OS
ENCONTROS E DESENCONTROS ENTRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E HISTÓRIA AMBIENTAL
A década de 60 é
um marco para as lutas em favor de relações melhores entre humanidade e
natureza. Por conta do avanço tecnológico da época, e novas relações com o meio
ambiente, novas preocupações também surgiram.
O início das
mobilizações que demonstravam o surgimento do movimento ambientalista tem como
um ponto de partida o livro ‘Silent Springs’, da bióloga marinha Rachel Carson.
No livro a autora debate de forma crítica sobre a utilização de pesticidas
(especialmente o DDT) e da forma que a humanidade estava se relacionando
tecnologicamente com a natureza.
A partir de
então o debate ambiental se intensifica e expande. Em 1965, em uma conferência
de educação à conservação e preservação de recursos naturais, realizada na
Inglaterra, o termo Educação Ambiental é utilizado pela primeira vez (RAMOS, Elisabeth;
FELLINE, Cristiane, 2008.). Com o termo, a compreensão sobre as soluções
para as problemáticas ambientais mostra-se confiante no ramo da educação.
A preocupação
com as problemáticas ambientais e com novas formas de relacionamento com a
natureza aparece de forma notória no meio acadêmico a partir da década de 70.
Várias disciplinas se conscientizaram sobre a preocupação pública crescente
(WOSRTER, Donald, 1991.). No caso da história, começa a emergir a ideia de uma
história ambiental. Como comenta o historiador ambiental Donald Worster (1991,
p. 2):
“A história
ambiental nasceu portanto de um objetivo moral, tendo por trás fortes
compromissos políticos, mas, à medida que amadureceu, transformou-se
também num empreendimento acadêmico que
não tinira uma simples ou única agenda moral ou política para promover. Seu
objetivo principal se tornou aprofundar o nosso entendimento de como os seres
humanos foram, através dos tempos, afetados pelo seu ambiente natural e,
inversamente, como eles afetaram esse ambiente e com que resultados.”
Outras
disciplinas, como filosofia, sociologia, direito, também aumentaram suas
reflexões sobre as questões ambientais.
Em Belgrado,
Lugoslávia, em 1975 é realizado um encontro promovido pela UNESCO conhecido
como “Encontro de Belgrado”. Ao fim do encontro um documento foi elaborado com
o objetivo abarcar uma estrutura global para definir a Educação Ambiental.
Definindo metas, diretrizes e métodos, esse documento ficou conhecido como
“Carta de Belgrado”.
A carta traz
como meta da ação ambiental “Melhorar
todas as relações ecológicas, incluindo a relação da humanidade com a natureza
e das pessoas entre si”. E define seis objetivos da Educação Ambiental:
“Tomada de
consciência - Ajudar às pessoas e aos grupos sociais a adquirir maior
sensibilidade e consciência do meio ambiente em geral e dos problemas. Conhecimentos - Ajudar às pessoas e aos
grupos sociais a adquirir uma compreensão básica do meio ambiente em sua
totalidade, dos problemas associados e da presença e função da humanidade
neles, o que necessita uma responsabilidade crítica. Atitudes - Ajudar às pessoas e aos grupos sociais a adquirir
valores sociais e um profundo interesse pelo meio ambiente que os impulsione a
participar ativamente na sua proteção e melhoria. Aptidões - Ajudar às pessoas e aos grupos sociais a adquirir as
aptidões necessárias para resolver os problemas ambientais. Capacidade de avaliação - Ajudar às
pessoas e aos grupos sociais a avaliar as medidas e os programas de educação
ambiental em função dos fatores ecológicos, políticos, sociais, estéticos e
educativos. Participação - Ajudar às
pessoas e aos grupos sociais a desenvolver seu sentido de responsabilidade e a
tomar consciência da urgente necessidade de prestar atenção aos problemas
ambientais, para assegurar que sejam adotadas medidas adequadas.”
