Arnaldo Martin Szlachta Junior


SÉRIES COMO INSTRUMENTO DE  ENSINO DE HISTÓRIA: UM ESTUDO SOBRE WEBSERIE “BRASIL, A ÚLTIMA CRUZADA”, USOS E APROPRIAÇÕES DO ENSINO DE HISTÓRIA
  

A webserie intitulada “Brasil, a última cruzada” que é uma produção do canal Brasil Parelho e amplamente divulgada por membros do Movimento Brasil Livre (MBL), propõe apresentar e vender um pacote de um “curso de História do Brasil” que se compromete a ensinar o que eles chamam de “a verdadeira história do Brasil”. Destacam ainda que essa webserie (que eles chamam de Curso de História) apresentaria a História do Brasil não contada, e sem a influência da doutrinação da esquerda, segundo os organizadores do portal a constituição desse documentário é composto de especialistas que não possuem ligações com instituições tradicionais ligados a uma intelectualidade de viés “esquerdistas”. O presente estudo, visa analisar as apropriações e os usos que esse canal do youtube faz do ato de ensinar história através da linguagem documentário destacando um tom de verdade e revelação.

Aspectos políticos da perspectiva das novas direitas
A formação de uma nova política no âmbito das lutas contra a pobreza no Brasil desde 2013 traz grandes desafios para a compreensão da sociedade e da política brasileiras. O novo tema da cena, composto de indivíduos e sociais, introduz uma configuração diferente em termos de social do tempo. A ação coletiva dessa nova ordem dos grupos tem uma cultura cultural, mas também emergem com diferentes formas de apropriação das rotinas subjacentes à sua ação. E no sentido de explorar e descrever o contexto de emergência que proporciona a abertura na estrutura da política de prioridade para o surgimento de novos participantes nas políticas dos Estados Unidos que residem na problemática dessa exploração de investigação.

Os conflitos que marcaram o ano 2013 no país, com maior êxodo durante o mês de junho, assinaram as mudanças que foram cometidas. O surgimento de novos atores com uma visão ideológica de um estado liberal, relacionado à economia, foi indiretamente destacado pela multidão que tomou as ruas ao redor do mundo em 2013 (GOHN, 2016).

A presença de milhões de pessoas em várias cidades em todas as regiões do país, reivindicando os problemas relacionados à vida cotidiana, procura melhorar serviços, acesso e direitos, impulsionar a força de trabalho a intercalar diferenças diferenciadas na trajetória de grupos associados. As descontinuidades observadas durante as manifestações em 2013, dando origem à aparência de novos grupos e grupos seletos, também fizeram fragmentos explícitos na estrutura estrutural do Estado.

Em 2013, o espaço para a aplicação de novas diretrizes e a participação de grupos individuais e grupos de confronto. Essa descontinuidade do movimento tem sido um incentivo para mudanças nos aspectos sociais e econômicos dos contextos que podem apresentar problemas relacionados às diretrizes anteriores subestimadas, a criação de agendas diferentes a as levou a cabo no ano 2013. O ciclo de protesto iniciado nesse ano com grande quantidade em atuação que gerou o surgimento de um ativismo reação liderado por atores sociais vinculados a as classes dominantes brasileiras (SILVA, PEREIRA, SILVA, 2016). O corte realizado por estes autores mostra a existência de pesquisa destinada ao conhecimento político dos atores relacionados com Classe dominante brasileira entretanto, pouco se tem estudado até o momento sobre as possibilidades de abertura, emergência, sucesso e manutenção de movimentos sociais como o MBL.

Ensino de História, caminhos e percursos.
E atualmente nos defrontamos com questionamentos dos alunos que observando as mídias acabam por absorver o discurso desses grupos da nova direita, visto que possuem uma organização focada nas mídias sociais, alias, o uso de vídeos com uma linguagem direta e com aspecto que se aproximam aos adolescentes é a principal estratégia desses grupos da nova direita como o MBL.

