Aruanã Antonio dos Passos e Willian Roberto Vicentini


HISTÓRIA PÚBLICA, TECNOLOGIA E ENSINO DE HISTÓRIA: DESAFIOS ÉTICOS AOS HISTORIADORES NO PRESENTE
  

O mundo presente guarda em si um conjunto de paradoxos típicos da chamada pós-modernidade. Grosso modo, podemos caracterizar a de pós- modernidade – a despeito dos extensos debates que ganharam forma e volume nos últimos 60 anos – como fenômeno histórico próprio do contexto do pós Segunda Guerra Mundial. Algumas características se sobressaem nesse quadro geral: consolidação da cultura de massas e aceleração do tempo motivada pelos processos científicos e tecnológicos relacionados à mídia (imprensa, rádio e televisão). Os impactos nos espaços educacionais se fazem intensos no presente e amplificados pelo impacto da internet e das redes sociais. Esse trabalho pretende discutir alguns fenômenos típicos do nosso contexto nacional que ganharam importância no espaço público e que envolvem direta ou indiretamente essas tecnologias contemporâneas e suas intersecções com a educação e, de modo específico, com o ensino de história e a atuação dos profissionais da história frente a essas exigências do presente.

Para tanto, organizamos nossa discussão em dois momentos distintos, mas interrelacionados. No primeiro apresentamos de modo sintético três casos onde o saber histórico se viu (e ainda se vê) desafiado a se impor diante de forças contrárias a sua própria natureza crítica e reflexiva. São eles: 1) a polêmica envolvendo a Comissão Nacional de Ética na Pesquisa, que chegou a questionar a especificidade das Ciências Humanas no ano de 2015; 2) A polêmica envolvendo o “Escola sem partido”. E, por fim, pretendemos através do diálogo com o campo da História Pública (Public History) e seus aportes refletir sobre o papel e as alternativas do conhecimento histórico feito prática cotidianamente nas salas de aula para combater equivocos e retrocessos no processo de amadurecimento da nossa consciência histórica.

DESAFIOS ÉTICOS AOS HISTORIADORES NO PRESENTE  

Em 2014 a principal associação de professores, pesquisadores e estudantes de História do Brasil foi desafiada a se posicionar diante dos debates que ocorreram no âmbito da Comissão Nacional de Ética na Pesquisa (CONEP). O resultado foi a elaboração e posterior divulgação da Carta de princípios éticos (maio de 2015, disponível em: https://docgo.net/philosophy-of-money.html?utm_source=codigo-etica-anpuh ). A Carta é fruto da Jornada História e Ética, realizada no Rio de Janeiro em outubro de 2014. Um dos pilares norteadores foi a defesa da especificidade das Ciências Humanas, e particularmente, da História. Os princípios gerais do documento foram:

a) Liberdade de acesso à informação e expressão;
b) “Busca honesta da verdade possível e o compromisso com a procura e a reprodução de conhecimento crível e confiável”;
c) “Compromisso de uso rigoroso das fontes, isto é, atento à autenticidade, à integridade e à sua conservação”.
d) “Produzir e transmitir conhecimentos deve levar a perguntas e respostas com parâmetros públicos, em conformidade com princípios e acordos manifestadamente acessíveis, coletivos e explícitos, submetidos à proclamação de direitos humanos e códigos legais vigentes, procedimento que deve ser estimulado e incentivado nas atividades de ensino, de pesquisa e de divulgação do conhecimento histórico”.
e) “Refrear e reprimir imposições de falsidade, fraude e ilusão em quaisquer instâncias”
f) Quanto a história oral: transparência com o entrevistado e acesso à pesquisa;
g)  Garantir o anonimato das fontes quando se tratar de situações fixadas em lei;
h) Explicitar o uso das fontes e sua seleção;
i) Crédito aos colaboradores: alunos, pesquisadores, agências de fomento.

Por fim a carta defende que: “Historiador está impedido de atuar em situações de ordem pessoal ou institucional que possam interferir em bancas de seleção, postos de trabalho e pareceres de publicações e para fins de financiamento”

Muito brevemente, o documento afirma alguns princípios éticos formulados não apenas na perspectiva metahistórica, mas também na urgência política que o presente nos impõe: guinada conservadora ou neoconservadora nos costumes e debates públicos. Essa conjuntura ampla pressiona os historiadores a se posicionarem, primeiramente, diante das demais ciências, e, num segundo momento, à sociedade em geral. Detalhe fundamental é que o documento tem como destinatário os sujeitos mais próximas à pesquisa no Brasil, logo a realidade das salas de aula são implicadas de maneira indireta.

