Allef de Lima Laurindo Fraemann Matos


HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE HISTÓRIA


Introdução
É necessário compreendermos as distinções entre Charge, Cartum e Histórias em Quadrinhos (HQs) e assim posteriormente analisar as HQs como ferramenta pedagógica no Ensino de História. A relação entre os três meios de comunicações são marcadas por uma generalização já que todas evoluíram a partir do desenvolvimento da imprensa. A charge é uma ilustração que recorre ao humor com objetivo de satirizar notícias, como explica Vilela, “ela possui um caráter jornalístico, mas não se limita a informar um fato ou acontecimento. Uma charge está mais para um editorial ou uma coluna de opinião do que para uma reportagem comum” (VILELA, 2012, p. 41). Já cartum, é uma única imagem ilustrada que tem por intuito transmitir uma informação, e de acordo McCloud, as HQs são “imagens pictóricas e outras, justaposta em sequência deliberadas destinada a transmitir informação e/ou produzir uma resposta no espectador.” (MCCLOUD, 1995, p.09). Dessa maneira, as HQs são duas ou mais imagens, possuindo textos escritos ou não, colocados uma ao lado da outra em sequência com objetivo de passar uma determinada informação.

Percebemos que a influência das HQs na sociedade tornou-se um elemento corriqueiro que extrapola as mais diversificadas mídias e culturas. “Mesmo os menos atentos se deparam diariamente com imagens relacionadas aos personagens clássicos dos gibis, quando não, com os próprios apresentados nos produtos mais diversos, desenhos animados, comerciais e nas próprias HQs.” (PAIVA,2017, p. 46-47), assim podemos afirmar que, as Histórias em Quadrinhos são um tipo específico de arte. “Não é literatura, não é pintura, nem desenho, e sim uma junção de várias expressões artísticas, mas que forma outra que se diferencia da demais. É uma linguagem e também uma forma de comunicação, além de ser um meio de entretenimento presente nas relações cotidianas e educacionais.” (Ibid. p. 47)

História em Quadrinhos e Educação
As primeiras Histórias em Quadrinhos publicadas com caráter educacionais foram as revistas norte - americanas True Comics e Real Life Comics, as obras apresentavam personagens e eventos históricos, ilustrados nos seus exemplares. Posteriormente, outras revistas como Topix Comics e Treasure Chest, Picture Stories from the Bible dedicaram-se à publicar HQs com temáticas religiosas, essas publicações faziam da catequese o seu maior objetivo, utilizando das revistas como um meio de transmissão dos valores cristãos. “[...] Na Itália, editora ligadas à Igreja Católica também utilizaram fartamente a linguagem dos quadrinhos para incutir nas crianças sentimento religiosos, foram depois traduzidas e públicas em muitos países do mundo.” (VERGUEIRO, 2006,p.18).

Os benéficos pedagógicos dos quadrinhos não restringiram exclusivamente as editoras.  Na China, durante o processo de revolução comunista, o governo de Mao Tse- Tung utilizou das HQs como uma fermenta para divulgação de um modelo de vida exemplar, dando ênfase aos valores do novo regime que pretendia estabelecer no país.

“As histórias podiam enfocar, por exemplo, a vida de um soldado que, a caminho de seu quartel, encontrar uma pobre velhinha sem forças para caminhar, desviava-se de seu caminho e a levava às costas até sua casa, passando a imagem de ‘solidariedade’ que o governo chinês pretendia vender a população.” (Ibid. p. 18).

Podemos perceber essa estratégia pedagógica em diversos países, exemplo é os Estados Unidos que utilizar das revistas em quadrinhos para ilustras cartilhas de treinamento bélico do exército norte – americano durante a Segunda Guerra Mundial, com objetivo de facilitar a compressão dos manuais e apostilas militares.

“Depois de conversar com os editores do jornal ao longo dos meses e ver como o exército resolvia as coisas, Eisner ficou convencido de que os quadrinhos podiam ser usados como uma ferramenta educativa para seus colegas soldados. Seu raciocínio envolvia em parte a falta de alfabetização, em parte a relutância natural em aprender algo novo: os manuais de manutenção eram escritos em linguagem tão técnicas que os soldados menos letrados não entendiam, e mesmo que entendessem, precisavam de motivação para seguir as orientações. Os quadrinhos podiam ser informais, divertidos e fáceis de acompanhar, ainda assim mantendo o tom educativo. Eles podiam falar a língua do soldado.” (SCHUMACHER, 2013, p, 106 apud PAIVA, 2017, p, 66)

Durante a década de 1970 na França, as Histórias em Quadrinhos passaram a ser utilizadas como ferramenta pedagógica para auxiliar os docentes na sala de aula.  Diversos personagens e temas passaram a ser representados, entre quais se encontram as obras de Freud, Marx, Lenin, Darwin e Trotsky.  As editoras francesas aventuram-se nesse ramo com maior ou menor sucesso, ajudando a ressaltar a ideia perante o público que as HQs poderiam ser utilizadas para transmitir conteúdo. Essa tendência foi ampliada pelos demais países, por vezes com traduções de obras norte – americanas europeias ou desenvolvimento de obras com temáticas especifica de cada local. Temos que compreender que “a inclusão efetiva das histórias em quadrinhos em matérias didáticos começou de forma tímida, inicialmente eram utilizadas para ilustrar aspectos específicos das matérias que antes eram explicados com textos escritos.” (VERGUEIRO, 2006, p .20).

