura digital encontre certa resistência quando contrastada a cultura escolar, o uso das TDICs em aulas de História pode e deve contribuir direta e indiretamente auxiliando a prática pedagógica ao professor, não só no diálogo entre os saberes, mas na familiarização entre os sujeitos envolvidos e o processo de ensino/aprendizado. No entanto, para que o acesso a essas ferramentas nas aulas de História tenha resultado esperado, faz-se necessária uma reflexão acerca dos métodos a serem utilizados no percurso que se desenhou a partir dos avanços da tecnologia digital. Já que a dinamização dos conteúdos e notícias, ferramentas como banco de dados e redes sociais permitem grande acesso a informação e se configuram como um fértil espaço de debate. É preciso que o ensino de História esteja “plugado” a esses novos recursos, fomentando debates em espaços virtuais e enriquecendo cada vez mais a troca entre professor/aluno e conteúdo.         

Referências
Fabiano Viana Andrade é mestrando em Ensino de História (PROFHISTÓRIA UFF), Especialista em Literatura Memória Cultural e Sociedade (IFF), Especialista em Docência no Século XXI (IFF) e Graduado em História. Professor de História da rede estadual SEEDUC/RJ.

ALDA, L.S. Novas tecnologias, novos alunos, novos professores? refletindo sobre o papel do professor na contemporaneidade. Seminário internacional de letras. Língua e literatura na pós-modernidade, Rio Grande do Sul, jun. 2012.

BOURDIEU, P.; PASSERON, J.-C. A reprodução. Elementos para uma teoria do sistema de ensino. 2009. ed. Covilhã: LusoSofia, 2009.

BUCKINGHAM, D. Aprendizagem e Cultura digital. In: Pátio: Revista pedagógica. Porto Alegre: Artmed, v. 11, n 44 nov/jan.2007/2008, p. 8-11.

KNOBLAUCH, A. et al. Levantamento de pesquisas sobre cultura escolar no Brasil. Educação e Pesquisa, p. 557–574, 2012

LIMA, P. S.; RIBEIRO, T. N. A utilização dos blogs como recurso pedagógico nas aulas de química: as concepções manifestadas por alunos sobre a utilização da tecnologia. In: VI Colóquio Internacional “Educação e contemporaneidade”. Sergipe, set. s.p. 2012.

MARCHESI, A.; GIL, C. H. Fracasso escolar: uma perspectiva multicultural. Porto Alegre: Artmed, 2004.

MERCADO, L. P. L.(org.). Novas tecnologias na educação: reflexões sobre a prática. Maceió: EDUFAL, 2002.

MORAN. J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2009.

MOURA, M. J. F. de. O Ensino de História e as Novas Tecnologias: da reflexão à ação pedagógica. In: ANPUH – XXV Simpósio Nacional de História, 2009, Fortaleza – CE. Anais. Fortaleza – CE: ANPUH, 2009, p.1-10. Disponível em: http://anpuh.org/anais/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S25.0923.pdf. Acesso em 10 nov. 2014.

NADAI, E. (1992). “O ensino de história no Brasil: trajetória e perspectivas”. Revista Brasileira de História, vol. 13, nº 25/26, pp. 143-162.

PRETTO, N.L.; SILVEIRA, S.A. (Org.). Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: Edufa, 2008.

VIDAL, D.G.; FARIA FILHO, L.M. História da educação no Brasil: a constituição histórica do campo (1880-1970). Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 23, jul. 2003.

18 comentários:

  1. Bom dia Fabiano,

    A utilização das redes sociais configura-se num instrumento muito interessante para a análise de discursos, principalmente nesse contexto dicotômico que busca-se impor no atual contexto político, econômico, social e cultural em que estamos inseridos. Como desconstruir os mecanismos que fomentam o "fake news" para permitir a prática dessa análise de discurso?