Já em âmbito nacional, em 1999, temos a Lei nº 9795 que
define a Política Nacional de Educação Ambiental e dá a compressão de Educação
Ambiental em seu artigo 1º:
"Entendem-se por
educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade."
Em pesquisa realizada para o projeto “História e
Educação Ambiental nas escolas de Ananindeua”, coordenado pelo professor doutor
em história Wesley Oliveira Kettle e financiado pelo CNPq, os objetos de estudo
foram professores da rede pública de ensino básico do município de Ananindeua,
região metropolitana da cidade de Belém (Pará). O objetivo do projeto foi
compreender o que esses professores entendem como natureza,
interdisciplinaridade, educação ambiental e em que medida eles incorporam a
temática ambiental em suas práticas docentes. Quando indagados sobre o que
compreendiam como Educação Ambiental houve casos em que descreveram seu
entendimento de EA como uma educação que visa mostrar a relação da humanidade
com a natureza ao longo da história.
Essa compreensão pode ser prejudicial para a realização
de uma prática de EA, pois consegue se encaixar em no máximo dois objetivos da
Educação Ambiental citados acima. É prejudicial em medida que parece permitir
somente compreender a necessidade humana pelos recursos naturais e a relação de
degradação ambiental, ou seja, não parece permear por incentivos à atitude,
aptidões, capacidade de avaliação ou participação.
Além de essa visão não destacar a meta de conservação
do meio ambiente, que está descrito na Política Nacional de Educação Ambiental.
A história ambiental
dentro das vertentes da educação ambiental: uma relação para o ensino de
história
Como citado de
anterior, uma das disciplinas que na década de 1970 emerge com novas
perspectivas de pensar o meio ambiente é a disciplina histórica. Donald Worster
(1991) nos permite perceber que as preocupações sociais e governamentais com as
problemáticas ambientais foram a mola propulsora para a academia, no caso a
disciplina de história, refletir sobre a representação do meio ambiente em suas
práticas, se construindo assim uma história ambiental.
Os historiadores
ambientais, segundo Worster, aparecem como reformadores. Esses visam dar
visibilidade para um agente que não possuía tanto papel nas narrativas
históricas. Acreditam ser possível encontrar a própria terra como uma presença
na história, com isso descobrir forças mais fundamentais atuando no tempo.
Tanto em seu
surgimento quanto em suas bases teóricas mais recentes, a história ambiental
não parece visar necessariamente um sentimento de conscientização ambiental,
não se expressa, ao menos de forma nítida, com o objetivo de mudar as relações
das sociedades atuais com o meio ambiente.
A perspectiva
ambiental na disciplina histórica parece estar crescendo no meio acadêmico, mas
no âmbito de ensino a temática não possuiu ainda grande destaque.
Na pesquisa
histórica, de um historiador ambiental, é nítida a pretensão de mostrar a
importância de agentes não humanos para o desenvolver dos processos históricos.
Com isso visa expor a importância tanto de animais não humanos quanto de
recursos compreendidos como naturais para as relações históricas.
Perceber a
importância histórica dos diversos animais e recursos naturais para as
sociedades antigas e atuais é importantíssimo para se fazer Educação Ambiental,
mas me atenho tanto na Carta de Belgrado quanto no Plano Nacional de Educação
Ambiental para afirmar que não é o bastante.
Os historiadores
ambientais em suas pesquisas conseguem enxergar em diversas fontes a
importância de vários agentes não humanos para a história. Dessa forma dando
destaque para esses, mas isso não necessariamente gera uma consciência
ambiental, provoca reflexões profundas sobre as relações atuais com o meio
ambiente, ou incentiva mudanças de hábitos.
Quando a
história ambiental consegue deixar evidente a importância da natureza ao longo
dos processos históricos pode se encaixar em certa medida em duas vertentes da
Educação Ambiental. São estas as correntes: humanista e a etnográfica.
