Regiani da Silva Pedrosa e Rildo Bento Tavares


O USO DA HQ’S COMO UMA NOVA LINGUAGEM PARA O ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL


INTRODUÇÃO
No campo das ciências humanas nos últimos anos, cada vez mais tem surgido novas linguagens que consistem em enriquecer o conhecimento dos alunos na disciplina de História. Estas linguagens estão cada vez mais ganhando espaço em pesquisas como também despertado o interesse dos historiadores a problematizar mais o ensino de história. Nesse sentido, ocorre um crescimento na pesquisa histórica, onde vários autores como Fábio Paiva, Douglas Lima e Waldomiro Vergueiro lançam luz sobre o tema. É importante ressaltar que essa nova linguagem tende a facilitar o aprendizado dos alunos na medida em que aborda temas recorrentes ao seu cotidiano, ou seja, elas são uma forma de ver a história a partir de novos horizontes.

Os tipos de mídias são diversos, entre elas destaca-se a televisão, filmes, séries, HQ’s (discurssão principal do artigo), mapas, música, cinema, fotografia, imprensa, jogos e literatura. Diante de tão vastas formas de linguagens que estão cada vez mais ganhando espaço, tanto no ambiente escolar quanto fora dele, o ensino-aprendizado está se tornando mais prazeroso, por ser mais próximo da realidade dos alunos.

No presente trabalho abordaremos a história local por meio da HQ’s. Diante do exposto é importante considerar que com o uso dessa nova linguagem poderemos abordar vários temas que enriquecem o ensino, bem como a escrita do português, corrupção, a influência da televisão, assim como também a violência dentre outros. E nesse sentido, refletir sobre o uso e mudanças ocorridas nos últimos anos no ensino de história, bem como o uso de novas linguagens e conteúdos básicos para a formação dos cidadãos xinguarenses.

Para o desenvolvimento do presente artigo será analisada a história em quadrinhos, ou seja, uma abordagem recente no ensino de história. Nesse sentido, procuramos com essa nova abordagem por meio das HQ´s obter resultados satisfatórios que enriquecem o ensino de História Local nas escolas de ensino fundamental. De acordo com Selva Guimarães Fonseca para um bom resultado é necessário:

“Identificar e explicar uma proposta metodológica e estratégia de ensino capaz de despertar e render resultados exitosos no aprendizado de história para crianças e jovens. Tal proposta mostrará os verdadeiros objetivos da disciplina de História no ensino básico mais necessariamente no ensino fundamental”. (FONSECA, 2010, p. 01).

Ao pensar no ensino de história é necessário observarmos como esse campo tem se ampliado, possibilitando novas abordagens, ou seja, observando o quanto o Brasil tem mudado democraticamente, pois de acordo com Fonseca “na primeira década do século XXI, uma rica diversidade de modos de pensar e ensinar História.” (FONSECA, 2010, p. 01). Ao fazer uma reflexão acerca dos novos modos de ensino de história, daremos seguimento ao trabalho.

NOVAS PERPECTIVAS AO ANALISAR HQ’S COMO FONTE HISTÓRICA

No âmbito escolar, o professor de história diariamente se depara com desafios relativos aos modos de ensinar a história e, bem como refletir sobre a característica de seus alunos sondando-os e, que a partir da história em quadrinhos, objeto desse artigo, esse recurso pode contribuir com o trabalho do professor em sala, uma vez que os alunos em sua maioria se identificam com a temática, onde o professor traçando metas e assim buscando novas metodologias para o contribuir com ensino de história de uma forma dinâmica.

