FOTOGRAFIAS
ESCOLARES: UMA PERSPECTIVA DE ANÁLISE NO CAMPO HISTORIOGRÁFICO
A
discussão a seguir parte de uma pesquisa em desenvolvimento que têm por fontes
de análise fotografias escolares produzidas na cidade de Ponta Grossa nas
primeiras décadas do século XX. Á vista disso, a discussão aqui proposta tem
por objetivo ressaltar algumas particularidades e potencialidades das
fotografias escolares nas discussões historiográficas e, além disso, apresentar
um possível referencial teórico-metodológico para a análise de tais fontes.
O uso da fotografia
escolar
O uso das
fotografias no campo historiográfico está longe de ser algo recente. Porém,
algumas dúvidas ainda recaem sob seu estatuto para a construção do conhecimento
historiográfico. Ulpiano (2012), ao discutir os usos da imagem por parte da
historiografia, defende que, por mais que as fontes imagéticas sejam
reconhecidas enquanto fontes para a construção do conhecimento histórico ainda
há um receio ao tratá-las como tal, conduzindo, em alguns casos, o trato das
imagens como ilustrações do textual.
Diante disso, mais
do que pensar as fotografias como ilustração do real, estas devem ser
compreendidas como signos, sinais, indícios icônicos e visuais do mundo social
e que devem ser analisadas sem perder de vista sua condição de artefatos
sociais (Ulpiano, 2012). Em outras palavras, pensar tais fontes como
integrantes do jogo social, não apenas objetos físicos, mas como práticas
sociais que fazem e interagem com a sociedade. Nesse sentido, destaca-se pensar
a visualidade de forma mais ampla e ativa, como uma dimensão da vida social e
dos processos sociais. Dado isso:
“Considerando
apenas o contexto, uma foto 3X4 em um documento de identidade é diversa da
mesma imagem em uma carteira, que simboliza a lembrança da pessoa querida.
Ainda a mesma imagem em um porta-retratos no escritório cauciona o
reconhecimento de valores sociais envolvendo, por exemplo, a família (ULPIANO,
2012, p. 254)”.
Partindo
dessas reflexões, uma outra questão fundamental ao abordar a imagem é
compreender que sua produção cultural/material a identifica como um
documento/monumento. Monumento, uma vez que sua materialidade apresenta-a como
um registro de outro tempo e documento dado seus discursos que permitem refletir
as representações que uma sociedade buscou promover de si (LE GOFF, 1996, p.
462).
Nessa
perspectiva, conforme Chartier (2002), as fotografias escolares enquanto
representações sociais são dotadas de sentido. Ou seja, no que se refere às
fotografias, as representações não são o real expresso em imagens, elas são
representações simbólicas de um real que muitas vezes se tornam legítimas
cultural e historicamente por elas mesmas. Dessa forma, sua grande capacidade
está não em representar a realidade, mas sim em representar aquilo que
socialmente – ou oficialmente – se entende como o real. De acordo com Borges
(2008):
“Para
além de sua dimensão plástica, elas nos põem em contato com os sistemas de
significação das sociedades, com suas formas de representação, com seus
imaginários […] É mediante a análise dos processos simbólicos que se percebe
como se criam os laços de pertencimento entre os membros de uma mesma
sociedade, como e porque a memória coletiva pode unir e separar indivíduos de
uma mesma sociedade ou grupo social, como e porque o imaginário social reforça
certas visões de mundo mesmo quando as condições materiais para que elas
existam já tenha, desaparecido. Esses modos de comunicação criam campos de
saber comuns; funcionam como sinais de orientação inclusive para as práticas
sociais (BORGES, 2008, p. 79)”.