Pode-se entender
como possuindo características da corrente humanista e partir do momento que em
certa medida tenta mostrar um meio ambiente que não é somente apreendido como
conjunto de elementos biofísicos, mas também possuidor de dimensões históricas,
culturais, políticas, econômicas, etc.
A vertente
etnográfica pode ser observada nas produções de historiadores ambientais se
levarmos em consideração que seus trabalhos pretendem expor relações de
diferentes culturais, em diferentes tempos, com o meio ambiente. Se isso for
bem trabalhado pode causar inspirações, tanto para tentar se assemelhar ou
diferenciar aos casos apresentados. Mas para a história ambiental causar essas
inspirações se faz necessário a relação com o tempo presente.
Para o ensino da
disciplina de história, a história ambiental pode ser uma grande possibilidade
de se atingir a Educação Ambiental. Educação Ambiental no sentido de
conscientizar e influenciar reflexões sobre o tempo atual e as práticas dos
alunos para com o meio ambiente, com isso incentivando mudanças de alguns
hábitos para tentar formar cidadãos comprometidos com uma sociedade
sustentável.
Trabalhar história ambiental é necessariamente fazer
educação ambiental?
Um trabalho
historiográfico de história ambiental não é pensado para servir de ferramenta
aos educadores ambientais. Pelos trabalhos teóricos estudados que ajudaram a
pensar esse artigo, as pesquisas de historiadores ambientais visam expor os
agentes que muitas vezes não são notados pelos olhos dos historiadores, mas que
se apresentam ao longo dos processos históricos e nas fontes. O objetivo maior
parece ser o de ampliar a pesquisa histórica.
Cabe ao
professor de história, também educador ambiental, utilizar-se das produções de
historiadores ambientais em suas práticas docentes. Não somente isso, em suas
práticas de pesquisa e ensino deve se fazer historiador ambiental. O professor
tem de perceber a presença da natureza nos processos históricos, a importância
dela para as diversas sociedades e diversos tempos. Mas acima de tudo, para
fazer EA o professor tem que relacionar o estudo de sociedades de diferentes
espaços e tempos com o tempo presente e com a realidade do aluno.
A Educação
Ambiental é pensada como principal forma de se alcançar uma sociedade
sustentável. O professor de história educador ambiental deve ter essa
preocupação. Um dos auxílios para gerar reflexões, soluções e mudanças direcionadas
a práticas ambientais, do professor é a história ambiental.
O historiador
professor deve perceber a importância de se discutir as problemáticas
ambientais da atualidade. A história ambiental é um passo para se pensar o hoje
e problematizar as relações atuais com o meio ambiente.
Para fazer
Educação Ambiental nas aulas de história não se pode somente analisar as
relações da humanidade com a natureza ao longo do tempo, mas é preciso defender
a política de uma sociedade sustentável. Não se pode somente expor ao aluno a
importância do meio ambiente para outras sociedades do passado sem
expressamente comentar a importância dela para a sociedade atual. Deve-se
incentivar reflexões e propor mudanças.
Referências
Wendell Presley Machado Cordovil é graduando do curso de
licenciatura em história pela Universidade Federal do Pará – Campus Ananindeua.
Bolsista de Iniciação Científica (PIBIC) do projeto de pesquisa “História e
Educação Ambiental nas escolas de Ananindeua” coordenado pelo Prof. Dr. Wesley
Oliveira Kettle.
BRASIL, Presidência da
República. Lei Nº 9.795. Brasília: 1999.
CARSON, Rachel. Silent Spring. Melhoramentos de São Paulo.
2. Ed. São Paulo, 1995, 305 p.
Carta de
Belgrado. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/sdi/ea/deds/pdfs/crt_belgrado.pdf
Acesso em: 26/12/2017
PÁDUA, José Augusto. As bases teóricas da história
ambiental. Estudos avançados,
v. 24, n. 68, p. 81-101, 2010.
