Jéssica Mayara Santos Sampaio


HISTÓRIA E ENSINO: O DIÁLOGO ENTRE MODA E MEMÓRIA


Estudar distinção social através de modos e aparência permite compreender a influência das transformações na vida urbana, que construiu novas relações e meios de distinções, proporcionando estreitamento com a valorização do cotidiano, costumes e o diálogo e os papéis sociais através da modelação da identidade, bem como os discursos e práticas que permitem o entendimento das relações política, social e econômica, que ajudavam a expressar diferentes distinções e hierarquizações presentes na sociedade.

Partindo dessa perspectiva podemos relacionar a memória e a identidade como fatores essenciais para entender as singularidades das relações sociais e as expressões de individualidade e aparência, associados à organização da sociedade. A moda passou a ser, no início do século XX, com a mudança do vestuário, uma composição social. Através dela é possível compreender como se relacionar com os diversos âmbitos da vida social, desde a cultura, mudanças sociais, beleza e até as mudanças sociais.

Por esse motivo, a relevância em elucidar dentro do estudo sobre o tema, os elementos da moda e modos nas representações sociais e de gênero, dando ênfase aos atributos físicos e comportamentais de homens e mulheres, e observar, especialmente, a preocupação com a perda da feminilidade e a inversão de valores. Portanto, torna-se fundamental fazer o levantamento da produção historiográfica local, que considera as especificidades do espaço que se voltam para análise e experiências de determinado período; porém deve-se direcionar a ligação com as comparações entre outras regiões.

Inicialmente, o período estudado seria entre 1920 a 1950. No entanto, o levantamento documental nos levou a fazer um novo recorte. Se na década de 1920 existia a efervescência das novidades de espaços e vestimentas, a partir de 1930 as novidades já não são tão recorrentes nos jornais, devido ao período do Estado Novo, em que o discurso presente vai além das mudanças, chega à conservação e manutenção da família, da nação; momento em que as mulheres conquistam o direito ao voto; há uma ampliação dos novos horizontes para trabalho e também do desenvolvimento das universidades, por isso a nova definição do recorte temporal. Uma das características da análise desse tipo de documento é a descrição minuciosa dos detalhes dos conteúdos presentes em cada ponto do jornal, que ajuda a construir o objeto e definir o campo de investigação, pois é necessário, que o historiador, dentro dessa amplitude de interpretações e documentos consiga caminhar com o desenvolvimento da pesquisa.

Os jornais anunciavam as mudanças de hábitos e vestimentas, falavam sobre higiene e moralidade, sendo importante fonte de estudos para perceber as alterações do cotidiano, por meio de elementos que associavam a educação do corpo, moda, classes sociais. Sobre documentos e pesquisa, o essencial é enxergar que os documentos e os testemunhos só falam quando fazemos perguntas, a partir de objetivos precisamente estabelecidos, já que todo levantamento de fontes indicam uma direção a seguir, para dar profundidade à pesquisa.

A memória pode ser fortificada ou enfraquecida, de acordo com o interesse de quem a reafirma e/ou oculta informações. Por isso, com a análise de jornais, observa-se que os temas e notícias veiculados, não eram destinados à todas as classes sociais. Ofereciam objetos, vestimentas e até festas, em que só era permitido participar pessoas que possuíam educação privilegiada, requinte e condições financeiras para que tivessem livre passagem por diversos setores sociais.

Segundo Le Goff (1994, p.426), “o estudo da memória social é um dos meios fundamentais de abordar os problemas do tempo e da história”, pois a moda tem uma função na disputa do espaço social que é regida por regras e controles, como as roupas que deram visibilidade ao corpo e também ao crescimento da cidade, já que a moda passou a constituir as relações entre os indivíduos e a modelação dos corpos no espaço.

A importância desse estudo está na investigação acerca da moda e das representações com a intenção de refletir sobre a importância e valorização do conhecimento da história da cidade de São Luís, mostrando que é possível estudar história através da forma como os indivíduos se vestem e se comportam em sociedade.