No mesmo período no Brasil, já era possível encontrar narrativas em quadrinhos nos livros didáticos, esses quadrinhos sintetizavam ou exemplificavam, em uma ou mais vinhetas, o conteúdo do tópico ou do capítulo. “Utilizando a lin­guagem característica dos quadrinhos (balões de fala, recordatórios etc.), estes eram usados para suavizar a diagramação e complementar de forma mais leve o texto didático.” (SANTOS; VERGUEIRO, 2012, p.83). No entanto, o reconhecimento das Histórias em Quadrinhos como uma maneira de auxiliar nas práticas pedagógicas ocorreu oficialmente no Brasil em 1996 quando foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. No Art. 3º da Lei de Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, propôs: o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios, – “II liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.”( BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996).  Percebemos que   partir da promulgação LDB, as HQs passaram a ser uma ferramenta educacional, abrangente no mais variados níveis educacionais, desde as séries iniciais até o ensino superior, possibilitando desenvolvimento de várias pesquisas relacionadas com distintas problemáticas. “Crianças e adolescentes seguem a história do começo ao final, compreendem seu enredo, seus personagens, a noção de tempo e espaço, sem necessidade de palavras sofisticadas e habilidades de decodificação. (LUYTEN, 1985.p. 06 apud PAIVA, 2017, p. 63), desta maneira as História em Quadrinhos servem de escada para o conhecimento dos estudantes.

Quadrinhos na aula de História  
Nas aulas de História, as HQs podem ser utilizadas para ilustrar aspectos e ideias sociais do passado, neste caso, seriam utilizadas obras ambientadas em um terminado período histórico, onde nessas obras poderiam analisar o vestuário, a mobília e estilo arquitetônico, nos quais os quadrinhos estão sendo baseados. Dessa maneira podemos utilizar as Histórias em Quadrinhos de Asterix, como uma ferramenta de ensino de História Antiga, pois as obras produzidas por René Goscinny e Albert Uderzo remetem a Roma Antiga ilustrando aspectos sociedade romana; arquitetura das cidades; uniformes dos soldados; organização militar; importância do exército para Roma. De acordo com Vilela:

“Para a disciplina de história, as HQs fornecem material para o trabalho com o conceito de tempo e suas variações e informações textuais e visuais da vida social de comunidades do passado (HQs históricas). Para estudos da época em que foram produzidas as revistas (gibis que registrem o momento social em que foram realizados), são fontes de referências históricas bibliográficas. “(VILELA, 2006. [?] apud PAIVA, 2017.p. 72).

Outra maneira de utilizar as HQs de Asterix na sala de aula, usando como uma fonte de partida para discussões de conceitos históricos, as obras possibilitam debates e questionamentos sobre os conceitos de Estado, Império, aculturação e expansionismo. Conforme Vilela explica, algumas HQs “têm como fonte de inspiração culturas e civilizações que existiram na antiguidade, podendo se constituir num excelente ponto de partida para debater e questionar conceitos de ‘bárbaros e civilizados” (VILELA, 2006, p. 110).

É de fundamental importância que o docente conheça o período histórico abordado nas Histórias em Quadrinhos e ressalte para os alunos que as HQs são obras de ficção, não tendo responsabilidade de ser fidedignos aos acontecimentos históricos por ele abordados, evitando assim, que o aluno tome a obra utilizada como algo condizente com a realidade. O educador “deve mediar a leitura dos quadrinhos, chamando a atenção para que os anacronismos.  Assim ‘erros’ podem servir como ponto de partida para informação corretas, contribuindo para a construção do conhecimento.” (VILELA, 2006,p. 121).

Como medida para evitar possíveis problemas no decorrer da aula e de um sucesso maior no desenvolvimento do conteúdo ministrado, é necessário um planejamento elaborado para utilizar as HQs em sala, fazendo uma exposição sobre o tema trabalhado e que as utilizando como material complementar ou fonte primária. E, desse modo, relacioná-las com textos teóricos, seja o livro didático ou outro material de acadêmico levado à sala de aula pelo docente.

Também é de extrema importância à identificação do material adequado, pois sabemos que “as HQs são uma linguagem autônoma, que existem vários gêneros para diferentes públicos e faixas etárias e que elas são publicadas de diferentes maneiras (na forma de tiras de jornais; na forma de revistas vendidas em bancas e na forma de álbuns vendidos em livrarias), podemos avançar e fazer um retrospecto da relação entre essa linguagem e a instituição escola.” (VILELA, 2012, p. 63). Assim “como em qualquer outra forma literária, se escolhem e procuram as que dizem mais, desistindo das que satisfazem menos e suscitam menos envolvimento, menos inesperados.” (ABRSMOVICH, 1995, p,128 apud PAIVA. 2017,p. 73).

Scott McCloud e Waldomiro Vergueiro vão defender potencial das HQs. Para o primeiro, “a forma artística – meio – conhecido como quadrinhos é um recipiente que pode conter diversas ideias e imagens.” ( MCCLOUD, 1995,p. 6) Já para Vergueiro, não existe regras para utilização das HQs, “pode – se dizer que o único limite para seu bom aproveitamento em qualquer sala de aula é a criatividade do professor e sua capacidade de bem utilizá-los para atingir seus objetivos.” (VERGUEIRO, 2006, p. 26). Partindo dessas percepções, temos que compreender as HQs como um instrumento educacional de potencial abrangente, que permitem, com seu uso, as integrações entre as diferentes áreas do conhecimento e mídias, possibilitando nas instituições educacionais um trabalho interdisciplinar e com diferentes habilidades interpretativas.