RAMOS,
Elisabeth Christmann; FELLINI, Cristiane. A formação do educador e a educação
ambiental no curso de pedagogia. Disponível em: www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/940_603.pdf Acesso
em: 25/12/2016
SAUVÉ, Lucie. Uma
cartografia das correntes em educação ambiental. Educação Ambiental: pesquisa e desafios, p. 17-44, 2008.
WORSTER,
Donald. Para fazer história ambiental. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol.
4, n. 8. 1991, p. 198·215
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ResponderExcluirBoa noite!
ResponderExcluirCaro Wendell Presley Machado Cordovil na oportunidade gostaria de parabenizá-lo, pela iniciativa de pesquisa direcionada aos professores de História, acerca de uma temática que é tão importante para a atualidade.
Sabemos dos problemas que a educação brasileira enfrenta, como poucos minutos para ministrar aulas com os alunos, salas de aula lotadas e nem sempre com acomodação para todos, infelizmente esses e outros problemas são encontrados em diversas escolas do país. Há também uma carência no que se refere à formação dos profissionais da Educação para tratar de outras temáticas dissemelhantes de sua área de formação. É nesse sentido também que acredito que o seu trabalho tende a enriquecer os conhecimentos acerca da Educação Ambiental através da interdisciplinaridade.
Meu questionamento é, se sua pesquisa se norteou apenas em uma sondagem sobre o que estes professores compreendem sobre “natureza” na sala de aula? Esse projeto contou com materiais paradidáticos para conscientização dos alunos, de forma a facilitar a conscientização?
Regiani da Silva Pedrosa
Olá Regiani,
ResponderExcluirObrigado pelo questionamento.
Minha pesquisa, coordenada pelo Prof. Dr. Wesley Kettle, visa compreender de que forma os professores de Ananindeua incorporam a Educação Ambiental em suas aulas. Tentamos entender quais suas visões sobre natureza, Educação Ambiental e ensino de história. Além disso analisamos os materiais didáticos utilizados por esses professores, como livros, provas, apostilas, para ver de qual maneira esse material trata as questões ambientais.
Ao longo da pesquisa foi possível notar que na simples entrevista com esses professores o interesse pela temática já é gerado (isso pela fala dos próprios professores), fazendo com que tentem comentar e trabalhar um pouco mais a questão ambiental.
Até esse momento da pesquisa estávamos pesquisando o professor do município(Ananindeua-Pará), ministramos oficinas para professores sobre a temática aplicada ao ensino.
No atual momento estamos trabalhando em parceria com outro projeto, também do Campus UFPA Ananindeua, coordenado pela Profa. Msc. Francy Taíssa, em que um dos objetivos é a elaboração de materiais didáticos que visam a Educação Ambiental, para alunos.
Wendell Presley Machado Cordovil.
ResponderExcluirPrimeiramente, gostaria de lhe parabenizar pela pesquisa, pois é de estrema relevância pensar os encontros e desencontros entre História e Educação ambiental, uma vez que, historiadores ambientais tem produzido excelentes pesquisas sobre a relação entre humano e não humano, pesquisas que envolvem desastres, discursos da mídia sobre o ambiente, poluição, desenvolvimento sustentável, dentre outros. O que preocupa e creio que sua pesquisa nos instiga a pensar é que há um enorme distanciamento entre historiadores ambientais e professores, isso implica claro, no distanciamento entre academia e escola. Muitos problemas existem, pois muitas vezes o historiador ambiental nem pensa se sua pesquisa tem alguma relevância em termos de educação ( e na verdade ninguém cobra isso dele ou ele opta por não fazer), e os professores com salas lotadas e com horas atividades reduzidas não possuem tempo para investir em leituras sobre o assunto. Então, considerando esses pontos, gostaria de saber se sua pesquisa investiga políticas públicas sobre o assunto? Se os políticos da sua região tem feito algo a respeito na questão de levar essa temática para escola, se tem investido em programas direcionados para os professores e alunos?