O enfrentamento que chegou ao chão das salas de aula de todo país, e ainda movimenta as redes sociais os meios de comunicação de massa, além de já ter adentrado as assembleias legislativas com diversos projetos de lei, é o chamado Escola sem Partido. Segundo a definição do próprio movimento: EscolasemPartido.org é uma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras, em todos os níveis: do ensino básico ao superior” (Fonte: http://www.escolasempartido.org/quem-somos).

O Escola sem Partido ganhou densidade e espaço nas discussões públicas nos últimos, apesar de existir desde 2004. Parte do pressuposto de que existem formas de “doutrinação” ideológica, especialmente de esquerda, que prejudicariam a formação dos alunos e o livre pensar. Segundo informa o site oficial do movimento: “A pretexto de transmitir aos alunos uma “visão crítica” da realidade, um exército organizado de militantes travestidos de professores prevalece-se da liberdade de cátedra e da cortina de segredo das salas de aula para impingir-lhes a sua própria visão de mundo” (Fonte: http://www.escolasempartido.org/quem-somos).

A partir da definição da realidade de doutrinação cabe poder identificar (“flagrar”) “o doutrinador” (professor). Para tanto, o site indica como se poderia identificar um professor doutrinador. Destacamos algumas das formas de realizar essa identificação:

- Se desvia freqüentemente da matéria objeto da disciplina para assuntos relacionados ao noticiário político ou internacional;
- adota ou indica livros, publicações e autores identificados com determinada corrente ideológica;
impõe a leitura de textos que mostram apenas um dos lados de questões controvertidas;
ridiculariza gratuitamente ou desqualifica crenças religiosas ou convicções políticas;
ridicularizadesqualifica ou difama personalidades históricas, políticas ou religiosas;
pressiona os alunos a expressar determinados pontos de vista em seus trabalhos;
alicia alunos para participar de manifestações, atos públicos, passeatas, etc.;
transmite aos alunos a impressão de que o mundo da política se divide entre os “do bem” e os “do mal”.
- utiliza-se da função para propagar ideias e juízos de valor incompatíveis com os sentimentos morais e religiosos dos alunos, constrangendo-os por não partilharem das mesmas ideias e juízos”. (grifos nossos).


A imagem construída pelo professor-doutrinador ideal alvo do movimento também guarda em si uma determinada definição de aluno. Esse aluno se mostra como recipiente vazio, o qual o professor pode “manipular” (doutrinar) da forma que bem entender. Ora, a influência dos professores nas salas de aula carece de problematização, assim como dos alunos que efetivamente encontramos nas salas de aula. Os alunos são sujeitos ativos, com suas próprias ideias, sentimentos e memórias, e, antes de tudo confrontadores das gerações que lhes antecederam, tanto pais quanto professores. Dessa forma, imaginar que o professor tenha um poder como o desenhado pelo movimento é superestimar e descontextualizar a capacidade dos docentes em influenciar jovens e crianças conforme seus interesses. Em síntese, as relações humanas e o cotidiano das salas de aula são muito mais complexas e matizadas do que o movimento pressupõe.    

No campo daquilo que o próprio movimento chama de “ações”, o movimento disponibiliza um modelo de Anteprojeto de Lei Municipal e Estadual que pode ser utilizado em qualquer lugar do país com o intuito de instituir um programa “Escola sem Partido” nas suas respectivas esferas de poder. Segundo esse documento os deveres dos professores seriam os seguintes (destacamos alguns no conjunto da totalidade):

“I – O professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente política, ideológica ou partidária.

II - O Professor não favorecerá, não prejudicará e não constrangerá os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas.

III - O Professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas.

IV - Ao tratar de questões políticas, sócio-culturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade –, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito”. (grifos nossos).

O ponto mais delicado nos itens acima, aos nossos olhos, é a definição subjacente de uma forma de conhecimento estéril que pode ser a própria natureza das relações de ensino aprendizagem. A questão é complexa e tem uma longa historiografia, assim ressaltamos o princípio de que a ideologia (qualquer ideologia!) não é neutra. Cabe pontuar apenas um dos diversos trabalhos fundamentais sobre a temática. Trata-se de Ideologias, conflitos e poder de Pierre Ansart, publicado em 1977 na França e 78 no Brasil. De modo grosseiro, destacamos uma das teses fundamentais da obra: as ideologias são parte fundamental no entendimento dos conflitos contemporâneos. Um dos capítulos, em especial, discute o “pluralismo ideológico” que suscitaria a “ilusão da morte das ideologias” (ANSART, 1978, p. 174).