A moda estabelece vínculos com o espaço e os objetos. Aproveitando o cenário do Patrimônio Histórico (material) de São Luís, fica mais próximo de comparar a realidade das ruas e construções, com o que era apresentado nos jornais e revistas, do período em estudo, já que os discursos e representações também funcionam como uma construção de manutenção dos privilégios para grupos sociais. Por isso a importância em analisar o contexto local, a cultura e os aspectos econômicos que envolviam a cidade.

História, memória e identidades estão interligados. A memória coletiva mostra que não existe relação entre o que foi vivido e o fixado, mas sim a construção estabelecida por grupos dominantes. Logo, é um processo de seleção, onde as molduras são colocadas para determinar o enquadramento, e a reconstrução do passado é feita de acordo com a referência desejada, pois os acontecimentos tem significados singulares. Desse modo Pollack (1992, p.4) afirma que, “a memória é seletiva, faz fronteira entre o dizível e o não dizível”.

Com a leitura de imagens, detalhes do cenário urbano e trechos presentes nos documentos, podemos possibilitar ao aluno visualizar como os elementos da indumentária e comportamento representavam a luta entre público e privado, análise de discursos e representações, deixando em evidência as informações locais, identificar tradições, vida cotidiana e transformações que causaram impacto na sociedade.

Por se tratar de uma interpretação do passado, ao propor um material paradidático para alunos da rede de ensino da cidade de São Luís, a busca se faz pela quantidade de informações que se pode levar ao cotidiano escolar e que seja de linguagem acessível, com a intenção de enriquecer o debate em sala de aula. Por esse motivo, é uma escrita que requer maior precisão por se tratar de um material que traz maior leveza para o ensino, pela facilidade com que pode ser trabalhado, mas que possibilite ao aluno o acesso às informações mais complexas, sobre conceitos e acontecimentos, sobre reflexão acerca do tema.

“A escrita de um texto didático requer cuidados, por se tratar de uma produção de adultos, destinada a um público de outra faixa etária e outra geração. A terminologia empregada não pode ser complexa, mas requer precisão nas informações e nos conceitos. Da mesma forma, as explicações não podem ser extensas, devendo ser simples sem simplificar”. (BITTENCOURT, 2004, p.314).

É significante a contribuição documental para o ensino de história. Os jornais e revistas são instrumentos que trazem imagens, descrições sobre o cenário urbano, trechos sobre vida cotidiana, por isso a relevância em levar ao aluno documentos que sejam capazes de possibilitar a visualização dos elementos da moda e do comportamento, que remetem à história da cidade, mostrando as informações que representavam a luta de espaços entre as classes sociais, a mudança da indumentária, as tradições locais, entre outros aspectos.

Os jornais relacionados à pesquisa são de origem local, juntamente com as revistas encontradas, que também são de produção local, e os aspectos informativos sobre o Brasil e outros países, fez-se uma ligação entre essas ferramentas, para explicar tanto o âmbito local quanto o nacional, para estabelecer conexões entre as datas, locais e inclusive para demonstrar ao aluno a importância do tema no ensino.

Por se tratar a imprensa como espaço de disputas, o contexto nacional também é relevante dentro da investigação historiográfica local, por apresentar a comparação de acontecimentos e questões no mesmo período, em diferentes regiões do Brasil e por vezes, de outros países. Os discursos e práticas sociais indicam que a moda permite o entendimento das relações em diversos âmbitos da sociedade, seja político, social, econômico, além de se tornar um elo entre o consumo, cotidiano, aparência e sociedade

Os valores morais, as transformações, a exibição do corpo, são aspectos que alimentam a investigação, visto que cada informação foi produzida dentro de um contexto coletivo, mas também por discursos e relações pessoais, que introduzem ou bloqueiam os acontecimentos em lembranças ou esquecimento.  Portanto, busca-se entender as ramificações que a história social construiu dentro das relações pessoais, entre grupos e os meios de distanciamento entre classes, a partir dos marcos da memória, das características e interesses das identidades e a moda como expressão de beleza e representação.