Na formulação do currículo deve se levar em conta sua execução em sala de aula que é um processo dinâmico, pois se se estabelece caminhos muito fixos deixará o professor sobrecarregado, sem uma ação transformadora. Entretanto, o agente mais dinâmico desse processo é o professor, que tem a possibilidade de re-selecionar os conteúdos de uma forma que julgue ser mais importante para a formação daquele aluno, por mais que os programas, sejam eles no campo nacional ou regional, busquem uma unificação na execução do trabalho em sala de aula, o que contará mesmo é “final da ponta dessa corda” que é ação do professor que terá como resultado seus próprios recortes e destacando aquilo que segundo sua formação e/ou experiência lhe indique como um caminho correto.

“Considerar que o ensino se reduz ao que os programas oficiais ou os próprios professores/as dizem que querem transmitir é uma ingenuidade. Uma coisa é o que dizem os professores/as o que devem ensinar, outra é o que eles acham ou dizem que ensinam de outra forma diferente é o que os alunos/as aprendem.” (SACRISTAN, 2000, p.131)

Sacristan aborda de uma forma expressiva as vozes que formam esse ensino, que existem maneiras de dizer sobre os conteúdos e de como ele chega até o aluno, o que cada agente desse processo afirma e defende e o que acaba acontecendo no sentido prático tanto sobre a composição do currículo como a assimilação por parte dos alunos.

Nessa mesma linha recorremos a Tomaz T. da Silva que faz considerações sobre o currículo e as ações dos docentes sobre ele. Silva considera que o caminho que percorre o ensino é composto pela linguagem e o processo de transformar o que está escrito numa aula, ou seja, a ação docente ganha muitas possibilidades por meio da função linguística, uma ação pode se transformar, ou até mesmo ganhar significados distintos daquilo que antes se havia sido pensado.

“A produtividade das práticas de significação é função, entre outras coisas, do caráter indeterminado, aberto, incerto, incontido da atividade lingüística, da atividade de produção de sentido. Se o processo de significação girasse sempre em torno dos mesmos significados e se os significados fossem fixos, se as marcas lingüísticas que utilizamos estivessem vinculadas a significantes, apontariam para significados unívocos, certos, singulares.” (SILVA, 2001, p.20)

A essa ideia é atribuído o conceito de currículo oculto, ou seja, mesmo tendo um significado, uma estruturação na composição do currículo, o professor no agir da sala de aula consegue mudar a sua aula, e, se quiser, é possível inclusive modificar por completo o que esteja definido na escrita sem alterar ou acrescentar nada. Isso é possível, segundo Silva, por meio da variação linguística, que transmite o saber presente no currículo que está estático, frio podendo gerar outras interpretações.

Sobre o que seria um currículo e sua função podemos citar o trabalho que discute a relação do currículo com a história e a teoria, trata-se de um texto de Ivor F. Goodson intitulado “Currículo: Teoria e História”, e sobre a função do currículo o autor pondera:

“O currículo escrito não passa de um testemunho visível, público e sujeito a mudanças, uma lógica que se escolhe para mediante sua retórica, legitimar uma escolarização [...] enquanto o currículo escrito estabelece a lógica e a retórica da matéria, o que aparece é apenas o aspecto mais tangível, abrangendo padronização de recursos.”(GOODSON, 1995, p.21)

Goodson, que é traduzido por Tomaz Tadeu da Silva, reflete que a ação do docente não está intrinsecamente ligada ao currículo, aliás, observa o currículo como um agente burocrático de certa forma, pois trata o currículo escrito como um simples documento de padronização de recursos.  Dessa forma entendemos que a atuação do professor frente aos questionamentos realizados por grupos como MBL e o Brasil paralelo necessita cada vez de uma atuação de agente transformador, deixar o aspecto de detentor do conhecimento para se tornar alguém que possa interagir o ensino de história.

Para responder a isso vamos nos valer de Lana Mara de Castro Siman, que enxerga o professor como um mediador, ou seja, uma pessoa responsável em trabalhar os assuntos relativos a disciplina de história de uma forma que seja possível aproveitar esse conhecimento que o aluno possui previamente para assim poder construir seu entendimento sobre as relações do passado.