Ao pensarmos no ensino da história local por meio da HQ’s é necessário que façamos reflexões que tendem a beneficar a aprendizagem dos alunos. As HQ`s como forma de linguagem têm se mostrado como algo desafiante, pois é marcado por estereótipos, ou seja, mal visto por alguns profissionais da área da educação, haja vista que essa linguagem ainda encontra dificuldades, pois os profissionais da educação ainda não veêm as HQ`s como uma fonte histórica e sim como algo lúdico. Contudo, o campo das ciências humanas no decorrer dos anos tem se ampliado cada vez mais, surgindo perspectivas e possibilidades novas de ensino, assim essas possibilidades tendem a enfatizar o aprendizado pelo uso dessas novas de linguagens.

É importante ressaltar que durante muitos anos o uso da HQ’s não era visto como fonte histórica. E é na década de 1970 que essa linguagem se torna mais significativa. De acordo com Vergueiro apud Krakhecke (2009).

“Quanto às HQs, em geral pouco valorizadas ou mesmo ignoradas pelos historiadores como fonte histórica, elas estão, de um modo geral, relacionadas com o contexto da época em que são publicadas, pois são produtos de seu tempo. O olhar dos quadrinhos pode ser bastante peculiar e se diferenciar de outras obras culturais por diversos motivos, seja por ter um público diferenciado, normalmente mais jovem, seja por se tratar de um meio de comunicação de massa que ainda mantém uma integridade autoral que, como veremos, possibilita que seus autores transmitam suas idéias sem muitas interferências, pois possuem uma larga participação no processo de produção. [...]”. (VERGUEIRO apud KRAKHECKE, 2009, p. 13).

No cotidiano em sala de aula, enquanto professores de história, buscamos contribuir cada vez mais com o rendimento e aprendizagem dos nossos alunos e, é nesse sentido que buscamos inovar o ensino dos alunos. Na condição de professor devemos pensar no livro didático e nas outras linguagens como perspectiva de ensino, buscar nas novas linguagens que nos auxiliem a obter novos resultados positivos no ensino aprendizado.

Alguns autores renomados que abordam a temática da HQ’s no ensino de história dentro do ambiente escolar e consideram a partir de suas experiências, que esta linguagem engrandece o aprendizado dos alunos, pois possibilita que o aluno associe o texto a imagem, melhorando a leitura, e consequentemente aguçando o seu senso crítico para as questões ali expostas. De acordo com Vergueiro (2017);

“[...] as HQs aumentam a motivação dos estudantes para o conteúdo das aulas, aguçando a curiosidade e desafiando seu senso crítico; a interligação do texto com a imagem, presente nas HQs, amplia a compreensão de conceitos de uma forma que qualquer um dos códigos, isoladamente, teria dificuldades para atingir; as HQs versam sobre os mais diferentes temas, sendo facilmente aplicáveis em qualquer área, além de apresentarem uma linguagem mais assimilável; a inclusão dos quadrinhos na sala de aula possibilita ao estudante ampliar seu leque de meios de comunicação, incorporando a linguagem gráfica à linguagem oral e escrita, que normalmente utiliza; os quadrinhos auxiliam no desenvolvimento do hábito de leitura; os quadrinhos enriquecem o vocabulário dos estudantes; o caráter elíptico da linguagem dos quadrinhos obriga o leitor a pensar e imaginar, tornando as HQs especialmente úteis para exercícios de compreensão de leitura e como fontes para estimular os métodos de análise e síntese de mensagens; os quadrinhos têm caráter globalizador, trazem temáticas que têm condições de ser compreendidas sem necessidade de um conhecimento prévio específico ou da familiaridade com o tema; os quadrinhos podem ser utilizados em qualquer nível escolar e com qualquer tema”. (VERGUEIRO apud LIMA, 2017).

Na busca de obter resultados satisfatórios o uso da HQ’s torna-se um aliado ao ensino propocionando aprendizagem acerca do tema.  Ao trabalhar a História Local por meio da HQ’s, é importante ressaltar a História das representações, uma temática que é tão bem abordada pelo historiador Roger Chartier em seu artigo “O mundo como representação”, um trabalho onde ele tece considerações acerca das representações, ou seja, de acordo com o local os indivíduos formam suas identidades.