O mesmo tema pode ter inúmeras hipóteses e objetivos, por isso a importância da leitura dos documentos para identificar a localização do que o pesquisador está buscando. Nesse sentido, fazer uma abordagem referente à história de São Luís, a partir de um viés que não é tradicional, se torna de certa maneira, uma inovação que envolve um discurso que não é muito recorrente nos livros didáticos e em materiais de apoio ao professor em sala de aula, mas que tem um grau de atualidade e direciona o aluno à reflexão, a ver além, que é o objetivo do ensino da história.

Levando em consideração o cotidiano escolar e a disciplina, o aluno é ensinado a ler as relações sociais, culturais, econômicas, já que a disciplina influencia na formação do cidadão, à medida que o torna crítico e reflexivo. Por isso o ensino de história permite a observação de vários aspectos sejam sociais, econômicos, políticos, etc., pois é uma forma de incentivar o aluno a ser consciente sobre sua função social, e o seu olhar sobre a disciplina deve ser como um verdadeiro explorador do tempo.

O âmbito escolar se dá entre o ensino, a interação, o diálogo e a abordagem; portanto cabe ao professor transmitir informações, conceitos, para que o aluno tenha a capacidade de construir o conhecimento que vem dessa reflexão sobre o cotidiano,que está vinculada ao conteúdo presente em sala de aula, assumindo reflexões que passam pelo campo da história e envolvem uma tentativa de ler e compreender o mundo em que vive.

A aproximação com a história permite o estreitamento com a educação e a cultura. O estudo sobre moda é uma das variedades do campo da História, marcado por mudanças de hábitos, progresso e padrões sociais e estéticos. Portanto, é através do estudo do histórico que podemos perceber a importância da interpretação dos fatos e a construção de reflexões sobre temas variados

O incentivo à valorização da história da cidade de São Luís, que mantém preservado (ainda que precariamente) o cenário, através de ruas, igrejas, monumentos e casarões, e impulsiona a imaginação do leitor para reconstruir os personagens e a sociedade, de modo social e urbano, entre as décadas de 1930 a 1950. Por isso, o trabalho do professor em sala de aula requer cuidados, é importante organizar os conteúdos e utilizar ferramentas que dinamizem a transmissão de informações sobre determinado assunto, de modo que exista interação e interesse dos alunos.

Por utilizar instrumentos que contribuem com a formação escolar, o historiador tem a função dar uma nova perspectiva as questões e acontecimentos do passado para aproveitar o conhecimento prévio do aluno e fazer pensar sobre processos de séculos passados, que podem ser entendidos de forma mais atual, através do consumo de aparelhos eletrônicos e roupas, produtos de luxo, espaços de socialização e as estratégias utilizadas por ele para caminhar e se inserir no meio social referente ao seu cotidiano, sua condição econômica. Além disso, a discussão sobre a desigualdade social, a importância dos estudos e da reflexão sobre o cotidiano, explicando a realidade através de um material que traz nos jornais de outro período, modo de viver e de se comportar.
Para além das fontes de imprensa, a pesquisa envolve também o trabalho com as imagens. A moda é citada diante de um discurso normalizador, de acordo com os padrões de comportamento, hábitos e vestimentas estabelecidos no período, tanto para homens quanto para mulheres. Por isso a importância em relacionar os resultados da pesquisa bibliográfica, dos jornais e revistas, e das imagens contidas nestes, para que seja realizável essa interligação com os principais aspectos de cada um, seja através de uma cor ou de uma regra de comportamento, considerados de acordo com a moral e o requinte, quando na verdade é uma forma de controlar as ações e ambientes frequentados por homens e mulheres.

A abordagem de temas como beleza, aparência, saúde e família é recorrente em grande parte dos jornais. Embora as identidades sejam adquiridas e construídas, vale ressaltar que existem formas de produzir novos significados e interpretações para vestígios e até conceitos utilizados no processo histórico. 