“Para que o ensino de História, todavia, seja levado a bom termo, ao longo de todo o ensino fundamental, torna-se necessário que o professor inclua, como parte construtiva do processo ensino aprendizagem, a presença de outros mediadores culturais, como objetos da cultura, material, visual ou simbólica, que ancorados nos procedimentos de produção do conhecimento histórico possibilitarão a construção do conhecimento pelos alunos, tornando possível  ‘imaginar’, reconstruir o não vivido diretamente, por meio de variadas fontes documentais.” (SIMAN, 2004, p.88)

Esse conceito de imaginar apresentado pela autora talvez seja o laboratório de atuação máxima desse historiador dentro da sala de aula, poder estabelecer uma relação com o presente, com o contato cultural do aluno fazendo com que esse aluno tenha condições de criar formas de entendimento sobre uma determinada época, sobre como estabelecer esses diálogos com o passado e como não cometer julgamentos que tendem ao anacronismo. A mediação cultural perpassa o que qualquer atitude de um manual que tente cristalizar um conteúdo e o currículo ganha vida, pois essa mediação trata de uma relação de troca entre a figura do docente e do aluno.


MBL e Brasil Paralelo na Perspectiva do Ensino
O movimento do Brasil Livre surgiu no meio de um período de lutas sociais no país. Depois de muita emoção em disputas após 2013, existe uma ampla gama de possibilidades políticas para a ocorrência de adesões e projetos controversos antagônicos. Nesse cenário, as chances aparecem como uma inovação em agendas políticas sobre uma orientação conservadora que tenta romper com a lógica de uma agenda do governo nacional sobre o alinhamento ideológico com a esquerda política. Aqui, o conservadorismo é observado pelo conceito de Oakeshott (OAKESHOTT, 2014) da ideia de gerenciar um governo com atividade limitada, que é fornecer as regras gerais de conduta como uma ferramenta para que os indivíduos busquem seu mínimo risco de frustração de metas individuais com objetivos gerais. As manifestações de grupos ligados ao direito político no Brasil não são novas para a sociedade, mas nunca alcançaram o reconhecimento de tantos estrangeiros individuais como em 2014-2016. Após Tatagiba, Trindade e Teixeira (TATAGIBA et al, 2015) na cidade de São Paulo, na última década, surgiram pequenos grupos que foram articulados com diretrizes para a articulação polêmica no contexto do direito político. A situação pública de tais grupos coincide com a liderança política nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).

O ressurgimento deste conservadorismo no Brasil, o novo modo de se envolver em polêmicas políticas, tem sido fortemente observado nos movimentos sociais que se formaram desde 2013 e na fusão política do resultado das eleições presidenciais de 2014. O discurso associado ao liberalismo econômico, com a redução da intervenção estatal na esfera socioeconômica, segue na redoma de um fundo conservador. A tentativa de dissociar a imagem do novo direito conservador do direito antigo no contexto do regime totalitário (CODATO at al 2015), no entanto, foi realizada através de um discurso sobre a liberdade individual que justifica o aspecto liberal.

Esses novos atores, como MBL. Em alguns momentos de 2013, em meio às manifestações em curso, em breve o grito de algum ator único na multidão deslocou. Os gritos de "fora PT" e "fora Dilma" em conexão com as manifestações contra o aumento dos transportes públicos marcaram a aparição pública de um pequeno movimento desses novos atores na política de litígios brasileiros (TATAGIBA, TRINDADE, TEIXEIRA, 2015). É importante sublinhar que, neste contexto da política brasileira de resolução de litígios, os movimentos sociais que estavam em confronto político não se baseavam em agendas que incluíssem o direito político, o Levy da Juventude Popular, o bloqueio de Transporte Público e o Movimento de Passagem Livre As estradas foram associadas à redução ou isenção das tarifas de transporte público.

O Brasil Paralelo é um site organizado por ativistas políticos do Porto Alegre, produzem um conteúdo independente e se auto intitulam membros da direita alinhados com o liberalismo econômico. Juntamente com outros grupos, foi uma referência no ativismo político digital produziram e publicaram obras audiovisuais, principalmente em um formato documental. Segundo sua própria divulgação o site busca contribuir  para a melhoria da educação brasileira, especialmente na formação da política e da história, sempre destacam que suas produções não sofrem influência do que chamam de Marxismo Cultural,  sem a manipulação da esquerda que prevalece nas universidade brasileiras.