O Uso da HQ’s em sala de aula poderá auxiliar nossos alunos a conhecer a história do nosso município de uma forma dinâmica, problematizando-as e aguçando seu senso crítico bem como traçar debates e roda de conversa proporcionando uma maior interação entre professor e alunos e, alunos com alunos.

O USO DAS H’Qs NA SALA DE AULA

Ao trabalhar a história local o professor enfrenta desafios na medida em que, nem sempre o tema é interessante aos discentes, pois fomos culturalmente educados com uma historiografia francesa, dominante através dos Annales, que valorizam produções externas, como a história do Egito e a mitologia grega, nos esquecendo do local e suas especificidades. Essa construção reflete no ensino da história local, partindo desse pressuposto, analisaremos a história local a partir da história em quadrinhos, uma vez que, a história local não está desconexa do regional e global.

A história em quadrinho foi uma adaptação feita da HQ’s “Cascão em histórias para dormir” produzida por Maurício de Sousa no ano de 2005. Essa revista em quadrinhos foi escolhida por ser uma história em quadrinhos muito conhecida entre os alunos. Neste trabalho relata um diálogo entre pai e filho sobre a história de seu Município, onde o pai através de sua memória coletiva, menciona sua experiência de quando chegou na região do Sul do Pará em especial a cidade de Xinguara. Essa memória no primeiro momento é individual que, por conseguinte é coletiva na medida em que envolve lugares, pessoas e eventos. O historiador Michael Pollak nos adverte dos cuidados que o professor de história deve tomar ao trabalhar com essa metodologia e não tomar como verdade absoluta essa construção da memória, pois ela é flutuante e mutavél.

A história do munícipio de Xinguara foi adaptada para a HQ’s, por ainda ser pouco conhecida entre os alunos, pois através dessa história do ‘Entroncamento Xingu’ os alunos se sentirão mais próximos da história do município, por se tratar de personagens que se aproximam mais da realidade deles, descontruindo também a história pioneiros que trata só dos hérois.

Propomos ao professor trabalhar com uma HQ’s sobre história local, com os personagens fictícios Cascão e seu pai, onde o pai conta a história da formação do Município de Xinguara. É importante ressaltar que o material proposto para turma de 6º ano, no entanto isso não impede que seja trabalhado nas demais séries.

Sendo o surgimento do município com a construção da PA-150 atual BR 155 e a PA 279. Xinguara no início se chamava Entroncamento Xingu, por estar situada no entroncamento da BR 155 e PA 279, a origem do nome Xinguara se deu devido o Cruzamento dos dois rios Xingu e Araguaia.

Xinguara foi povoada no início do ano de 1977, nesse período vieram pessoas de todas as regiões principalmente de Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Tocantins e região sul do país atraídos pelas as madeireiras e também por suas terras férteis, para desenvolver a agricultura e pecuária, a fim de cultivar arroz, feijão, milho, banana, mamão e a criação de gado e suíno que na atualidade predomina o agronegócio.

O pai do Cascão situa Xinguara geograficamente a seu filho, a mesma está localizada entre duas cidades estratégicas que é Conceição do Araguaia e Marabá, seu clima é tropical e úmido. O pai afirma que por um momento a estrada não foi o único incentivo para o assentamento de migrantes no entroncamento das duas estradas. Agricultores e posseiros foram atraídos para este município pela esperança de receber um lote de terra na área de colonização promovida pelo governo estadual, discussão essa que pode se estender a outras aulas sobre reforma agrária.

Com o crescimento da cidade de Xinguara que tinha como economia baseada nas madeireiras da região, essa por sua vez foi sendo desbancada pela economia da pecuária na região onde estão situadas grandes fazendas de criação de gado. A exportação do boi em pé, é um marco no crescimento da nossa região, atraindo o mercado internacional como o Irã entre outros, conta com dois frigoríficos em pleno funcionamento produz e exporta sua produção para países da Europa e Ásia. Devido ao crescimento da pecuária nessa região o Sindicato Rural organiza a Feira Agropecuária de Xinguara desde em 1998, sendo o evento uma referência do da identidade dos grandes fazendeiros da região.