O material paradidático serve para fazer essa conexão entre as temporalidades, assim como levantar discussões que tenham relação com as situações do dia a dia do aluno, envolvendo a realidade da escola, do campo afetivo/familiar e do campo econômico, de modo que tenham ferramentas para compreender o exercício do poder e uma possível hierarquização, as estratégias de superioridade e distinção social; e por vezes, mostrando as comparações entre “o antes e o depois”, mudanças e permanências, visto que o ensino de história pode proporcionar ao aluno a problematização de conceitos, a contextualização de problemas e as condições para buscar possíveis soluções.

A moda tem seu papel na disputa do espaço social, pois “está relacionada com o mostrar-se através da utilização de elementos que facilitam a diferenciação das camadas sociais, como um meio de visibilidade e manutenção da posição social” (SCHPUN, 1999, p.126).  Por isso, existe a possibilidade de observar os traços entre o individuo e a sociedade, principalmente no que diz respeito às alterações de comportamento, espaços de sociabilidade, mudança do cenário urbano e preocupação com o corpo e a beleza.

O ensino de história ainda se encontra recheado de grande nomes e factualismo, configurando um aspecto distante da realidade por conta da fragmentação dos temas. Daí a proposta de despertar no aluno essa capacidade de diversidade de interpretações de episódios, conceitos e como pensar o trabalho para dentro e para além do ambiente escolar. Uma preocupação de como fazer a diferença, voltando a História para a importância do conhecimento histórico; conhecer, compreender o passado, mas conseguir enxergar o que é dito nas entrelinhas, principalmente como fazer para que o conteúdo seja absorvido e que apareçam as reflexões através de uma história conectada com a atualidade, fatores do passado e as expectativas dos alunos.

Para o historiador, a partir da indicação de documentos e a localização, aponta-se para a reconstrução do passado, por isso os textos apresentam discussões e argumentações para verificar e afirmar alegações durante a pesquisa. De modo geral, o desenvolvimento do texto é possível a partir do seu conteúdo, já que é preciso justificar, argumentar e mostrar a estrutura dos fatos. Suprimir as lacunas faz parte de um problema considerado segundo Prost (2008, p. 249), um “remorso entre os historiadores”, pois as imprecisões aparecem e nem sempre o historiador consegue superar, principalmente devido à quantidade de conteúdos disponíveis e o objetivo do pesquisador, que acaba por escolher uma opção em um leque distinto de tempo, lugar, e outros aspectos. Daí toda a delimitação que vem a partir do lado pessoal, que certamente contribuem para o desenvolvimento de um trabalho em que é preciso fazer constatações, trazer inovações, mostrar os traços da realidade do período estudado e a adequação da linguagem para quem se escreve, com a intenção de repensar e compreender os temas abordados.

Através da história é possível refletir, analisar e pensar sobre diversos aspectos da sociedade e do cotidiano, por isso se torna significativa para o ensino, pois não se associa apenas à fixação e assimilação de data e feitos, e sim à compreensão dos processos e acontecimentos, tornando os indivíduos mais críticos e reflexivos, a partir da noção que não existe a verdade e sim o encadeamento dos fatos e a visão de acordo com o lugar do individuo na sociedade.

A ligação da relação entre o historiador e seu objeto de pesquisa, se tornou ainda mais árdua com a interdisciplinaridade e a expansão das fontes, que aumentou também, as possibilidades de reconstruir a história em diversos caminhos e consta como um desafio ao historiador, por ser “intimado” a trabalhar com os mais diversos vestígios históricos e interpretá-los; e quando professor, mapear as possibilidades de trabalhar estes em sala de aula, levando à descobertas, aprendizagem, desenvolvimento individual e ao trabalho coletivo.