Essa “ilusão”, a que se refere Ansart, se relaciona com a natureza das relações de poder que irradiam pelas instituições e pelo espaço público. Naturalmente, que no presente nos confrontamos com variações desses mesmos embates. Compreender o papel fundamental dos professores em nosso tempo é afirmar que os professores não são mais o do “transmissor” do conhecimento (concepção ultrapassada não apenas pela educação atuais, mas também das mais recentes descobertas da neurociência e pscicologias contemporâneas), mas sim o de um sujeito  para o esclarecimento diante de formas que se vendem com o verniz da novidade, mas que guardam em si as relações de força que formigam por todo tecido social, logo, longe dos mitos da neutralidade axiológica postulada pelo mais ingênuo positivismo oitocentista. E como bem aponta Edgar Morin os problemas éticos da pluralidade só se manifestam quando os imperativos são contraditórios (MORIN, 2001, p. 132). Vejamos as possibilidades de articulação e intervenção do ensino de história no esclarecimento desse tipo de desrazão. 


MIDIAS SOCIAIS E TECNOLOGIA: DOIS OU TRÊS APONTAMENTOS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

É sabido que as tecnologias vem gradativamente ganhando espaço em varias áreas da vida das pessoas, e nas escolas este fator não tem sido diferente, a maioria dos alunos têm acesso aos mais variados meios de comunicação e as redes sociais apresentam inúmeras opções de informações, ainda mais que nos dias atuais, o acesso as redes sociais está cada vez mais amplo, e como vimos os enfrentamentos políticos e éticos do presente passam pela tecnologia e as formas como eles interveem no espaço público e almejam alterar a realidade, como bem pontua o filósofo francês Pierre Lévy vivemos um momento onde uma tecnodemocracia é possível, apenas, na prática (LÉVY, 1993, p. 9). Em outras palavras, através do enfrentamento que o saber histórico pode propiciar.

Sabendo destas mudanças, a escola (como meio integrante da sociedade e local do debate e da construção do conhecimento), precisa avaliar e repensar o seu papel no que tange a esta situação, pois, em muito, somente as aulas expositivas (por mais bem dadas que sejam), não estão aliadas a este novo momento e também não atendem mais as necessidades dos alunos. A contemporaneidade apresenta-nos um aluno que gosta de desafios e que desperte nos mesmos a curiosidade. Metodologias diferenciadas, como flipped classroom (sala de aula invertida), procuram atualizar os processo de ensino aprendizagem ao mundo presente e as dificuldades de alunos e professores (Cf: BERGMANN, 2017).

Deve-se como docente atuante nestas séries, compreender que se vive um novo momento, que nossos alunos buscam (dentro do seu horizonte e meio de vida), estarem conectados com o mundo e que o conhecimento está bem perto dos mesmos, mas que necessitam de nossa ajuda para refletir a cerca destes fatos, que ao se unir o fato ao processo reflexivo, construiremos o conhecimento.
Tais ações visam não apenas chamar a atenção destes alunos, mas também fazer com que estes se vejam como sujeitos do processo histórico, como aqueles que podem e devem estar inseridos neste. Farias in Estrela e Ferreira (1998, p. 257) nos aponta que, “na escola pública faz-se sentir, cada vez com maior nitidez, os problemas crônicos de acesso, evasão, repetência e a qualidade discutível, problemas estes que se traduzem em fracasso escolar das classes menos favorecidas”.

Apesar da efetiva necessidade de mudanças, percebe-se que alguns professores ainda resistem ao uso da tecnologia nas aulas de Historia é que surgiu o interesse em fazer um estudo, pois se sabe que é preciso que ocorra uma transformação na visão dos docentes em relação ao uso das tecnologias (TICs) como ferramentas pedagógicas em suas aulas, pois, a inovações tem surgido para facilitar a vida de todos os envolvidos no processo da sala de aula.

Pode-se apontar que o Ensino da História tem seu papel cada vez mais desafiador, pois busca rever conceitos, debatendo-os e instigando muitos a criar seu próprio senso crítico. Leva a troca e ao debate, em que aproxima teoria e prática, dentro de um contexto único, em que as possibilidades formam discentes preparados para o mercado e para esta sociedade desafiadora.

A disciplina de Historia nos permite um trabalho grandioso, que o aluno/cidadão conheça e valorize sua cultura, seu meio e sua sociedade, e a utilização de meios tecnológicos em aulas, permite que este conhecimento seja adquirido de forma mais ampla, trazendo para a realidade dos alunos os acontecimentos passados, para que os mesmos sejam conhecidos, valorizados e sirvam como objeto de análise, dentro da sua realidade no processo de construção de sua cidadania. A disciplina de História, nesse sentido, é uma disciplina muito importante. Ela nos torna mais plenamente consciente de nossa identidade social.