No caso
específico das fotografias escolares, Souza (2001) pontua que estas ganharam grande promoção durante o século XX
– assim como outros tipos fotográficos, tais como os retratos de família, os
cartões-postais, as paisagens, etc. De acordo com a autora:
“Entre
os diversos tipos de conteúdos temáticos retratados, o mais popular é a foto de
classe. Produzidas com uma finalidade comercial, essas fotografias compreendem
um objeto mercadoria para a recordação.[…] Em relação às fotografias de classes
escolares, o surgimento e difusão desse tipo de fotografia vincula-se à
disseminação do valor social da escola na sociedade brasileira. Especialmente,
as fotos de classes atendem a essa representação simbólica, por meio da qual, a
turma de alunos corresponde à classe, à série, cujo encerramento do ano letivo
compreende um momento digno de ser registrado e recordado. (SOUZA, 2001, p.
79)”.
Dado
isso, a presente pesquisa define as fotografias escolares como aquelas
produzidas ou que se referem ao ambiente escolar cujos temas variam entre o
espaço, o currículo, o mobiliário, os materiais, a arquitetura, as classes, os
professores, as festas cívicas, as comemorações religiosas, enfim,
representações que remetem a cultura escolar do período analisado.
Figura
1. Sala de Instrução. Colégio Becker y Silva, Foto Bianchi, 1912.
Acervo Museu Campos Gerais.
Figura
2: Recreio Colégio Becker y Silva. Foto Bianchi, 1912. Acervo Museu
Campos Gerais.
Metodologia de análise:
uma abordagem possível
Analisar imagens
implica construir uma metodologia própria ao objeto de pesquisa. Segundo
Ulpiano (2012), tomar um modelo de análise como aplicável a qualquer fonte
imagética é prender a imagem em uma gaiola epistemológica, que por si só é
prejudicial ao desenvolvimento de um estudo. Logo, como em qualquer pesquisa do
campo, os procedimentos metodológicos devem ser construídos respeitando suas
fontes e as leis que regem o trabalho do historiador. Como destaca Ana Maria
Mauad (1996):
“a própria
experiência vem demonstrando que, a cada novo tipo de fotografia e objeto a ser
estudado a partir da imagem fotográfica, o pesquisador vê-se obrigado a
atualizar o método de análise e adequá-lo à sua matéria significante, guardando
os imperativos metodológicos apresentados. Nesse sentido, é sempre importante
lembrar que toda a metodologia, longe de ser um receituário estrito,
aproxima-se mais a uma receita de bolo, na qual, cada mestre-cuca adiciona um
ingrediente a seu gosto (MAUAD, 1996, p. 97)”.
Diante disso, o
presente trabalho não se propôs a apresentar um modelo de análise absoluto, mas
sim explicitar uma possibilidade de análise frente as fontes abordadas. Para
tal, a metodologia foi construída sob três procedimentos: A)
análise da técnica e de produção, que busca analisar os aspectos da produção do
artefato fotográfico em sua dimensão material, e por tal, deve estar pautada em
conhecimentos prévios em relação às fontes e sua produção e os elementos que
compõem o artefato fotográfico; B) análise denotativa, que se pauta na
descrição dos elementos iconográficos presentes nas representações dos anversos
das fotografias, assim como para as possíveis informações textuais presentes
nos versos e anversos. C) análise de conteúdo e interpretação, que visa a
articulação final entre esses três procedimentos, a fim de, dar sentido a tais
representações por meio de seus valores manifestados e suas mensagens
implícitas.
Na
construção da metodologia três aspectos devem ser ressaltados. Primeiro, a
importância da dimensão técnica na produção da fotografia e segundo, o contexto
de produção desta. Ambos os aspectos pautados na importância de se considerar e
compreender o processo de produção da fotografia e suas características
materiais e simbólicos do período. De acordo com Bencostta (2001):
“apesar
de as fotografias escolares serem uma fonte histórica carregada de sentido, a
compreensão de sua representação somente será possível caso as informações
resultantes da sua análise estiverem relacionadas ao contexto histórico no qual
foram produzidas […] Contudo, para que o nosso argumento que defende ser este
tipo de imagem uma fonte possuidora de sentido, consideramos como essencial a
compreensão das tramas e realidades no ambiente histórico em que foi gerada
(BENCOSTTA, 2001, p. 402-404)”.