Vemos, portanto que as Histórias em Quadrinhos são ferramentas ricas em conteúdo para serem utilizadas no Ensino de História, onde possuem um potencial pedagógico enorme, em que podem contribuir para dinamização da aula, pois “indiscutivelmente, as revistas de HQ, por fazerem parte importante do universo de crianças e jovens, podem ser igualmente utilizadas como ferramenta pedagógica criativa e eficiente.” (FUNARI, 2004.p.152 Apud SOUZA NETO, 2016, p. 135). Além disso, ressaltamos que as HQs contribuem para uma interdisciplinaridade, tornando - se mais um auxílio de ingressão na prática literária. “Assim um leitor, que desenvolver o gosto por esse hábito terá muito mais chances de se tornar alguém que leia outros gêneros textuais, como jornais, livros e revista.” (VERGUEIRO 2006, apud PAIVA, 2017, p. 51). Como explicar Santos, as Histórias em Quadrinhos no processo de aprendizagem possibilitam, “entre outras coisas, o incentivo à leitura, o aprendizado de línguas estrangeiras, a instigação ao debate e à reflexão sobre determinado tema, ou mesmo a realização de atividades lúdicas, como a dramatização a partir de uma história em quadrinhos.” (SANTOS, 2001 apud SANTOS; VERGUEIRO, 2012, p. 82). Logo, podemos perceber que as HQs são mais uma ferramenta pedagógica para sala de aula e podem tornar cada vez mais difundidas na medida em que seu uso e aceitação estejam presentes no cotidiano das intuições educacionais.

 Allef de Lima Laurindo Fraemann Matos. Graduado em Licenciatura em História – Universidade de Pernambuco. Membro do Leitorado Antiguo: Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão em História Antiga. Orientador: Prof. Dr. José Maria Gomes de Souza Neto.

ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosura e bobices. São Pulo: Scipione,1995.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996.disponível em: [http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf] acessado em 07 de outubro de 2017.

FUNARI, Raquel dos Santos. O Egito na Sala de Aula. In BAKOS, Margaret (org.). Egiptomania: o Egito no Brasil. São Paulo: Paris
Editorial, 2004.
LUYTEN, S.B.(Org.) História em Quadrinhos: leitura crítica. 2.ed.São Paulo: Paulinas,1985.
MCCLOUD, S. Desvendando os quadrinhos. São Paulo: Makron Books, 1995.
PAIVA, F. História das Histórias em Quadrinho. In: ______ Educação e violência nas Histórias em Quadrinhos de Batman. Salvador: Quadro a Quadro, 2017, p. [ 29 – 50]
______. Educação e História em Quadrinhos. In: ______Educação e violências nas Histórias em Quadrinhos de Batman.  Salvador: Quadro a Quadro, 2017, p. [ 51 – 54]
PAIVA, F. Histórias em Quadrinhos na educação. Salvador : Quadro a Quadro, 2017.
SANTOS, Roberto Elísio dos. Aplicações da história em quadrinhos. Comunicação & Educação, São Paulo, ECA-USP, n. 22, p. 46-51, set./dez. 2001.
SANTOS, R. E; VERGUEIRO, W.  Histórias em quadrinhos no processo de aprendizado: da teoria à prática.  EccoS – Rev. Cient., São Paulo, n. 27, jan./abr. 2012, p. [81 – 95].
SCHUMACHER, M. Will Eisner: um sonhador nos quadrinhos. São Pulo: Editora Globo,2013.
SOUZA NETO, J. M. ENSINO DA HISTÓRIA ANTIGA E ARTE SEQUENCIAL: ESBOÇOS INTRODUTÓRIOS. In: BUENO, A.; ESTACHESKI, D.; CREMA, E. [orgs.] Para um novo amanhã: visões sobre aprendizagem histórica. Rio de Janeiro/União da Vitória: Edição LAPHIS/Sobre Ontens, 2016.
VERGUEIRO, W. Uso das HQs no ensino. In: VERGUEIRO, W; RAMA, A. (Org.) As Histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto. 2006, p. [ 07 – 30].
VILELA, T.  Os quadrinhos no ensino de História. In: VERGUEIRO, W; RAMA, A. (Org.) As Histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto. 2006, p. [105 – 130].
VILELA, Túlio M. R. A utilização dos quadrinhos no em ensino de história: Avanços, desafios e limites. 2012. 319 f. Dissertação do curso de mestrado em educação. Universidade Metodista de São Paulo, Faculdade de Humanidade e Direito. São Bernardo do Campo.2012.

40 comentários:

  1. Bom dia Allef,

    As Histórias em Quadrinhos se configuram num excelente instrumento para análise de discursos dentro de uma determinada temática. Exemplos de títulos que foram produzidos como propagandas contrárias ao nazifascismo e ao socialismo/comunismo são diversos. Histórias em quadrinhos constituem-se num contato mais palpável para crianças, num primeiro momento, mas ao mesmo tempo, incorre na sacralização de uma "verdade", quando não problematizado. Por conta disso, uma atividade que considero ainda mais instigante é produzir HQs com os (as) estudantes, para que os mesmos compreendam a construção de uma narrativa histórica, a partir de escolhas, não como um dado pronto. Já desenvolvestes alguma atividade semelhante? Que procedimentos foram adotados? Obrigado! Abraço!