    Maicon Roberto Poli de Aguiar

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  3. Boa noite!
    O uso das novas linguagens com a tecnologia ali implicada remete também as políticas públicas para a educação pública e seus (re)imvestimentos. Como abordar todos estes temas em uma escola públuca sem infraestrutura e alunos quase que excluídos desta sociedade de informação?
    Arnaldo Henrique de Sampaio Santos

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  4. Oi Fabiano, parabéns pela sua contribuição. Depois de muitos anos dividida entre sala de aula e gestão acadêmica estou agora exclusivamente dedicada ao ensino, pesquisa e extensão e querendo aprender a usas as TDICs. Tentando usar esses recursos para um ensino-aprendizagem mais dentro do nosso cotidiano. São muitos os desafios, mas um dos principais é a falta de infraestrutura. Nossas salas de aula (exceto alguns laboratórios) não tem internet, nem wi-fi, nem todos os equipamentos. E quando tem um desses recursos nos faltam os outros. Ou seja, além do desafio de novas metodologias, convivemos com os obstáculos que se refere a falta do acesso à internet, e consequentemente as TDICs.
    Rosilene Dias Montenegro.

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  5. Olá Fabiano,
    Parabéns pela reflexão. Uma dúvida que sempre surge a respeito do uso das tecnologias em sala de aula é a questão da diferenciação no acesso, já que este não está disponível para todos os alunos (nem para todas as escolas). Você acha que a popularização dos celulares facilita esse trabalho? E como poderíamos utilizar estes aparelhos para qualificar o ensino de história?
    Abraço e obrigado.

    Israel da Silva Aquino

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  6. Importante reflexão sobre a tecnologia como parte do ensino de história. Como bem coloca Buckingham (2008), infelizmente o que ainda vemos nesse âmbito é a rejeição a cultura cotidiana dos alunos, parece que os jogos eletrônicos, aplicativos, redes sociais e celulares não existem quando estamos em sala de aula. O que é uma omissão desastrosa para compreensão da tecnologia relacional. Acredito que é essencial trazer para o espaço escolar as mídias com quais os alunos estão acostumados e, apesar das diferenças econômicas e sociais, existem softwares, jogos e outras ferramentas de cunho gratuito que podem auxiliar na aprendizagem. Em um cenário onde a tecnologia é negligenciada pela maioria dos historiadores, creio que a principal questão é: como fazer para os professores se adaptarem às novas tecnologias? O que tenho observado é que os alunos estão cada vez mais conectados às novidades tecnológicas, porém os professores continuam usando um método de ensino de 10 a 20 anos atrás. Como incentivar essa "atualização" do educador e mostrar a necessidade de se adaptar aos alunos?

    Karen Keslen Kremes

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  7. cicero casciano nogueira de oliveira10 de abril de 2018 às 16:51

    muito boa a sua reflexão, mas eu pergunto, como introduzir esse novo meio nas escola, se não é todos os alunos que tenha um celular? e a maioria não dominam essa ferramenta? e como fazer para que no momento da aula com esse aferramento, os alunos estejam mesmo de fato ligado na aula?

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  8. Bom dia Fabiano.
    Sempre vejo os questionamento em relação a estrutura das escolas ou o despreparo dos professores para a utilização da informática no ensino e aqui mais precisamente em História. Mas sinto falta da elaboração de materiais para esse uso, programas interativos e jogos por exemplo. O que você acredita que poderia intensificar a elaboração desses novos recursos? Acredita que é possível em um curto prazo ou somente a longo prazo?

    Marcel Sousa de Matos

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  10. Fabiano, bom dia.
    Você, enquanto professor da rede básica, trabalha com essas tecnologias em sala de aula?
    Conhece a metodologia da WebQuest?

    Att.
    Pedro Caires

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  11. Olá Fabiano, boa noite e parabéns pelo artigo!
    Este assunto entre as tecnologias e a cultura da escola é bastante atual e também muito polêmico, no que diz respeito a sua aceitação por grande parte de professores. Como você ressaltou, citando Lima e Ribeiro (2012) "o uso de ferramentas tecnológicas pode representar um grande potencial significativo no processo de ensino/aprendizagem, desde que apresente coerência em sua estrutura interna e sequência lógica dos conteúdos, e que eles sejam compreensíveis para os sujeitos que aprendem. Sendo assim, considera-se necessário que os profissionais envolvidos no processo de ensino/aprendizado busquem se qualificar para lidar com as novas TDICs, atuando como mediador entre o aluno e a aprendizagem", é preciso utilizar as tecnologias como ferramentas e os profissionais da educação, precisam se qualificar para aceitar e saber como utilizá-las com toda sua potencialidade.
    Você, enquanto estudante na graduação, em seu curso de licenciatura teve alguma disciplina em que o tema era voltado para o uso dessas tecnologias? E além disso, você como professor, consegue utilizá-las em sala de aula de forma a despertar a curiosidade, o senso crítico de seus alunos, havendo aceitação tanto deles quanto da parte da coordenação pedagógica da escola?