Já o
terceiro aspecto, volta-se para a compreensão da dimensão do visual enquanto
escolha do fotógrafo. Nesse sentido, Peter Burke (2004), ao analisar o uso das
fontes imagéticas no campo historiográfico, destaca a importância de tais
documentos serem contextualizados em sua produção e serem problematizados
enquanto práticas de um profissional – o fotógrafo. Diante disso:
“o
historiador que escolhe usar o documento fotográfico deve saber, também, que o
olhar do fotógrafo pode ter sido motivado por intenções distintas das que
norteiam a pesquisa do historiador. Para que seu estudo incorpore o que está
explícito e implícito na imagem fotográfica sem, no entanto, sucumbir às
intenções do fotógrafo, além do método da contextualização da imagem, o
cruzamento do documento visual com os textuais e orais torna-se um imperativo
para responder as questões tipicamente históricas. Essa é uma operação que
também requer a combinação de diferentes métodos de pesquisa (BORGES, 2008, p.
85)”.
Considerações
Finais
De
acordo com Fischman (2006), tomar fotografias escolares como analisadores
sociais – ou seja, como artefatos possíveis para a compreensão de determinados
aspectos sociais – é ir além da descrição de informações ilustrativas do real.
É, sobretudo, ressaltar a possibilidade de tais fotografias promoverem
reflexões acerca da produção de sentido dessas representações fotográficas e
também das tensões e especificidades culturais que perpassam as instituições
escolares representadas. Logo:
“Elas trazem
informações sobre a cultura material escolar, como os arranjos espaciais
(arquitetura), as relações sociais, os contextos humanos (professores, alunos,
diretores e suas respectivas posturas) e sobre as práticas escolares (festas de
encerramento do ano letivo, entrega de diplomas, desfiles e comemorações
cívicas, solenidades, etc.) (BENCOSTTA, 2001, p. 400-401)”.
Nesse sentido, o
que se buscou ressaltar é o uso da fotografia como fonte de reflexão principal
e não apenas como uma figura ilustrativa de outras fontes. A fotografia – seja
qual for sua temática – é uma fonte possível para compreender a visualidade de
um período, compreender como determinado grupo/sujeito buscou representar ou
ocultar, de maneira implícita ou explícita, suas ideias e práticas. Assim, para
finalizar a presente discussão, cabe a reflexão de Souza (2001):
“Portanto, que
revelam as fotografias escolares? Elas são a expressão da forma escolar – uma
maneira de ser e comportar na escola – representações de uma cultura
institucional veiculadora de conhecimentos, valores, normas e símbolos
considerados legítimos. Elas representam singularidades e identidades
compartilhadas (SOUZA, 2001, p. 81)”.
Referências
Audrey Franciny
Barbosa, mestranda em História pela UEPG.
Orientador: Marco
Antonio Stancik.
BENCOSTTA, M. L.
Memória e Cultura Escolar: a imagem fotográfica no estudo da escola primária de
Curitiba. História, São Paulo, v. 30, n. 1, p. 397 – 411, jan/jun. 2011.
BORGES, M. E. L.
Pesquisa Histórica e documentos Visuais. In. ______. História e fotografia. 2ed.
Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 2008, 75-88.
BURKE, P. Testemunha Ocular: História e Imagem. Bauru: Ed.
EDUSC, 2004, 270p.
CHARTIER, R. A História Cultural: entre práticas e
representações. 2Ed, Lisboa: Ed. Difel, 2002.
FISCHMAN, G. E. Las
fotos escolares como analizadores em la investigación educativa. Educação&Realidade.
v. 31, n. 2, jul/dez, p. 79-94, 2006.
LE GOFF, J. Documento/Monumento In. História e Memória.
4ed, Campinas: Ed. Unicamp, 1996, p. 525-539.
MAUAD, A. M. Através da Imagem: fotografia e história interfaces. Tempo.
Rio de Janeiro, vol. 1, n°. 2, 1996, p. 73-98.