Para tal, é importante que para a disciplina de Historia que ocorra a utilização de meios que levem os alunos ao processo reflexivo, formando alunos cidadãos e conscientes de seu papel em sociedade. Pessoas que questionem, debatam e instiguem outros a promover este processo.  Um cidadão questionador, mas com conteúdos e meios para tal, um cidadão ativo e cumpridor de seus deveres e detentor de seus direitos.

É importante ressaltar ainda que é necessário que se tenha um conhecimento prévio do conteúdo a ser trabalhado e de como manusear a ferramenta tecnológica, para que não se tenham problemas e tudo transcorra de maneira tranquila, pois se sabe que as tecnologias estão a cada dia mais evoluídas, mas também estão a disposição dos professores, oferecendo várias formas de trabalho para que o ensino aprendizagem se torne mais interessante para os alunos.

Observando todos estes aspectos, vê-se que a inserção da tecnologia, esta poderá se tornar uma ferramenta essencial e primordial nas aulas de História, mas é claro que os diversos recursos somente serão viáveis em sala, se o docente estiver planejado e organizado para realizar o trabalho, pois, como qualquer outro método ou metodologia se não houve planejamento talvez o trabalho não alcance o objetivo desejado.

Dentro deste novo modelo, a tecnologia se apresenta como uma grande opção e uma relaidade. É preciso que se faça uso dela nas salas de aulas com em todas as disciplinas, fazendo uso destes recursos as aulas serão mais atrativas para os alunos, pois, muitos deles tem acesso a computadores e celulares e estão em constante atualização sobre os mais diversos assuntos e temas, mas que em muitos casos não fazem uso adequado destas informações, porém, se forem orientados devidamente poderão utilizar das tecnologias e redes sociais para ampliarem seus conhecimentos de forma consciente e crítica. Historicizar o devir do nosso tempo é o antítodo contra os revesses de nosso processo de amadurecimento enquanto povo, tarefa essa indispensável nas milhares de salas de aula do país, afinal nunca se precisou tanto de historiadores como nesse eterno presente que as redes sociais produzem e que esvaziam os sentidos do tempo.

REFERÊNCIAS

Aruanã Antonio dos Passos é Doutor em História e docente do Departamento de Ciências Humanas da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Pato Branco.

Willian Roberto Vicentini é Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR) e doutorando em Educação pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). Atua como professor na rede estadual de educação do Estado do Paraná e na Faculdade Educacional de Colombo.


ANSART, Pierre. Ideologias, conflitos e poder. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

BERGMANN, Jonathan. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2017. 

ESTRELA, Albano; FERREIRA, Júlia. Education et Politique. Vol. I, II Congres International. Universidade de Lisboa, Lisboa: Eduteurs, 1998.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.

MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.



15 comentários:

  1. Bom dia. Primeiramente, parabenizo pela discussão.
    Particularmente, me preocupa a discussão sobre "cidadania". Infelizmente, propagandas e a grande mídia reforçam que nossa cidadania é exercida quando voltamos à época das eleições. Reforçada essa concepção de cidadania, qualquer um que faça manifestação passa a ser criminalizado, aquele que rebela, que questiona a ordem vigente, pode ser taxado de como mau cidadão, pois "altera e dificulta o prática" dos que governam. A cada dia, nós, sobretudo professores de ciências humanas, vivemos o desafio de desconstruir essa noção rasa de cidadania. No entanto, quando a questionamos, quando debatemos, somos acusados, e também criminalizados. Nos últimos meses, me dediquei a analisar as propagandas televisivas que defendiam a reforma do ensino médio. É realmente muito engenhoso. As propagandas são carregadas de estudos, são profissionais muito bons, que sabem bem como levar aquele que a assiste a pensar que de fato há liberdade de escolha. Nelas, o reforço à concepção de educação de qualidade de interesse da economia privada aparece ao mesmo tempo escancarada e velada. Enfim, compartilho a angústia desses usos públicos da história, que nos colocam numa trajetória cada dia mais difícil de lutar contra o conformismo e à favor do questionamento. Gostei da saída apresentada, mas a tecnologia não é algo tão disponível assim, em todas as salas de aula do país. Talvez, o uso constante de fontes históricas, caras aos historiadores, possa nos ajudar nesse processo.
    Abraço da colega,
    Cristina Helou Gomide