Desta forma, a produção do material paradidático é importante para discutir a origem do documento, os interesses revelados a partir do período e especificidades do contexto local; contribui para fazer conexão entre as temporalidades, bem como levantar discussões que tenham relação com as situações do dia a dia do aluno, envolvendo a realidade da escola, do campo afetivo/familiar e do campo econômico, de modo que tenham ferramentas para compreender o exercício do poder e uma possível hierarquização, as estratégias de superioridade e distinção social; e por vezes, mostrando as comparações entre “o antes e o depois”, mudanças, permanências e na investigação acerca da moda e das representações com a intenção de refletir sobre a importância e valorização do conhecimento da história da cidade de São Luís


REFERÊNCIAS
Jéssica Mayara Santos Sampaio – Graduada do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual do Maranhão.  Aluna do Programa de Pós- Graduação em História (PPGHIST) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Procedimentos metodológicos e práticas interdisciplinares. In.:Ensino de Historia: fundamentos e métodos. Ed. Cortez, São Paulo, 2004.
LE GOFF, Jacques. Memória. In.: LE GOFF, Jacques, História e Memória. Campinas/ São Paulo: Ed. Unicamp, 1994.
MAGALHAES, Marcelo de Souza. Historia e cidadania: porque ensinar historia hoje? In.:Ensino de Historia: conceitos, temáticas e cidadania. Org: ABREU, Martha e SOIHET, Rachel. Rio de Janeiro : FAPERJ, 2009.
POLLACK, M. Memória e identidade social. In. Estudos históricos. Rio de Janeiro, v.5, n.10, 1992.
PROST, Antoine.  Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
SCHPUN, Mônica Raisa. Beleza em jogo: cultura física e comportamento em São Paulo nos anos 20. São Paulo: Boitempo, 1999.


10 comentários:

  1. Jéssica, Boa Tarde.

    A sua ideia de pensar um material didático para relacionar ensino de História e moda é bem interessante. Gostaria que vc falasse um pouco mais sobre como fazer a articulação da moda com o ensino de História. E se for possível contar uma experiência.

    Att.

    Lúcio Nascimento

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    1. Boa noite!
      A pesquisa está sendo realizada na cidade de São Luís/MA. A ideia é perceber como a moda está presente na aparência, papéis sociais, comportamento e nas definições de gênero da sociedade entre 1930 a 1950. De um modo geral, o estudo de História é feito através da política, da economia, por isso o interesse em trabalhar a história através da moda, que envolve comportamento, aspectos sociais, consumo, entre outros fatores, que permitem mostrar que São Luís tem uma história, tem um passado. Com isso, poder explorar outros caminhos, mostrar a economia através do que era produzido e consumido, as influencias políticas, os bailes, a vida em sociedade e o mais importante, fazer conexões com a atualidade. Por se tratar de um material paradidático, deve ser mais leve e chamar atenção dos alunos.

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    2. Jéssica Mayara S. Sampaio10 de abril de 2018 às 20:06

      Boa noite!
      A pesquisa está sendo realizada na cidade de São Luís/MA. A ideia é perceber como a moda está presente na aparência, papéis sociais, comportamento e nas definições de gênero da sociedade entre 1930 a 1950. De um modo geral, o estudo de História é feito através da política, da economia, por isso o interesse em trabalhar a história através da moda, que envolve comportamento, aspectos sociais, consumo, entre outros fatores, que permitem mostrar que São Luís tem uma história, tem um passado. Com isso, poder explorar outros caminhos, mostrar a economia através do que era produzido e consumido, as influencias políticas, os bailes, a vida em sociedade e o mais importante, fazer conexões com a atualidade. Por se tratar de um material paradidático, deve ser mais leve e chamar atenção dos alunos.

      Jéssica Mayara Santos Sampaio

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  2. Boa noite.

    O uso do material paradidático no estudo da história é bem positivo em sala de aula, pois possibilita-se que os alunos tenham uma maior amplitude e socialização em relação a determinados assuntos de história. Em relação a possibilidade de compreender história através da moda, gostaria que você ampliasse mais a relação que elas duas possuem, a moda e a história.