ULPIANO, T. B. M. História e Imagem: iconografia/iconologia e
além. In: Novos Domínios da História. São Paulo: Ed. Elsevier, 2012, p.
243-262.
SOUZA,
R. F. Fotografias escolares: a leitura de imagens na história da escola
primária. Educar em Revista. Editora da UFPR, Curitiba, n.18, p. 75-101,
2001.
Bom dia Audrey,
ResponderExcluirSeu objeto de estudo parece-me com um recorte temporal mais antigo. Considerando a difusão do uso de aparelhos celulares, como superar os limites para contextualização e verificação das fontes imagéticas produzidas pelo próprio corpo discente e publicadas nas redes sociais atualmente?
Bom dia Audrey.
ResponderExcluirGostaria de saber como o pesquisador pode contribuir para a preservação e compreensão dos acontecimentos sociais presentes na memória fotográfica?
Boa tarde, Sander
ExcluirObrigada pela pergunta.
Enquanto professora de história e pesquisadora que trata de fontes imagéticas, acredito que a maneira mais efetiva de se trabalhar a memória fotográfica seja por meio de uma educação e alfabetização do olhar.
Cada vez mais estamos imersos em relações que se fazem pela imagem - propaganda, televisão, cinema, redes sociais - nesse sentido, alfabetizar o olhar, ou seja, trabalhar a dimensão crítica ao ver uma imagem, se dá dentro da sala de aula e em outros espaços como museus, amostras de arte, espaços públicos de artes visuais, etc... Enfim, espaços que possibilitem o contato, as discussões e as compreensões da fotografia e o que ela representa.
Espero ter respondido sua questão
att
Boa noite.
ResponderExcluirAo fazer uso da fotografia no ensino de história temos que ter muita atenção para não deixar os alunos fazer o uso inadequada dessa fonte. Cabe ao professor fazer essa primeira analise dessas fantes com seus alunos e de como eles deve esta fazendo aproveito desse ferramenta.
fazendo uma analise minuciosa dessa imagem fazendo essa analise passado e presente toma essa fotografia esclarecedora social tornando um artefato especifico para esclarecer um determinado fato. É acima de tudo ressalta a representação da imagem seja ela cultural ate mesmo fazendo essa relação com o ser humano como o grupo social que essa imagens estejam inseridas.
Dependendo do qual for sua temática essa imagem pode esta representada com o grupo social, sujeito, maneira de comportamento, valores morais normas, símbolos tudo isso dever ser observado em uma fotografia numa analise critica do aluno.
jociel do socorro costa de souza
Boa tarde, Jociel
ExcluirConcordo com todas as questões levantadas por você, a abordagem da fotografia em sala de aula nunca deve ser feita de forma ilustrativa da realidade, mas sim de maneira analítica e crítica.
Obrigada pela contribuição,
Att.
Olá Audrey!
ResponderExcluirAo ler seu texto ficou evidente, para mim pelo menos, que a prática da fotografia escolar está cada vez mais diminuta, restando ainda o que Bencostta define como “práticas escolares”. Em sua opinião quais foram os principais motivos para esse rompimento com a “tradição” de fotografias escolares?
Gostaria de saber também, qual seu principal interessa ao analisar esse tipo de fonte e se você conseguiu perceber, durante a análise, as dicotomias entre o espaço escolar do século XX e o espaço atual das escolas?
Bianca Bittencourt da Silva
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBoa tarde, Bianca.
ExcluirObrigada pela pergunta.
Bem, primeiro considero que a prática fotográfica escolar, tal como abordada na pesquisa, aos poucos foi se perdendo por uma série de motivos, entre eles aponto três relacionados as transformações sociais, culturais e técnicas da fotografia e outras concepções do espaço escolar.
Primeiro, ainda hoje as escolas utilizam-se da prática fotográfica, contudo com o intuito mais de memorável das práticas do que de promoção do espaço - com exceção os casos da imagem publicitária/comercial.