    Maicon Roberto Poli de Aguiar

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    1. Maicon, obrigado pela sua pergunta. Sim. A metodologia desenvolvida foi a seguinte: Num primeiro momento foi realizado uma aula expositiva, apresentando o processo de expansão romana e os acontecimentos que culminaram nas Guerras Gálicas. Ao término da aula, foi passada a leitura da HQ, Asterix – O papiro de César. Num segundo momento, ocorreu uma análise historiográfica do quadrinho, com intuito de promover uma discussão sobre a representação da sociedade gaulesa e do processo de expansão romana. Na última etapa, realizei uma atividade avaliativa: Nesta etapa a sala foi dividida grupos, e cada equipe teria que discutir entre os componentes, quais daqueles relatos trazidos na HQ são ficcionais e quais se aproximam do relatado por César; depois da discussão no grupos, foi promovido um debate com todos os grupos, tendo o professor(Eu) no papel de mediador e, ao final, também fiz os devidos esclarecimentos.
      Att,
      Allef de Lima L.F. Matos

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  2. Boa tarde Allef,

    Sou graduanda do curso de história, dei algumas aulas durante o estágio (9° ano do fundamental) abordando a propaganda durante a Guerra Fria utilizando as histórias em quadrinhos criadas na época, principalmente histórias da Marvel. É visível como esse tipo de abordagem em sala desperta um grande interesse dos alunos, e até uma melhor compreensão do tema.

    Na sua opinião, porque muitos professores, principalmente os que atuam a mais tempo, não buscam explorar outros tipos de materias? Não só as HQs, mas também filmes, trechos de fontes, documentários, etc. Seria um receio de sair de uma certa zona de conforto?

    Obrigada!

    Karina Honorio de Almeida

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  3. Boa noite, Allef
    Primeiramente, parabéns pelo seu texto. Ele me ajudará inclusive com algumas referências no futuro, como a de Paiva (2017), que eu desconhecia!
    Também trabalho com o uso de HQs no ensino de História e estou desenvolvendo minha dissertação no Mestrado em Educação com esta temática, mas com uma HQ adaptada do livro "Os Miseráveis", de Victor Hugo.
    Minha pergunta é se você já trabalhou com HQs em sala de aula, e, se sim, como foi a experiência, em que séries aplicou as atividades e de que forma conduziu as aulas.
    Além disto, gostaria de saber quais são seus planos futuros, se você continuará desenvolvendo pesquisa na área de HQs na Educação ou não.
    Por fim, quero destacar que concordo com o trecho em que você afirma que "Nas aulas de História, as HQs podem ser utilizadas para ilustrar aspectos e ideias sociais do passado, neste caso, seriam utilizadas obras ambientadas em um terminado período histórico", mas acredito que as HQs podem fazer isto e muito mais. Trata-se de um universo vasto que, a meu ver, ainda pode ser bastante explorado pelos professores, pesquisadores e alunos!

    Obrigada,

    Giovana Maria Carvalho Martins

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    1. Giovana, obrigado pela sua pergunta. Sim. A metodologia desenvolvida foi a seguinte: Num primeiro momento foi realizado uma aula expositiva, apresentando o processo de expansão romana e os acontecimentos que culminaram nas Guerras Gálicas. Ao término da aula, foi passada a leitura da HQ, Asterix – O papiro de César. Num segundo momento, ocorreu uma análise historiográfica do quadrinho, com intuito de promover uma discussão sobre a representação da sociedade gaulesa e do processo de expansão romana. Na última etapa, realizei uma atividade avaliativa: Nesta etapa a sala foi dividida grupos, e cada equipe teria que discutir entre os componentes, quais daqueles relatos trazidos na HQ são ficcionais e quais se aproximam do relatado por César; depois da discussão no grupos, foi promovido um debate com todos os grupos, tendo o professor(Eu) no papel de mediador e, ao final, também fiz os devidos esclarecimentos. Prendendo continuar desenvolvendo minha pesquisa.
      Att,
      Allef de Lima L.F. Matos

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  4. Boa Noite,

    A perspectiva de trabalhar com HQs no ensino básico muito me chama a atenção. Pensando nisso, há mais ou menos um ano, tenho buscado HQs, mais especificamente Graphic Novels, que chamem a minha atenção e possibilitem o meu trabalho.
    Entre as que eu mais gostei estão as histórias do Tex. Elas são fontes riquíssimas para trabalhar não só a Conquista do Oeste dos Estados Unidos, mas também, como o Maicon Aguiar comentou acima, a análise do discurso feito sobre os indígenas norte-americanos, e suas relações com o homem branco.

    Entre outras Graphic Novels, sem me delongar muito, posso destacar também, "Maus" e "Entre a Foice e o Martelo", fontes para o trabalho de várias facetas da Segunda Guerra Mundial. A primeira, dando enfoque à perspectiva dos judeus durante o início e o estabelecimento do Holocausto nazista. A segunda, por sua vez, trabalhando conceitos mais amplos sobre autoritarismo, comunismo, Guerra Fria, propaganda ideológica, entre outros.