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    1. Interessante sua posição e argumentação! Comungamos com você deste pensamento e de suas ideias, pois estamos sujeitos a grande mídia e seus interesses, muitas vezes, escusos e pouco democráticos. Nesse sentido, pensamos, nossa área de conhecimento é privilegiada. Oficinas sobre jornalismo podem ser realizadas em sala para discutir, por exemplo, a importância da cultura impressa na Revolução Francesa, Primeira e Segunda Guerra Mundial, ou mesmo os debates no Senado da Roma Antiga, ou ainda, em contexto nacional, da Revolução Constitucionalista de 1932 e a profusão de cartazes de propaganda. O poder da imprensa e do espaço público são fundamentais para o amadurecimento de nossa ação política e podem ser problematizados em vários conteúdos das nossas aulas. A observação que fazemos é a de que não se trata de “demonizar” a esfera pública (incluindo aí toda a mídia) mas de historicizar esses meios de comunicação compreendendo e fazendo os alunos entender como funcionam e funcionaram historicamente.
      Sobre o acesso ou falta de acesso à tecnologia, isso depende do que estamos caracterizando como tecnologia. Em nosso texto nos concentramos nas redes sociais e internet, mas tecnologia é todo domínio de técnica. Assim, a crítica documental que você menciona envolve tecnologias diversas e técnicas variadas de análise.
      Abraços,
      Aruanã e Willian.

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  2. Boa noite!
    Interessante a abordagem do tema mas fica a pergunta: o uso destas tecnologias ficam única e exclusivamente de responsabilidade do docente?
    Pois as escolas teriam que ter toda a infraestrutura para ofertar este tipo de abordagens em sala de aula. E isso não é a realidade das escolas públicas no Brasil. Se um dos alunos não possuír smathphone impossibilita este tipo de abordagem, pois as escolas tem que incluir e não excluir.
    Este assunto está acima da própria atividade docente, incluindo políticas públicas para a educação e (re)investimento nas redes públicas em todas as esferas. Coisa que se torna quase uma utopia quando lembramos da "PEC Fim do Mundo" onde os investimentos sociais estarão congelados por uns 20anos.
    O que está acontecendo de uma forma acelerada é privatização da rede pública com a (re)montagem da escola dual, os que possuem posses poderão ter acesso à uma educação de qualidade e o restante o ensino pragmático/tecnicista.
    Como o artigo coloca, parece que o não uso destas novas tecnologias e linguagens é uma não preparação e/ou falta de interesse do corpo docente que se prende aos métodos tradicionais e não se atualiza com as novas tecnologias da informação.
    Para além deste fato, acho que faltou uma explicação ou uma atenção ao aluno de como são construídas estas estruturas de rede social. Assuntos cadentes no momento como a eleição de Trump nos EUA e o vazamento de dados dos usuários do FaceBook. Conceitos como: bigdata, fazenda de likes, venda de curtidas, venda de seguidores nas mais diversas redes sociais para criar um consenso social momentâneo e chegar aos objetivos com o qual o anunciante pagou o serviço (empresas, políticos, Estados, etc). Colocando a baila em sala de aula o conceito de autencidade das fontes e sua credibilidade como conhecimento histórico fundamentado (no caso de vídeos do youtube, sites de reportagens, etc).
    Arnaldo Henrique de Sampaio Santos

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    1. Arnaldo Santos
      Interessante sua abordagem, pois devemos sim pensar nestes importantes pontos, mas veja, nosso olhar partiu e se concentrou na perspectiva do docente em ação. Na escola que atuo, no município de Pinhais-Pr e existe por parte da direção uma preocupação em termos equipamentos de data show nas salas de aula e internet para o acesso (estamos quase conseguindo a totalidade das salas), pois é uma escola pequena, com oito salas de aula e atuando nas séries finais do ensino fundamental II. No caso dos smartphones, você tem razão, pois nem todos os alunos têm, mas neste caso, efetuo grupos para pesquisa e disponibilizo o meu próprio. Para lhe informar, temos em média nos 9°s anos de 10 aparelhos por sala, situação que nos garante de 3 a 4 alunos para pesquisa.
      Abraços,
      Prof. Willian.

      Prezado Arnaldo,
      Obrigado pelas suas obervações! Concordo com seus apontamentos. Apenas ressalto que, como destacou meu colega, nosso ponto de vista é o do docente em sala de aula. Nesse sentido é inegável que precisamos estar atentos as questões políticas conjunturais que envolvem a tecnologia, que não tem nada de isenta ou imparcial, e as apropriações que todos fazemos delas. Assim, a proposta que visualizamos é simples: não se trata de apocalípticos ou integrados – para usar a famosa expressão de Umberto Eco – mas de compreender que a tecnologia é e pode ser aquilo que fazemos dela. Como você bem apontou, há vazamento/venda de dados e espionagem, mas também há Primavera Árabe! Então, não se trata de um otimismo de plástico ou romantismo ingênuo, mas de assumir que ética e política são feitas cotidianamente em cada aula e isso passa pela nossa ação efetiva em sala e no relacionamento com os alunos. Creio que assumir a responsabilidade do nosso trabalho não seja trabalhar a serviço de interesses ocultos, mas se posicionar frente aos desafios do nosso presente.
      Pra retomar e encerrar sua questão: a educação é um fenômeno social, coletivo. Portanto, não é de exclusiva responsabilidade dos professores, o que não significa dizer que também não seja nossa!
      Abraços,
      Aruanã.