Entre os trabalhos do Brasil Paralelo está um documentário sobre o Impeachment de Dilma Rousseff, que ocorreu em 2016 para contrariar a corrente que entende de que o processo foi um golpe, em direção a um estado voltado a perspectiva neoliberal. Os vários filmes disponíveis no site incluem a participação de políticos, cientistas políticos, analistas políticos, economistas, jornalistas e outros formadores de opinião coletivamente designados como "Congresso Paralelo do Brasil".

O Brasil Paralelo vende assinaturas e segundo sua própria divulgação teria alcançado milhares para acessar seu conteúdo que eles produzem. O primeiro episódio disponível na plataforma de vídeos Youtube teve cerca de 1,5 milhão de acessos. O documentário, que eles intitulam como um “Curso de História do Brasil” divulgado como uma boa formação para ter boas argumentações contra sindicalistas, professores de história esquerdistas, feministas...


Figura 1
Cartaz de divulgação do 1º episódio, disponível em:  https://br.pinterest.com/pin/211950726193010521/ acesso em 28/01/2018

Possuem um discurso revisionista, a todo instante usam expressões do tipo: você terá a verdade, vamos apresentar a história do Brasil que esconderam de você por décadas. Apesar do próprio site se colocar como um instrumento ligado a proposta do liberalismo econômico, há uma construção cheia de antagonismo. Para sustentar seus argumentos chamam “autoridades” de diversas espaços e áreas do conhecimento e nos depoimentos o dito liberalismo soma-se a aspectos políticos conservadores e monarquistas. Entre os mais de 88 entrevistado, destacamos os que se auto intitulam historiadores, mesmo sem estar associada a qualquer universidade e muitas vezes não possuírem formação na graduação e pós graduação. Abaixo deixamos um quadro com a descriação dos “historiadores” que está disponível no próprio site do Brasil Paralelo. (Disponível em: https://www.brasilparalelo.com.br/home/ acesso em 27/01/2018 )

Esse artigo trata-se dos aspectos iniciais de pesquisa sobre essa relação entre o MBL, na qual faz ampla divulgação de conteúdos do Brasil paralelo e a concepção de trazer uma nova história do Brasil, fica claro que o ensino de história é um importante lugar de disputa ao imaginar a política vigente ou ao imaginarmos as perspectivas dos projetos políticos que se projetam.

O que nos chama a atenção, é como se utilizam do discurso político do liberalismo econômico, do conservadorismo para desacreditar toda a produção historiográfica brasileira, considerando-a como “infectada” pela esquerda, e assim considerada indigna para a compreensão. Outro fator é como utilizam-se de uma perspectiva de ensino que apesar de uma roupagem moderna, por usar a linguagem cinematográfica (e ter uma perspectiva de verdade por ser um documentário), ainda se sustenta em conceitos historiográficos já superados pela academia como o conceito de uma única história que seria verdadeira.

Referências:
Arnaldo Martin Szlachta Junior é mestre, doutorando em História pela UEM e professor assistente da UEM na mesma universidade.

CODATO, Adriano. BOLOGNESI, Bruno. ROEDER, Karolina Mattos. A nova direita brasileira: uma análise da dinâmica partidária e eleitoral no campo conservador. Direita Volver! Fundação Perseu Abramo, 2015.
GOHN, Maria da Glória. A sociedade brasileira em movimento: vozes das ruas e seus ecos políticos e sociais. Caderno CRH, Salvador, v. 27, n. 71, p. 431 – 441, Maio/Ago. 2016.
___________. Manifestações de protestos nas ruas no Brasil a partir de Junho de 2013: novíssimos sujeitos em cena. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 16, n. 47, p. 125 – 146, jan./abr. 2016.

GOODSON, Ivor F.  Currículo: teoria e História. Petrópolis: Vozes, 1995 Tradução de Tomaz Tadeu da Silva.

OAKESHOTT, Michael. Ser conservador. Tradução Rafael Borges. Gabinete de Estudos Gonçalo Borgonha, 2014. Disponível em: < http://portalconservador.com/livros/Michael-Oakeshott-Ser-Conservador.pdf>. Acesso em: 20/09/2017.