    Meu comentário servirá mais como um complemento e indicação de HQs para aqueles que estão procurando fontes a serem trabalhadas.

    Muito obrigado,

    Dean Tarik Silva Araújo

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    1. Dean, obrigado pela sua pergunta. Podemos utilizar as seguintes obras; Adeus, chamigo brasileiro, escrita por André Toral, história ambientada na Guerra do Paraguai; Chibata! Escrita por Olinto Gadelha e Hemeterio , na qual vai abordar Revolta da Chibata, acontecida em 1910, quando marinheiros negros amotinaram-se no Rio de Janeiro para forçar o governo a abolir os castigos físicos; A noiva, produzida por Thony Silas, e tem como temática a Revolução Pernambucana de 1817; Cumbe, produzida por Marcelo D’Salete, que analisa a resistência dos escravos durante o período colonial, na América portuguesa; AfroHq, desenvolvida por Amaro Braga, Daniele Jaimes e Roberta Cirne, está HQ, aborda a cultura e a religiosidade afro-brasileira, através da representação dos deuses.
      Att,
      Allef de Lima L. F. Matos

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    2. As edições 1, 13 e 34 de Capitão América Comics, todas do ano de 1941, podem ser utilizadas para abordar 2ª Guerra Mundial, por exemplo.

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  5. Boa noite Allef,

    Um professor no meu 1º ano do ensino médi utilizou esse artifício didático em um momento do ano letivo, e com base em HQs que fizéssemos uma atividade avaliativa. Essa mesma atividade tinha como finalidade analisar as histórias e os personagens e listar valores sociais, acontecimentos políticos e culturais, relações com os fatos históricos e dados filosóficos. Hoje como graduando de Licenciatura em História, vejo que a tal atividade foi bastante complexa para um garoto de 15 anos de idade, mas foi a atividade mais diferente utilizada por um professor durante todo o meu ensino médio.

    Para você, esse exigência de análise do professor em propor essa atividade realizada no meu 1º ano do ensino médio foi adaptada para uma turma com faixa etária de 15/16 anos? Se não, como esse professor poderia ter abordado o trabalho com HQs? Ou qual seria o ponto central da abordagem na utilização desse tipo de material?

    Att.: ISMAEL ARAÚJO FERNANDES

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    1. Obrigado pela sua pergunta. É importante que o professor se planeje para utilizar HQs em sala de aula, fazendo uma exposição sobre o tema trabalhado e que utilizando-as como material complementar. E, desse modo, relacioná-las com textos teóricos, seja o livro didático ou outro material de cunho acadêmico levado à sala de aula pelo professor

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  6. Boa tarde, ministro aula de história para o Ensino Médio, e busco em outras fontes documentais fomentar a pesquisa diante das características ínfimas dos livros didáticos. Porém, ainda não encontrei um meio didático de apresentar uma proposta de realização metodológica com a utilização dos HQ's. Você poderia me sugerir uma forma dinâmica na qual eu consiga inserir este meio de aprendizagem?
    Lidiane Álvares Mendes
    Mestra em História Social/UFAM

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    1. Obrigado pela sua pergunta. Algo importante que devemos fazer antes de utilizarmos qualquer nova mídia ou fonte em sala de aula é fazer uma sondagem com os alunos com o objetivo de se familiarizar com a realidade deles. Uma das grandes vantagens de se utilizar HQs no ensino de História é que geralmente elas fazem parte do cotidiano dos discente. Contudo, se a turma na qual você pretende utilizar esse material não tem o hábito de leitura dessas histórias ou até mesmo não gostam, o uso deve ser evitado, pois o que seria uma possibilidade de aproximar a História com o aluno pode acabar tendo o efeito contrário. Isso se aplica tando ao Ensino Fundamental II quanto ao Ensino Médio.
      Att,
      Allef de Lima Laurindo Fraemann Matos

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  7. As histórias em quadrinhos fazem parte do conteúdo programático de muitos livros didáticos, elas se tornaram um elemento que influencia a cultura e que está presente na mídia. Sendo afirmativo que as histórias em quadrinhos se tornaram um tipo específico de arte, uma forma de linguagem e de comunicação.
    Achei interessante no texto a parte que fala, que os benéficos pedagógicos dos quadrinhos não restringiram exclusivamente as editoras. Na China, durante o processo de revolução comunista, o governo de Mao Tse- Tung utilizou das HQs como uma fermenta para divulgação de um modelo de vida exemplar, dando ênfase aos valores do novo regime que pretendia estabelecer no país.
    De que forma esse tipo de material pode estimular a atenção do aluno e como o professor pode trabalhar isso com os mesmos?

    ANDRELINE CARDOSO PAIVA

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  8. Que legal seu artigo Allef. Eu também trabalho com isso já há algum tempo, e sempre gosto de perguntar aos pesquisadores: Você faz uso das HQs na sua sala de aula? Já pensou em fazer uma pesquisa aplicada?