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    2. Obrigado pelos esclarecimentos.
      Sou professor da rede pública do Estado do Rio de Janeiro. Me preocupa muito estes debates pois para o grande público aparece que os docentes da rede pública não fazem certas atividades por desinteresse e não o é.
      A grande maioria da população recebe educação escolar na rede pública. E todos os embates que fazemos é para termos condições de trabalho para dialogar com esta mesma sociedade.
      Por isso a preocupação com o uso de smartphones, nem todos os alunos tem acesso à isso. Não é universal (nem os direitos básicos não os são). Minha preocupação vai neste sentido.
      Outra, sobre como as redes funcionam, dar instrumentos para os alunos entenderem que nenhuma tecnologia é neutra e dar esta noção para o uso crítico da mesma. Existiu a Primavera Árabe mas existiu também existiu (ainda existe) a manupulação política da informação eletrônica em massa. Dar estes fundamentos críticos para melhor posicioná-los frente estes novos tipos de comunicação.
      Grato,
      Arnaldo Henrique de Sampaio Santos

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  4. Professores Passos e Vicentini;

    Obrigada pelo texto. Muito bem colocado.

    Há muito tempo nós professores já deveríamos ter buscado ultrapassar a falsa idéia de que repassamos conhecimento pura e simplesmente pelas informações que expomos aos alunos e alunas. As teorias construtivistas já resumiram isso.

    No sentido contrário, imaginar que os professores e as professoras simplesmente inserem ideologias, sejam elas de qual tipo forem, nas cabeças dos educandos sem que estes nos questionem é, no mínimo, falta de conhecimento de mundo, pra não dizer má-intencão. Sim, nenhuma ciência é neutra. (Mas, não, não devemos fazer proselitismo político em sala de aula).

    Concordo que as denominadas metodologias inovadoras, apesar de ainda não serem possíveis de disponibilidade total nas nossas escolas públicas, têm grande potencial para auxiliar-nos no processo de ensino-aprendizagem, física ou virtualmente. Isso também me faz pensar no Ensino ã distância.

    Como vocês percebem o debate atual em torno da proposta para que parte do ensino na escola básica seja lecionado à distância? Há possibilidades reais de isso acontecer? Ou, por outro lado, que críticas resguardam a escola de uma transformação assim?

    Desde já, agradeço a resposta;

    Cícera Tamara Graciano Leal da Silva Fernandes

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    1. Obrigado pela argumentação e posicionamento! No que se refere ao Ensino à Distância (EaD) nas escolas públicas, acredito que tal situação venha a ocorrer em até uma década com aulas gravadas pelos docentes e se tenha um tutor em salas com um grande número de alunos, mas temos que ter atenção para a finalidade da Escola, que se caracteriza pelo debate, a troca e a sociabilização, fatores importantíssimos para a construção do cidadão. Acredito que o processo da escola pública não tenha seu final tão cedo, pois a escola é uma Instituição (acredito) repleta de significados e construtora de sociabilidades.
      Outro detalhe fundamental é de que o EaD é um recurso que pode funcionar de modo híbrido, como já vem sendo em diversos espaços educacionais, e contribuir para uma dinamicidade do processo de ensino-aprendizagem frente as singularidades dos alunos e docentes no presente. Outro detalhe é que ele pode contribuir para a qualificação e atualização dos docentes. Uma vez mais, não é a ferramenta que pode se tornar um problema, mas o uso e finalidade que ela guarda em si mesma.
      Abraços,
      Willian e Aruanã.

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  5. Excelente texto, nos faz refletir enquanto cidadãos e docentes.