Agora falando um porquinho sobre sua escrita, você ressaltou muito bem sobre o surgimento da História Ambiental, citou o clássico Donald Worster, então pulou para a lei nacional de 1999 sobre Educação ambiental no Brasil, então eu lhe pergunto; Cadê a História Ambiental no Brasil? Ela não existe antes de 1999? Não li mas nada escrito por ti, mas lhe sugiro que use escrever pelo menos um pouquinho sobre a chamada “Era da Ecologia” no Brasil e suas consequências sociais, que ao meu ver está ligado com a educação sim.
Elisiane Zvir
Olá Elisiane,
ExcluirEm minha análise vejo que muitos historiadores ambientais acreditam que dar mais destaque ao meio ambiente na narrativa histórica já seja Educação Ambiental. Defendem que falar sobre o meio ambiente seja Educação Ambiental, mas eu creio que EA seja conscientizar e mostrar possibilidades de mudanças no hoje. Ou seja, acredito que é preciso ao historiador professor se utilizar da história ambiental (que dá destaque para a natureza) fazendo conexões diretas com o tempo presente, realidade do aluno e práticas desses. Com isso, apontando possibilidades de mudanças visando uma sociedade sustentável.
Em relação a políticas públicas para alcançar os professores e alunos, creio que as Universidades Públicas têm fundamental importância nessa questão. Meu projeto, coordenado pelo Prof. Dr. Wesley Kettle, realizado pela UFPA- Campus de Ananindeua, entra em contato direto com professores de história, nesse contato se diminui o distanciamento entre ensino básico e universidade. Segundo os próprios professores, a partir do nosso contato eles passaram a se interessar mais pela questão e disseram que iriam buscar mais conhecimento sobre a temática. Também ministramos oficinas sobre educação ambiental, direcionadas ao ensino de história. Meu município possuiu projetos de Educação Ambiental em escolas, assim como a Secretaria de Estado. Mas acredito que as Universidades possuem capacidade e autonomia para elaborar e realizar projetos que visem levar para professores e alunos o debate de Educação Ambiental.
Sobre o questionamento da história ambiental no Brasil, a análise sob a perspectiva histórica do meio ambiente aparece antes mesmo do emergir da chamada “história ambiental”, por pessoas que nem sequer pensavam em se intitularem historiadores ambientais. A partir da década de 1970 é que temos o emergir de um campo de pesquisa que se auto intitula “história ambiental”. No Brasil esse campo auto intitulado “história ambiental” começa a aparecer por volta da década de 1990 – mas carece de pesquisas que construam um melhor panorama da história ambiental brasileira.
Wendell Presley Machado Cordovil
Prezado Wendell!
ResponderExcluirA relação feita entre história ambiental e educação ambiental é bem construída e traz uma problemática pertinente.
Trago algumas questões para pensarmos juntos a temática:
1) Há um ramo da história ambiental que se intitula história da degradação ambiental. Esses estudos também poderiam contribuir para o aperfeiçoamento do professor historiador e educador ambiental?
2)A História ambiental está presente na base curricular nacional para o ensino de História?
Obrigada pela atenção!
Claudia Masiero
Olá Claudia,
ResponderExcluirObrigado pelas contribuições.
Acredito que a parte da história ambiental interessada na relação de degradação que se desenvolve entre a humanidade e a natureza ao longo do tempo é de muita importância para o historiador professor. Com isso ele pode relacionar com as problemáticas ambientais atuais que fazem parte do mundo e da realidade do aluno.
Já no caso da base curricular nacional, e nas legislações sobre educação ambiental que tratam de ensino, não existe uma especificação de como se alcançar esse tema transversal em cada disciplina. No exemplo da história, não se possuiu a citação da história ambiental na BNCC de 2017 como ferramenta para fazer EA, mas existem apontamentos para se trabalhar os problemas ambientais. Ainda é de se pensar a questão de "Como fazer Educação Ambiental no ensino de história?". Mas acredito que a história ambiental é essencial para fazer EA no ensino de história.
Wendell Presley Machado Cordovil