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    1. Obrigado pela sua pergunta. Sim. A metodologia desenvolvida foi a seguinte: Num primeiro momento foi realizado uma aula expositiva, apresentando o processo de expansão romana e os acontecimentos que culminaram nas Guerras Gálicas. Ao término da aula, foi passada a leitura da HQ, Asterix – O papiro de César. Num segundo momento, ocorreu uma análise historiográfica do quadrinho, com intuito de promover uma discussão sobre a representação da sociedade gaulesa e do processo de expansão romana. Na última etapa, realizei uma atividade avaliativa: Nesta etapa a sala foi dividida grupos, e cada equipe teria que discutir entre os componentes, quais daqueles relatos trazidos na HQ são ficcionais e quais se aproximam do relatado por César; depois da discussão no grupos, foi promovido um debate com todos os grupos, tendo o professor(Eu) no papel de mediador e, ao final, também fiz os devidos esclarecimentos. Prendendo continuar desenvolvendo minha pesquisa.
      Att,
      Allef de Lima L.F. Matos

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    2. Bem bacana hein? Sem falar que o Papiro de César (apesar de não ser feito por Uderzo) tem vários elementos clássicos do Asterix, principalmente a ligação com o cotidiano. Sempre lembro do escravo Wikilikis, que vaza as informações...

      Rodrigo Otávio dos Santos

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  9. o uso desta ferramenta pedagógica é muito interessante e preciosa se bem utilizada e planejada. Diante disso, qual seria o incentivo ou estimulo que os educadores precisariam para utilizar esta ferramenta, visto que muitos se prendem aos livros didáticos?
    jéssica ewelyn oliveira da cruz.

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  10. Boa noite Allef,
    Sou professora de história no ensino fundamental e superior, e faço o uso desse tipo de ferramenta em sala de aula com os alunos do ensino superior. Já elaborei um jornal, charges e esse ano estamos desenvolvendo uma revista em quadrinhos. Observo que o resultado é muito positivo, uma vez que sua elaboração exige muita pesquisa e compreensão do contexto histórico selecionado. No entanto, nunca utilizei essa metodologia com os alunos do ensino fundamental, nem a criação de quadrinhos ou a utilização de HQ em sala. Você acredita que a utilização desses recursos pode ser utilizada em qualquer ano ou você indica sua utilização a partir de alguma faixa etária específica?

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    1. Obrigado pela sua pergunta. Algo importante que devemos fazer antes de utilizarmos qualquer nova mídia ou fonte em sala de aula é fazer uma sondagem com os alunos com o objetivo de se familiarizar com a realidade deles. Uma das grandes vantagens de se utilizar HQs no ensino de História é que geralmente elas fazem parte do cotidiano dos discente. Contudo, se a turma na qual você pretende utilizar esse material não tem o hábito de leitura dessas histórias ou até mesmo não gostam, o uso deve ser evitado, pois o que seria uma possibilidade de aproximar a História com o aluno pode acabar tendo o efeito contrário. Isso se aplica tando ao Ensino Fundamental II quanto ao Ensino Médio.
      Att,
      Allef de Lima L. F. Matos

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  11. Boa noite Allef,
    Sou professora de história no ensino fundamental e superior, e faço o uso desse tipo de ferramenta em sala de aula com os alunos do ensino superior. Já elaborei um jornal, charges e esse ano estamos desenvolvendo uma revista em quadrinhos. Observo que o resultado é muito positivo, uma vez que sua elaboração exige muita pesquisa e compreensão do contexto histórico selecionado. No entanto, nunca utilizei essa metodologia com os alunos do ensino fundamental, nem a criação de quadrinhos ou a utilização de HQ em sala. Você acredita que a utilização desses recursos pode ser utilizada em qualquer ano ou você indica sua utilização a partir de alguma faixa etária específica?

    Obrigada,

    Nathálya Ferreira Raseira

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  12. Allef, parabéns pelo texto!

    Acredito que, bem como as produções cinematográficas, os quadrinhos refletem mais o tempo em que foram produzidos que o contexto da história que aborda. Partindo deste pressuposto, como podemos utilizar as HQs sem acarretar em eventuais anacronismos e etnocentrismos (visto que as ilustrações, por vezes, são caricaturadas)?

    Edmilson Antonio da Silva Junior

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    1. Edmilson, obrigado pela sua pergunta. É importante que o professor conheça o período histórico abordado nas Histórias em Quadrinhos e ressalte para os alunos que as HQs são obras de ficção, não tendo responsabilidade de ser fidedignos aos acontecimentos históricos por ele abordados, evitando, assim, que o aluno tome a obra utilizada como algo condizente com a realidade.
      Att,
      Allef de Lima L. F. Matos

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  13. Boa Tarde Allef,

    Primeiramente que ótimo texto. Acredito no grande potencial pedagógico na utilização de histórias em quadrinho no processo de ensino-aprendizagem. Como podemos utilizar da maneira mais adequada as HQ'S como instrumento de avaliação?