    No entanto, gostaria de saber como o professor pode usar destes recursos tecnológicos no processo ensino-aprendizagem sem prejudicar o discente que não possui acesso a essas tecnologias? E, como o próprio docente seja na Educação Básica ou Superior, que muitas vezes não recebe formações adequadas para utilizar-se destas ferramentas tecnológicas que vão além dos slides em sala de aula, pode buscar qualificar-se?
    Camilla Mariano

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    1. Camila, obrigado pela participação e argumentação!
      É verdade que muitos dos nossos alunos da Rede Estadual não tem acesso à internet, mas nossa ideia é a de se trabalhar em sala de aula com Data Show, não apenas com slides, mas também com a pesquisa em tempo real (no caso de nossas escolas, Pinhais-Pr e UTFPR, campus Pato Branco), temos acesso à internet e os equipamentos em salas instaladas) e podemos (utilizando um computador) acessarmos a internet e efetuarmos as pesquisas e mostrarmos os temas para nossos alunos durante a aula. Buscamos em nossas instituições os setores de informática, pois estes têm colaboradores e funcionários com conhecimento da área e ajuda aos docentes a desenvolver seus projetos.
      Por fim, há um detalhe importante: os alunos podem participar ativamente nesse processo em sala de aula. Muito se discute sobre escolas que excluem algumas ferramentas tecnológicas, como celulares, por exemplo, mas é inegável que a aprendizagem colaborativa pode contribuir para o desenvolvimento das duas dimensões que tentamos discutir em nosso trabalho: a política e a técnica. Ou seja, o espaço de aprendizagem (que transcende os muros escolares) pode articular e ajudar os professores a envolver seus alunos nas suas aulas. Conteúdos fundamentais de história podem servir para o uso de documentos históricos: imagens, músicas, vídeos, etc., podem auxiliar os docentes em sala. Oficinas de fotografia e cinema podem ser bons exercícios de crítica histórica em sala de aula, motivar os alunos a reconhecer a escola, a vizinhança, sua rua, bairro, casa, familiares, e assim por diante. Outra experiência interessantíssima para as aulas de história está bem representada no filme Narradores de Javé (2003), onde uma comunidade se organiza para recolher as memórias do grupo. O trabalho com memória é outra possibilidade para o professor explorar os recursos que possui.
      Uma última observação: tecnologia não são apenas celulares, tablets, computadores, aplicativos e redes sociais. Tecnologia é todo recurso que exige o domínio de uma habilidade (técnica). Assim, entrevistas exigem técnicas, leitura de imagens exigem técnicas, e assim por diante.
      Abraços,
      Willian e Aruanã.

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  6. Olá Aruanã e Willian,

    Parabenizo-os pelo texto e pela clareza com que desenvolveram seu conteúdo. Em primeiro lugar, confesso que senti falta do desenvolvimento da ideia de História Pública (Public History) e não consegui captar sua especificidade. Penso que por recortes do texto deva ter ficado de fora algo importante sobre esse conceito. Então, seria possível deixar alguma referência?

    Em segundo lugar, proponho uma questão sobre o conceito de tecnologia e sua relação com as TICs. De início o texto nos traz o papel do professor de História como “o de um sujeito para o esclarecimento diante de formas que se vendem com o verniz da novidade”. Mas ao longo da sua escrita, aparecem os professores que “resistem ao uso da tecnologia nas aulas de História” sendo necessária “uma transformação na visão dos docentes em relação ao uso das tecnologias (TICs) como ferramentas pedagógicas em suas aulas, pois, a inovações tem surgido para facilitar a vida de todos os envolvidos no processo da sala de aula.”

    Na minha leitura, essas duas visões parecem contrárias. Na primeira, a tecnologia aparece como “relações de força” e distante “dos mitos da neutralidade axiológica”, já na segunda “a inovações tem surgido para facilitar a vida de todos”. Nesse sentido, o preceito da inovação como essencialmente positiva não estaria associado a uma ideia de progresso e este, por sua vez, ao encantamento pela novidade?

    Att,

    Giovanna.

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    1. Olá Giovanna,

      Obrigado pelas considerações e perguntas!

      Você nos coloca dois pontos a serem analisados e esclarecidos.

      O primeiro, se refere a História Pública só podemos lhe dar razão. Não nos propusemos no espaço possível do texto desenvolver e historicizar o campo da História Pública e a sua inserção na historiografia brasileira. Gostaríamos apenas de ressaltar o fato de que a História Pública tem como vocação a análise e debate sobre a inserção do saber histórico no espaço público, especialmente relacionado as mídias contemporâneas. Como indicações, tendo em vista a vastidão da bibliografia, indicamos o Dossiê “História Pública” da Revista Estudos Históricos, Vol. 27, n. 54, 2014 (disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0103-218620140002&lng=pt&nrm=iso). Dentre os trabalhos que já são referência sugerimos a “Introdução à História Pública” organizado por Juniene Almeida e Marta Rovai (São Paulo: Letra e Voz, 2011). Além dessas indicações sugerimos o sítio da Rede Brasileira de História Pública (http://historiapublica.com.br).