Sugerimos que no primeiro momento, o professor entregue o material, disponível em anexo, a seus alunos para que os mesmos leiam, para se familiarizar com a história contada pelo pai do Cascão, e fazer uma paralelo se tem semelhanças ou diferenças da história contada por seus familiares (pai, mãe, avô, avó, tios e tias). Logo esses alunos vão se manifestar como a história contada, por seus familiares é a verdadeira que provalmente da que foi abodada pela HQ’s, então o professor deve iniciar um diálogo, contextualizando sobre as várias construções da narrativa da história local, tendo a história oficial e a coletiva, não sendo uma mais importante que a outra, é sim de acordo com os interesses de quem a produziu.

A história contada pelo pai do Cascão é a história oficial daquele momento, mesmo que o narrador não fez parte da construção da história se sente sujeito participante do processo ao narrar à história de sua cidade, pois a identidade do pai do Cascão está construída de acordo com o contexto na qual está inserido. Destacamos que a história oficial é a ensinada dentro e fora das escolas, pois a mesma atende aos anseios da elite local, que impõe uma identidade construída a partir das relações políticas e econômicas, discussão essa que não cabe nos estender no momento.

Após esse primeiro momento, o professor pode discorrer sobre a ausência de sujeitos históricos nessa narrativa, e como esse discussos constroem estereótipos acerca dos sujeitos que ficaram a margem da história local. É importante frisar que só a história em quadrinhos não consegue problematizar de forma contudente a respeito da história local, sendo necessárias leituras acerca da temática e sua abordagem, por se tratar da complexidade de sua fonte.

É nesse sentido, que com uma maior interação com nossos alunos traçamos uma meta de ensinar a história do nosso município por meio do uso da HQ’s como uma nova linguagem que possibilitará resultados exitosos, pois ainda há uma carência no conhecimento dos nossos alunos acerca da história local e por isso nasceu esse interesse em ensinar o global a partir do local, como uma ação global pode interferir no local.

Esse estudo proporciona ao aluno, situar-se dentro da história, pois a história local mostra o aluno como ator dessa história e consequentemente se reconhecer como sujeito no tempo. Com intuito de desconstruir estereótipos que consolidaram através da criação da identidade local.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando as dificuldades que as novas linguagens encontram de ser inseridas no ensino de história. A presente proposta tende a facilitar o aprendizado dos alunos acerca da história local.

Atraves de um diálogo entre professor e aluno, é necessário que recorramos a algumas das novas formas de linguagem que se ampliaram no ensino citadas acima. É necessário ressaltar que os avanços da LDB no que tange a aprendizagem dos alunos têm cada vez mais se ampliado, a fim de beneficiar a formação dos estudantes como afirma Selva Guimarães Fonseca:

“O lugar e o papel ocupados pela História na educação básica brasileira, na atualidade, derivam, pois, de transformações na política educacional e no ensino de História, conquistadas a partir de lutas pela democracia nos anos 1980, da promulgação da Constituição Federal de 1988 e da implantação da nova LDB. [...]”. (FONSECA, 2010, p. 01).


O ambiente escolar deve ser um espaço para o diálogo e a desconstrução desses discursos cheio de intencionalidade que envolve a história local, pois o mesmo constroe uma representação que pode excluir sujeitos que não se enquadre a tal imagem. Uma maneira de abordar tal tema, de uma forma dinâmica e atrativa, e usando as novas linguagens em especial a história em quadrinhos.

REFERÊNCIAS

Regiani da Silva Pedrosa. Graduanda no curso de História do Instituto de Estudos do Trópico Úmido da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Diponível em: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do acessado em 19/01/2018.