    Priscila Nascimento Marcelino

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  12. Olá Fabiano,

    parabéns pelo seu texto e pelas reflexões que proporciona. Na posição de professora de História sempre me questiono sobre a possibilidade de estudar as novas tecnologias em sala de aula de modo a dispensar a necessidade arbitrária de sua instrumentalização. Isso porque, tornaram-se comuns as representações de neutralidade das ferramentas tecnológicas ou, pelo contrário, sua positivação exacerbada – esta última relacionada com a inovação e os entusiasmos pela “panaceia modernosa” que o texto mencionou. Mas como você mesmo coloca, a tecnologia não é somente uma ferramenta e pode “ser entendida em seus aspectos de produção de identidades e de subjetividades.” Portanto, como o ensino de História pode alcançar essas problematizações sem necessariamente cair no instrumentalismo da tecnologia como simples ferramenta pedagógica?

    Att,

    Giovanna.

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  14. Boa reflexão! Eu acho que o uso de tecnologias digitais em sala de aula é muito importante, pois vivemos a cibercultura. O que deve ser pensado é o seu acesso, pois a precarização da educação pública é uma barreira nessa questão (não se tem estrutura para realização dos projetos: quando tem computador, não tem internet...). Na rede privada de ensino vemos que o uso de tecnologias digitais têm dado resultados expressivos para melhoria da educação, eu como mãe de aluno e licenciada em História vejo isso.
    Ainda existe o despreparo de alguns profissionais da docência frente as tecnologias digitais, mas deve partir dele também o compromisso com a sua formação continuada, não apenas das políticas públicas.
    como você vê essa questão da formação docente perante o uso das TDCIs?

    Deise Machado Mendes.

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  15. É imprescindível, atualmente, a importância de se inserir no âmbito do processo de ensino aprendizagem o uso de tecnologias digitais como uma ferramenta de auxílio tanto ao professor quanto ao alunos nos usos dessa nova metodologia pedagógica; mas como seria feito essa interação de forma estrutural já que não se prioriza a educação no nosso país, não se investe de forma qualitativa na educação, em uma formação de qualidade para os nossos professores,enfatizando uma perspectiva tecnológica, e não se busca atrair os jovens que estão fora do meio escolar, como a tecnologia proporcionaria essa integração?
    JOSIENE dos Santos Silva

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  16. É imprescindível, atualmente, a importância de se inserir no âmbito do processo de ensino aprendizagem o uso de tecnologias digitais como uma ferramenta de auxílio tanto ao professor quanto ao alunos nos usos dessa nova metodologia pedagógica; mas como seria feito essa interação de forma estrutural já que não se prioriza a educação no nosso país, não se investe de forma qualitativa na educação, em uma formação de qualidade para os nossos professores,enfatizando uma perspectiva tecnológica, e não se busca atrair os jovens que estão fora do meio escolar, como a tecnologia proporcionaria essa integração?
    JOSIENE dos Santos Silva

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  17. Olá Fabiano Viana Andrade.

    Comunicação com ingredientes reflexivos. Muito bom.
    As tecnologias digitais estão impregnadas no nosso contexto social. Não há como desvincular a sociedade sem a tecnologia e a comunicação no século XXI. A escola como extensão social necessita se comprometer a desenvolver práticas utilizando as TDICs. Nas ciências humanas, o ensino de história consegue se apropriar da tecnologia para efetivar satisfatoriamente sua responsabilidade para com o ensino em sala de aula. Sendo assim, como as universidades de ciências humanas deveriam organizar suas grades de ensino para que os graduandos possam se apropriar das tecnologias no ensino de história?

    JULIO JUNIOR MORESCO

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  18. Boa noite,

    Ao mesmo tempo que acreditamos que as tecnologias são importantes para a educação, algumas escolas proíbem o uso de celular em suas dependências, o que fazer para que as tecnologias sejam utilizadas como aliadas no aprendizado dos alunos brasileiros?


    Hernando Ribeiro de Carvalho

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