    Obrigada,
    Dályda Rosa de Oliveira Batista

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    1. Dályda,obrigado pela sua pergunta. Agradeço o elogio. A metodologia pensada foi a seguinte: Num primeiro momento seria realizado uma aula expositiva, apresentando o processo de expansão romana e os acontecimentos que culminaram nas Guerras Gálicas. Ao término da aula, será passada a leitura da HQ, Asterix – O papiro de César. Num segundo momento, ocorrerá uma análise historiográfica do quadrinho, com intuito de promover uma discussão sobre a representação da sociedade gaulesa e do processo de expansão romana. A última etapa, seria uma atividade avaliativa: a sala seria dividida grupos, e cada equipe teria que discutir entre os componentes, quais daqueles relatos trazidos na HQ são ficcionais e quais se aproximam do relatado por César; depois da discussão no grupos, seria feito um debate por todos os grupos, tendo o professor o papel de mediador e, ao final, também faria os devidos esclarecimentos.
      Att, Allef de Lima L.F. Matos

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  14. Olá Allef de Lima Laurindo Fraemann Matos

    Parabéns pela pesquisa. Muito interessante essa abordagem que você fez, inclusive quando inicia o texto diferenciando a charge, o cartum e as histórias em quadrinhos(HQs), já nos acrescenta a titulo de conhecimento e apresenta mais uma forma de se trabalhar conteúdo em sala de aula. Sabemos que o público jovem hoje é muito difícil de lhe dar, mas creio que esse tipo de abordagem venha a despertar de forma descontraída nossos alunos à temáticas do dia a dia. A questão é, como podemos nos nortear na criação ou utilização de técnicas de ensino que se aproximem mais de nosso público (jovens, crianças) justamente pelo fato de ser a fase mais delicada de aprendizagem sem sermos proibidos ou limitados por essa fase diga-se de passagem meio sombria em relação aos ataques constantes as diretrizes educacionais?

    Brunno Ricelly Clares Nogueira.

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  15. oi Allef.
    Parabens pelo excelente texto.
    Sou acadêmica de Pedagogia. Entendo que as 'histórias em quadrinho', podem desenvolver um avanço no desenvolvimento de um ensino de história, culminando num maior entendimento e aprendizado por parte dos alunos.
    Na sua opinião, até que ponto estes aspéctos podem contribuir para uma melhor adequação e um melhor aprendizado dentro e fora da sala de aula?
    Att:
    Julie Ane Souza dos Santos.

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  16. COMO O ANACRONISMO PODE AFETAR A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DOS HQs NO PROCESSO DE INTERPRETAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO?

    ATT,

    JÁYSON FELLYPE RIBEIRO PRADO

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    1. Obrigado pela sua pergunta. É importante que o professor conheça o período histórico abordado nas Histórias em Quadrinhos e ressalte para os alunos que as HQs são obras de ficção, não tendo responsabilidade de ser fidedignos aos acontecimentos históricos por ele abordados, evitando, assim, que o aluno tome a obra utilizada como algo condizente com a realidade.
      Att,
      Allef de Lima L. F. Matos

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  17. Primeiramente, parabéns pelo texto, desenvolvimento e abordagem ao tema são bem distribuídos ao longo dele. A pergunta é: Será que podemos ir além na utilização das histórias em quadrinhas(HQs) no ensino da História? Analisar as HQs como um produto de um tempo, como um vestígio histórico, uma produção cultural de um determinada época.

    Sandro Victor Vilar da Silva

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    1. Obrigado. Podemos utilizar as HQs nas aulas de História para ilustrar aspectos e ideias sócias do passado, neste caso seriam utilizadas obras ambientadas em um terminado período histórico, nessas obras poderiam analisar o vestuário, a mobília e estilo arquitetônico, nos quais os quadrinhos estão sendo baseados.

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  18. Prezado,

    Muito interessante a utilização de HQs como fonte histórica. Talvez o exemplo mais claro sobre a uriutiliza deste artefato que eu tenha em mente seja a HQ do homem-aranha após os ataques de 11 de setembro de 2001. No entanto, muito agradeceria comentar quais as possibilidades existentes em waudeinhqu nao-ocidentais (como Persépolis), pois nota-se nas principais HQs o reforço de uma identidade e, nesse sentido, expandí-las também fosse preciso.

    Paulo Cesar Rebello de Oliveira

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  19. Boa tarde Allef,
    Sou mestranda do curso de História da Universidade Federal de Goiás – Regional Catalão, e dentre as atividades desenvolvidas elaborei um artigo que relacionava as HQ com a educação étnico-racial no ensino/aprendizagem de História. Minhas conclusões muito se aproximaram ao que você disse nos trechos “É de fundamental importância que o docente conheça o período histórico abordado nas Histórias em Quadrinhos e ressalte para os alunos que as HQs são obras de ficção...” “Também é de extrema importância à identificação do material adequado, pois sabemos que “as HQs são uma linguagem autônoma, que existem vários gêneros para diferentes públicos e faixas etárias e que elas são publicadas de diferentes maneiras...”“. Concordo com sua conclusão que as HQ são ferramentas pedagógicas muito ricas, e que devem ser mais exploradas, pois através delas podemos instigar o senso crítico do indivíduo em frente a diversas questões polêmicas, como o cenário político, social, cultural, dentre outras.
    As minhas perguntas são: Em sua trajetória, você trabalhou com as HQ em sala de aula? Se sim, como foi a experiência/ Os resultados foram bons? Qual a metodologia utilizada e como se desenvolveu o debate com a turma?
    Agradeço a atenção. Saudações!

    Daiane Cristina de Faria

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  20. Trabalho bastante interessantes, principalmente por juntar dois amores: o ensino e as HQs. Interessante perceber que as relações pedagógicas da história com as HQs é muito semelhante das relações pedagógicas com a literatura. Concordo a premissa de que devemos conhecer o ambiente histórico com qual o autor da HQ está tentado dialogar.

    A minha pergunta é: quais seriam os melhores métodos para introduzir a HQ em uma turma de ensino fundamental de escola privada, levando em consideração a quebra de paradigmas que o uso de uma HQ como complementar para o estudo da história pode provocar?