Rildo Bento Tavares. Graduando em Licenciatura plena em História pela Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará), disponível em: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do em 25/01/18, às 16h26min.

Este trabalho foi fruto da disciplina de PPC-V Estratégias de Ensino de História no Ensino Fundamental, sob orientação do Professor em História Rafael Rogério Nascimento dos Santos, pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

Este trabalho contou com a colaboração de Iolanda de Araújo Mendes, graduanda em História pela Universidade Federal do Sul Sudeste do Pará (Unifesspa).

FONSECA, Selva Guimarães. A HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: CONTEÚDOS, ABORDAGENS E METODOLOGIAS - ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010.

KRAKHECKE, Carlos André.  Representações da Guerra Fria em Batman – O Cavaleiro das Trevas e Watchmen. In: ____.  KRAKHECKE, Carlos André. Representações da guerra fria nas Histórias em quadrinhos: Batman – o Cavaleiro das trevas e Watchmen (1979-1987). Dissertação (Mestrado em História). Porto Alegre. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. 2009. pp. 89-133.

LIMA, Douglas. História em quadrinhos e ensino de História. Revista História Hoje, v.6, nº 11, p. 147-171, 2017.


10 comentários:

  1. Boa Noite Caros Rildo e Regiani,

    Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo e parabenizá-la pelo trabalho.

    Me surgiu uma dúvida, a melhor forma de utilizar as HQ's em sala de aula seria de forma que a tomassem como único conteúdo e fonte material para sua elucidação, ou deveria ser promovidos outras formas de conteúdo?


    Att. Policleiton Rodrigues Cardoso

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Boa noite Policleiton.
      Sobre o seu questionamento, o uso da HQ’s em sala de aula é uma das novas linguagens que podemos utilizar em sala de aula na disciplina de história, uma vez que, podemos abordar vários conteúdos do ensino de história, no objetivo de proporcionarmos aos alunos uma aproximação com a história, isso vai fazer com que possamos sair do abstrato para exemplos concretos. Espero ter conseguido te responder.
      Atenciosamente, RILDO BENTO TAVARES

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  2. Olá Regiani e Rildo, quero lhes dizer parabéns pelo texto, e queria levantar uma questão. Levando em consideração o perfil de algumas escolas, onde alunos possuem distintas realidades e levando em consideração o tempo curto de aula, vocês aplicariam esse trabalho em que turma preferencialmente? Sei que a intenção é que esse trabalho pode ser aplicado em qualquer turma, mas minha questão está focada na primeira turma em que poderia ser aplicado.
    Mais uma vez parabéns!
    Jonathan Evangelista de Araujo

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    1. Boa noite Jonathan, nosso trabalho a princípio será aplicado nas turmas de 6º ano, podendo ser aplicado em outras turmas do ensino fundamental também, a critério do professor. Nossa proposta é sondar a turma em um primeiro momento e a partir desse recurso apresentar um texto mais elaborado sobre a história local do município, o uso da HQ's será de grande auxílio, pois será uma forma mais dinâmica e inovadora de ensinar a história local, haja vista que, a HQ's que fizemos a adaptação em forma de parodia, é conhecido pelos alunos.
      GRATA, REGIANI DA SILVA PEDROSA

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  3. Boa noite prezados comunicadores o trecho me chamou a atenção''
    As HQ`s como forma de linguagem têm se mostrado como algo desafiante, pois é marcado por estereótipos, ou seja, mal visto por alguns profissionais da área da educação, haja vista que essa linguagem ainda encontra dificuldades, pois os profissionais da educação ainda não veêm as HQ`s como uma fonte histórica e sim como algo lúdico. Contudo, o campo das ciências humanas no decorrer dos anos tem se ampliado cada vez mais, surgindo perspectivas e possibilidades novas de ensino, assim essas possibilidades tendem a enfatizar o aprendizado pelo uso dessas novas de linguagens.''
    a minha pergunta é
    1) como os senhores ou através de quê, chegaram a conclusão sobre o que os professores da area da educação pensam sobre as HQ's , principalmente no que tange a essa dificuldade deles citadas ?