Nessa perspectiva, dois outros motivos são importantes: as transformações no papel do fotógrafo e da técnica fotográfica. As imagens abordadas na pesquisa são indícios de um período em que o ato fotográfico tinha uma dimensão distinta da que possuí hoje - a fotografia era um verdadeiro produto e o fotógrafo (profissional ou amador) era o único que possuía o aparato para isso, o que transformava o momento da fotografia escolar numa data específica do cotidiano escolar, uma ocasião marcada para qual todos se preparava.
O que nos remete a uma terceira questão, hoje as fotografias estão cada vez mais acessíveis e "praticáveis" - qualquer pessoa, dentro de um espaço escolar com um celular produz uma fotografia escolar.
E sim, frente a todas as transformações culturais e técnicas da escola e da fotografia, as dicotomias entre os espaços são perceptíveis - sobretudo as relacionadas à padrões de visualidade e estruturas de organização (arquitetura, uniformes, currículos, etc). Porém, algumas questões nos remetem ao presente, como um recreio mais agitado, ou uma criança fazendo careta, ou as relações entre professor e alunos, enfim, momentos que nos lembra que são diferentes espaços/tempos, mas que retratam relações humanas nem tão desconhecidas.
Espero ter respondido sua questão
Att.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Audrey Franciny
ResponderExcluirAo fazer a leitura do seu texto podemos perceber que para além dos aspectos já contemplados em sua escrita, onde a fotografia de modo geral pode ser entendida como o enquadramento de um momento, sendo assim, produto de diversas intenções, e no caso das fotografias escolares essas intenções muitas vezes são propagandísticas. Tais documentos, praticamente extintos em sua forma impressa continuam bem vivos na atualidade sustentando-se nas tecnologias disponíveis, principalmente nas redes sociais, pois praticamente todas as escolas tem aginas no facebook principalmente. Além dos aspectos mencionados, tais fotografias podem ser analisados como lugares de memória, ja que registram espaços e sociabilidades onde alguns sujeitos se reconhecerão e cristalizarão memórias. Gostaria de saber quais as dificuldades enfrentadas na sua pesquisa referentes as fontes (Acervo fotográfico) e se alguma outra instituição escolar foi contemplada em sua pesquisa.
Pedro Pio Fontineles Filho.
Boa noite, Pero
ExcluirObrigada pela pergunta.
As principais dificuldades estão relacionadas a datação e produção destas fotografias. As fotografias abordadas encontram-se no acervo fotográfico do Museu Campos Gerais (Ponta Grossa, PR), porém, muitas delas são doações de famílias, sem muitas informações quanto as pessoas, datas e qual fotografo as produziu. Algumas eu tento cruzar informações com os Cadernos de Registro do Foto Bianchi (Fundo fotográfico localizado na Casa da Memória Paraná, Ponta Grossa/PR) mas ainda há lacunas em relação a isto. Por isso, destaco no projeto e na construção da dissertação que todas estas informações (fotografo/data) estão passíveis de correção futuramente.
Até o momento a pesquisa selecionou três escolas - Becker y Silva (1901), Grupo Escolar Senador correia (1912), Escola Normal de Ponta Grossa (1927) - por compreender que as três fazem parte de um momento específico de instituição da instrução pública não-religiosa na cidade.
Espero ter respondido sua pergunta.
Att.
Boa noite!
ResponderExcluirEm primeiro lugar, parabéns pela escolha do tema interessantíssimo. As fotografias de fato constituem fonte quase inesgotável para o trabalho do historiador. Na sua citação de Borges, ressalta-se a importância de “não sucumbir às intenções do fotógrafo” quando da análise histórica das fotografias enquanto fontes. Pois bem, creio que toda e qualquer fonte histórica está repleta de intencionalidade, desde sua produção até seu fim último enquanto objeto de estudo por parte de historiadores. Desvia-se, digamos, da intencionalidade do fotógrafo, para adotar uma nova intenção ao analisar a imagem, não é correto? O que pensa sobre isso?
Obrigada.
Antoniela A’Costa Rodrigues