    João Inácio Bezerra da Silva

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  21. parabéns pelo texto! os HQs podem ser usados como fonte para o ensino de história focando na representação do passado, ou seja, utilizando os HQs como uma fonte que representa a visão do tempo presente sobre o tempo passado?


    att

    MARIANNY CIRILO BORGES

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  22. Olá Allef!

    Acredito que é muito importante diferenciar as linguagens utilizadas em sala de aula. Parabéns pela ideia de utilizar a HQ como método de avaliação, onde o aluno terá que utilizar de seus conhecimentos, bem como refletir e analisar para encontrar o que é e o que não é próprio do período. No entanto, acredito que a discussão poderia ir mais além, e fazer os alunos pensarem nas razões que levaram a essas diferenças entre a historiografia e a ficção. Por que o autor decidiu fazer essa mudança? Foi proposital ou desconhecimento? Se proposital, com que objetivo? Se desconhecimento, o que teria levado a esse desconhecimento?
    Sendo assim, minha pergunta é: Você acha que é possível abrir essas discussões com a HQ que escolheu ou esta HQ específica não dá abertura para isso?

    Monaquelly Carmo de Jesus

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  23. Boa noite Allef,

    Sou graduanda em história pela UFRRJ e ao longo do meu período no PIBID muito utilizei as HQs como recurso didático em sala de aula para compreensão do conteúdo. Não testei a utilização de HQs com ensino fundamental, apenas com o ensino médio, mas encontrei muita dificuldade em meus alunos analisarem os discursos presentes nas HQs, especialmente na abordagem de temas transversais e conteúdo histórico-social. Você enfatiza em sua apresentação, mas aponto como muito fundamental não apenas ministrar o conteúdo programático antes, mas como, contextualizar a HQ sobre quem criou e o contexto em que foi elaborado, sendo vista como fonte primária e colocando os alunos em um exercício.
    A anexação dos conteúdos e a compreensão realmente torna-se mais fácil com esse recurso didático, mas exige uma compreensão grande de quem o manipula, especialmente quando o mundo das HQs vem explodindo por causa de marcas como a Marvel e DC Comics.
    A minha pergunta é: Você encontrou desafios para poder aplicar as HQs em sala de aula com seus alunos? Se sim, quais foram? O maior grau de dificuldade encontrou-se no fundamental ou médio?

    Atenciosamente, Débora de Queiroz Moreira.

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  24. Boa noite, Allef.
    Li seu artigo e também alguns comentários com as respostas dadas. Surgiu a seguinte dúvida. Alguma vez tu já tentaste produzir a partir do zero uma história em quadrinhos com alunos? Digo, utilizar-se de um tema histórico previamente trabalhado em sala de aula e fazer com que os próprios alunos confeccionassem os desenhos, usando seus próprios traços e coloridos e técnicas, baseados no que foi aprendido sobre o assunto. Já experimentei praticar essa atividade em sala de aula e funcionou bem, apesar de um tanto rudimentar devido à falta de recursos. Concordo com o colega Maicon Aguiar que primeiro comentou no artigo quando afirma que seria uma ótima oportunidade de demonstrar que o conhecimento histórico é uma produção intencional, uma “conclusão” a que se chega a partir de diversos estudos. Que pensa sobre isso?
    Obrigada.
    Antoniela A’Costa Rodrigues

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  25. Alef, boa noite!

    Tenho uma certa preocupação com a que os HQ´s possam ser somente uma superficialidade no ensino de História. A utilização dos HQ´s deve ser uma constante ou somente um "aperitivo"? Como podemos fazer o aprofundamento do ensino de História? Qual a frequência da utilização dessa ferramenta? Em ltodas as aulas, ou só pontualmente?

    Abrigado!

    PAULO ROBERTO PICKLER

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  26. Olá, Allef!
    Inicio meu texto lhe parabenizando pelo trabalho desenvolvido em sala de aula.
    As histórias em quadrinhos são um universo rico de informação para o ensino de história, seja na educação básica e até mesmo a superior.
    Em sua apresentação, você comenta que as HQ’s podem ser utilizadas como ilustração sobre aspectos e ideias sociais, e bom, ao meu ver elas vão muito além!
    As quadrinhas de Mafalda por exemplo exemplificam muito a questão política de um período da história Argentina e de quase todo o Cone Sul, mas elas continuam tão atuais que conseguimos utiliza-las de diferentes formas ao tratarmos História do Tempo Presente. Mas meu questionamento para ti neste momento é em relação aos mangás e animes japoneses. Por um acaso você já utilizou eles para abordar a História da Ásia, que por lei deve ser ensinada nas escolas? Acho essas histórias em quadrinho de origem oriental uma fonte riquíssima de conteúdo não só sobre o tempo histórico, como de memória, alteridade e política.
    Seria bastante interessante um paralelo entre as HQ’s ocidentais e as orientais. Já pensou nisso?
    Finalizo parabenizando-o mais uma vez, Allef!

    Alessandra Lima dos Santos

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  27. Boa noite Allef! Parabéns pelo seu texto! Você saberia me informar quais HQ's nacionais que abordem o período da ditadura militar no Brasil, e que eu possa trabalhar com alunos do nono ano do Ensino Fundamental? Abraços!
    Ana Lúcia Ferreira de Mattos

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