SACRISTAN, J. G. e GÓMEZ, A. I. P. Compreender e transformar o Ensino. Porto Alegre, Artmed: 2000.

SILVA, Marcelo Kunrath. PEREIRA, Matheus Mazzilli. SILVA, Camila Farias da. As raízes do ativismo reacionário contemporâneo no Rio Grande do Sul: as manifestações públicas dos empresários e profissionais liberais gaúchos, 1970 – 2010. 40° Encontro Anual da ANPOCS, Caxambú, 2016. Disponível em: < http://www.anpocs.com/index.php/papers-40-encontro/st-10/st13-7/10270-as-raizes- do-ativismo-reacionario-contemporaneo-no-rio-grande-do-sul-as-manifestacoes- publicas-de-empresarios-e-profissionais-liberais-gauchos-1970-2010/file>. Acesso em: 15/03/2017.

SILVA, Tomaz T. da. O  currículo como fetiche. B.H.: Autentica, 2001.

SIMAN, Lana Mara de Castro. O papel dos mediadores culturais e da ação mediadora do professor no processo de construção do conhecimento histórico pelos alunos.in: Ensino de história e educação. Ijuí: Unijuí, p. 81-107, 2004.

TATAGIBA, Luciana. TRINDADE, Thiago. TEIXEIRA, Ana Claudia Chaves. Protestos à Direita no Brasil (2007 – 2015). Direita Volver! Fundação Perseu Abramo, 2015.




5 comentários:

  1. Bom dia Arnaldo,

    O projeto "Brasil Paralelo", bem como a série "Guia Politicamente Incorreto" são exemplos recentes de produções que se auto proclamam os divulgadores da "verdade escondida". O "produto" do primeiro configura-se num revisionismo que enaltece/inventa heróis, remontando uma historiografia do século XIX, que alimenta o discurso de patriotismo e do uso do militarismo para "salvar" o país do caos em que ele se encontra.

    Uma sugestão: https://www.youtube.com/watch?v=l7rvmtivHJw Produção do professor Luís Fernando Cerri (Canal História Recente)!

    Maicon Roberto Poli de Aguiar

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  2. Boa noite,

    Ao ler seu texto não consegui definir com clareza seu posicionamento a respeito do conteúdo produzido pelo Brasil Paralelo.

    Atenciosamente.

    Lucas Aguirre De Bortoli

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  3. Bom dia Arnaldo. Li seu texto e gostaria de fazer uma questão: não ficou muito claro a relação que você busca estabelecer entre a perspectiva do “currículo como prática”, o papel da mediação do professor e a disseminação da websérie “Brasil, a última cruzada”. Fiquei com a impressão de que a sua articulação possui sentido de manifesto e combate às estratégias desses movimentos liberais conservadores para a divulgação de uma leitura da História enviesada nos pressupostos “anti esquerdistas”. Para você, a importância da prática como espaço incontestável do engajamento docente seria, assim, um contraponto a esse contexto? A caixa-preta da sala de aula é, realmente, um espaço de resistência? Ou não teríamos que pensar a ação docente operando com certos limites e constrangimentos que, inclusive, poderiam fazê-los hesitar sob determinados temas?

    Forte abraço

    Jeferson Rodrigo da Silva

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  4. Gostaria de parabeniza-lo pela elaboração do texto. Minha pergunta é: Sinto que o sensacionalismo na narrativa histórica não é algo de hoje, só precisamos de alguns minutos em alguns canais da TV a cabo para identificar esse fato, como exemplo a grande parte da programação da History channel. Tendo isso em vista, podemos considerar a websérie "Brasil, ultima cruzada" como mais um exemplo de um produto comercial que apela ao sensacionalismo histórico, atrás da verdade única. Portanto, como o professor deve agir perante esses "programas", será que é uma oportunidade de trabalhar as diferentes vertentes da escrita e estudo da história em sala de aula?


    Sandro Victor Vilar da Silva

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  5. Interessante tema, não sabia da existencia dessa websérie.

    Você chegou a usar essa temática em sala de aula? Se sim, de que maneira e qual foi a reação dos alunos? Se não, como você imagina que seria uma boa maneira de fazê-lo?

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