    2) Em que momento posso estar usando uma HQ quanto fonte histórica e desenvolver pesquisas academicas em cima disto, visto que como o texto dos senhores, como outros textos que já tive contato expressam a utilização de HQ mais voltada como prática metodologica de ensino ou abordagens ludicas a conteudos, e em alguns casos como lingua portuguesa ou linguas estrangeiras ( Espanhol e Inglês) o uso de HQ como avaliação mesmo de conteudo nas provas.

    forte abraço, e parabens pelo texto.

    Eliandra Gleyce Dos Passos Rodrigues

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    1. Boa noite Eliandra, nós que agradecemos, pela contribuição.
      Respondendo a primeira pergunta, para tais conclusões partimos das experiências com o Estágio Supervisionado I, no Ensino fundamental com turmas de 6º ao 9º ano, e obviamente de leituras que dão embasamento ao nosso trabalho, citadas em referência. Lima (2017) aponta que as HQ's enfrentaram dificuldades ao longo do século passado, no que se refere a uma forma de ensinar história, pois essa linguagem não era vista como ferramenta de ensino, e sim como forma de entretenimento. Acreditamos que com o surgimento das novas linguagens, a HQ's aqui em questão se torna uma forma mais inovadora de trabalhar os conteúdos, no objetivo também que nossos alunos não fiquem presos somente ao livro didático.
      No que se refere à segunda pergunta, a utilização da HQ's em sala de aula e nas avaliações tendem a ser uma questão mais pessoal variando de professor (a) a professor (a), pois cada profissional tem sua forma de trabalhar, haja vista que, as escolas seguem um plano anual de ensino, diante do exposto cabe ao professor decidir juntamente com a coordenação da Unidade de Ensino o momento oportuno para trabalhar com a História em quadrinhos, de acordo com a necessidade de aprendizagem de cada turma. No caso da HQ's que preparamos ela vai ser trabalhada a partir de um material didático mais elaborado, considerando que as HQ's tendem a facilitar o diálogo com frases menores.
      Esperamos ter contemplado seus questionamentos.

      Atenciosamente, Regiani da Silva Pedrosa & Rildo Bento Tavares.

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  4. Olá caros Regiani Pedrosa e Rildo Tavares,

    Primeiramente parabéns pela abordagem e pela escolha do tema, se trata de uma metodologia que particularmente gosto bastante e acredito que pode ser extraordinário se bem utilizado.
    Percebe-se que a ideia de documento amplia-se a partir do século XIX, fazendo com que as HQ's sejam cada vez mais fundamentais para compreender representações de uma determinada época, nota-se a importância das HQ's na construção do imaginário e representações de certa época, além de refletir sobre a sociedade em todos os seus âmbitos culturais, sociais e políticos. Queria saber se vocês já utilizaram ou pensam utilizar esse tipo de fonte em alguma aula e como fazer a utilização dos mesmos. Acreditam que ainda hoje haja dificuldades na inserção desse material em sala de aula?

    Abraço,

    Fernando Nogueira Resende

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    1. Olá Fernando Resende, obrigada pela contribuição.
      Respondendo sua pergunta, conversamos com um Professor da rede municipal de Ensino do nosso município e ele aceitou a proposta de trabalhar a temática nas turmas de 6º ano, no caso seria por agora no Estágio de Intervenção, segundo o professor o uso da HQ's será mais uma opção voltada para o ensino da história local.Esperamos ter sanado sua dúvida, desde já agradecemos.

      Atenciosamente, Regiani da Silva Pedrosa / Rildo Bento Tavares.

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  5. Como o anacronismo pode afetar a função pedagógica das HQs na construção do conhecimento histórico?
    Att,
    Allef de Lima L. F. Matos

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