      E sobre o segundo ponto, podemos dizer, de forma geral, que em princípio o uso e possibilidade de acesso as tecnologias contribuem para o desenvolvimento que se busca no processo de ensino/aprendizagem das competências e habilidades inerentes, não apenas a manipulação dessas tecnologias mas as possibilidades que elas virtualmente possuem de ressignificar os próprios conteúdos trabalhados em sala. Assim, não se trata de uma visão ingênua sobre os papéis dos docentes e alunos nas instituições escolares e nas dinâmicas educacionais. Por fim, basta distinguir que a concepção ideal que defendemos do professor como “sujeito do esclarecimento” não contradiz a realidade de muitas práticas docentes desestimuladas e resistentes aos avanços usos e abusos tecnológicos. Não raras vezes, professores louvam essa resistência e proclamam seu próprio desconhecimento dessas tecnologias. É inegável que tecnologia não é panaceia, ao contrário, mas também não deve ser convertida em negação da própria realidade.

      Abraços!

      Willian e Aruanã.

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  7. Olá Aruanã e Willian,

    Na visão de vocês.Quais os limites e possibilidades de diálogo entre história pública e ensino de história? Como seria a integração das tecnologias comunicacionais a esse debate?

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  8. Olá Eder Dias,

    Muito obrigado pelas questões!

    Sobre os limites e possibilidades podemos dizer que procuramos relacionar a realidade das aulas de história com os imperativos éticos de nosso tempo através da História Pública, tendo em vista que enquanto campo de estudo ela se preocupa com os usos e abusos do saber histórico no espaço público (midiático/tecnológico). Outro detalhe fundamental é de que a História Pública faz convergir as dimensões da ética e da pragmática do nosso ofício de forma politicamente consciente. Fora desses limites ela precisa ser dimensionada e problematizada como qualquer campo ou metodologia de estudo e investigação histórica.
    Sobre sua segunda questão podemos dizer que as tecnologias da comunicação hoje podem contribuir para o esclarecimento e inserção de docentes e alunos de forma ativa no espaço público de hoje. Assim, tentamos vislumbrar essa possibilidade de combater e efetivar esse esclarecimento e inserção numa – para utilizar a expressão de Jürgen Habermas – razão comunicativa sem a qual os ruídos do presente se convertem em dissenso.

    Abraços,

    Willian e Aruanã.

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  9. Olá Aruanã e Willian
    Parabéns pelo texto construído por vocês!
    Minhas considerações são bem rápidas aqui, vou falar dos meus incômodos durante a leitura dele.
    Vocês dividiram o texto em três eixos: 1) a ética na profissão do historiador; 2) a escola sem partido; 3) a utilização das tecnologias em sala de aula.
    Bom, eu senti falta de uma correlação maior entre os três pontos, principalmente com a segunda sessão, pois ela meio que ficou aquém do que vocês propuseram na introdução para nós leitores.
    E são temáticas que se engendram por todos os fios da história, pois de um lado falamos sobre a ética que devemos ter como profissionais sejam dentro ou fora das academias, mas principalmente dentro delas quando vocês explicitam os princípios gerais da Comissão como, por exemplo, a questão das fontes e o crédito aos pesquisadores e até mesmo as agências de fomento que patrocinam nossas pesquisas.
    Logo em seguida temos todo esse caos trazido pela escola sem partido, que quer pregar uma não ideologia nas nossas salas de aula, mas que dentro de seus princípios acabam caracterizando e dando voz a uma ideologia. Onde desejam nos silencia para dá voz a uma só visão.
    E por fim, a questão da utilização das mídias, em especial: as mídias sociais, para detalhar acontecimentos e destrinchar dentro do conteúdo, mostrando aos discentes que eles não só estudam história, mas também participam dela. A constrói cotidianamente.
    Nessa parte “Para tal, é importante que para a disciplina de História que ocorra a utilização de meios que levem os alunos ao processo reflexivo, formando alunos cidadãos e conscientes de seu papel em sociedade. Pessoas que questionem, debatam e instiguem outros a promover este processo. Um cidadão questionador, mas com conteúdo e meios para tal, um cidadão ativo e cumpridor de seus deveres e detentor de seus direitos.”, foi o momento em que mais vi a interligação das temáticas utilizadas, pois temos claro a importância do fazer história e de ensinar história, através de suas técnicas, fontes, com diálogos abertos e sem silenciamentos por parte de nenhuma organização que se diz apartidária, mas que possui em seu bojo uma clara intenção política, e a utilização das mídias como fonte e até mesmo objeto de estudos e ensino de História.
    Por fim, acabei me estendendo mais do que desejado e por isso encerro aqui os parabenizando novamente, mesmo com os meus incômodos.

    Alessandra Lima dos Santos

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