    Amabyli Virgínia Alencar Teixeira

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  3. Olá Jéssica Mayara,

    Gostei bastante da sua proposta temática. Relacionar História e Moda é um trabalho bastante árduo, não só para os estudantes de graduação como para os alunos de ensino básico. Então gostaria que você dissertasse apresentando quais aparatos metodológicos e/ou pedagógicos poderiam mediar o ensino da História pela Moda. E exemplo usado no seu texto expõe o uso de material jornalístico, no entanto, quais outros materiais ou estratégias poderiam ser abordados para o ensino básico viabilizando essa vertente da História? E qual ou quais ou mecanismos podem ser inseridos para que seja significativa essa aprendizagem?

    Belíssima produção textual. Grato!

    Att.: ISMAEL ARAÚJO FERNANDES

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  4. Jéssica Mayara S. Sampaio10 de abril de 2018 às 20:35

    Olá! Obrigada pela contribuição!
    Relacionar moda e história, como você disse, não é nada fácil. Mas é possível pensar em elementos que abordem as transformações sociais em São Luís, compreender os elementos da moda nas representações de gênero e a análise dos discursos presentes nas fontes, abrindo diversos horizontes para o desenvolvimento do tema.
    A pesquisa se dá em jornais e revistas que circulavam na cidade no período estudado, algumas delas traziam manuais e pequenos anexos sobre como se vestir, como se comportar, de modo que os discursos sobre o papel social do homem e da mulher apareciam com frequencia nas edições. Além destas fontes, utilizarei também, obras de um autor maranhense, Josué Montello, que aborda em seus trabalhos o cotidiano de São Luís, descrevendo com riqueza os costumes, as paisagens e a cultura popular; juntamente com fotografias, que mostram a adequação as ocasiões, comportamento, os conceitos beleza e vaidade que definiam a sociedade do período. O objetivo deste trabalho é trazer à tona o conhecimento sobre a história local, aproveitando todo um cenário histórico, que ainda está disponível e torna-se o condutor das memórias apresentadas no passado em comparação com as memórias atuais. Valorizar a história de uma cidade, na tentativa de mostrar aspectos culturais, locais, a modelação do comportamento, anúncios e discursos publicados em revistas e jornais. Porém, fazer um levantamento das condições passadas que prevalecem na sociedade de hoje e levar o aluno à reflexão, sobre se reconhecer enquanto agente social e também à construção de novos passos explorando questões como violência contra a mulher, desigualdade salarial, escolarização, vestimenta, comportamento. Espero ter atendido às suas questões.
    Att,
    Jéssica Mayara Santos Sampaio

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Primeiramente gostaria de parabenizá-la Jéssica Sampaio pela excelente iniciativa do trabalho.
    Sabemos que com Lynn Hunt (2009) a Revolução Francesa, que foi um marco na História se deu de variadas formas abrangendo todas as camadas sociais, essa historiadora enriquece nossos conhecimentos, pois aponta que a Revolução Francesa se deu tanto no público quanto no privado, mostrando a Revolução através dos trajes. Seu trabalho é enriquecedor, pois insere os alunos em uma história que é deles e de seus antepassados, trazendo os mesmos a traçar debates exitosos. Pois bem seu trabalho faz um recorte entre 1930 a 1950 na cidade de São Luis-MA, nesse sentido meu questionamento é acerca do público alvo a ser beneficiado com seu trabalho, esse público se enquadra no Ensino Fundamental e ou Ensino Médio?
    Regiani da Silva Pedrosa

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    1. Jessica Mayara sAntos sampaio12 de abril de 2018 às 20:00

      Boa noite, Regiani! Muito grata pela sua contribuição!
      O trabalho está voltado para o ensino fundamental, devida a uma maior aceitação em relação ao tempo e ao aspecto ludico que envolve o material paradidático.
      Com o ensino médio, de modo geral, as preocupações são voltadas para o vestibular, o que dificulta a aplicação nestas series.
      Jéssica Mayara Santos Sampaio

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  7. Boa tarde. Como relacionar o uso de imagens e a moda no entendimento das mudanças dos costumes?

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