ENSINO
DE HISTÓRIA E CIBERESPAÇO: APONTAMENTOS SOBRE NARRATIVA, PROCESSOS DE LEITURA E
APRENDIZAGEM HISTÓRICA POR MEIO DE UM SITE INTERATIVO
Era mais um dia de trabalho na
cidade de Desterro, capital da Província de Santa Catarina. Aos vinte e cinco
dias do mês de Junho do ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil
oito centos e sessenta e um, Augusto se levantou e vestiu-se para ir trabalhar
no porto: colocou uma de suas calças velhas, afinal a ocasião não era especial;
vestiu uma de suas camisas, calçou seu par de sapatos, o que denotava sua
condição de livre; e talvez seu chapéu de palha, para melhor protegê-lo do sol
que refletia no porto durante o dia. Cumprimentou os companheiros com quem
dividia uma casa na Rua da Palma, Roque, Gregório, Francisco, Joaquim e João e
seguiu seu caminho. Desceu sua rua, onde um dia também morou um africano de
nação benguela chamado Francisco de Quadros, em direção ao cais do porto, na
parte central da cidade. Mais ao leste, passando pela Igreja da Matriz, em
direção ao bairro da Toca, na Rua do Vigário, Antonio da Costa Peixoto, pensava
nas 23 braças de terra que pretendia comprar na Freguesia de Santo Antonio.
Ainda mais ao leste, no caminho para a Freguesia da Santíssima Trindade, no
Saco dos Limões, Manoel Luis Leal também levantava para mais um dia de
trabalho. Augusto passou pela Rua do Príncipe, perpendicular à rua de sua
moradia, onde morava o Coronel Manoel José de Espindola, seu amo. Ao final da
Rua da Palma estava o porto.
A narrativa contada acima surgiu a partir de evidências da
pesquisa em História. Enquanto os olhos seguem as palavras ali contidas, vamos
elaborando imagens deste sujeito e da cidade de Florianópolis/SC no século XIX.
Uma coisa é ter esta narrativa disponível em um tipo de linguagem. Mas o leitor
pode imaginar como seria esta narrativa com movimento, conectada a outras
mídias, com som, imagens e até outros textos? E quais seriam as possibilidades
de aprendizagem a partir destas narrativas com este formato na disciplina de
História?
No Mestrado Profissional em Ensino de
História, faz parte da nossa dissertação desenvolver um produto que sirva de
proposta pedagógica para o ensino da disciplina em foco. O recorte temático da
pesquisa aborda trajetórias da Diáspora Africana para se trabalhar em sala de
aula o viver de
africanos libertos e livres no contexto da segunda metade do século XIX em
Desterro/SC. Sabe-se que este viver implicava em um processo de reconfiguração
de identidades, estabelecimento de vínculos de solidariedades e estratégias de
sobrevivência. Experiências que foram silenciadas e negligenciadas pela
pesquisa e ensino de História por certo tempo. A proposta pedagógica que será
melhor discutida nas páginas seguintes é desenvolver
um site interativo no qual os sujeitos da pesquisa estarão em rede, conectados
por vários aspectos, sendo possível construir narrativas e dar significado ao
que está sendo estudado, a partir do clique no mouse do usuário.
A ideia principal do site é que professores e alunos possam
caminhar pelas redes de relações construídas por estes sujeitos do passado e
identificar suas experiências. No entanto, o caminho a ser percorrido dependerá
do usuário que está na frente do computador, pois ele poderá fazer outras
conexões através da hipermídia ali estabelecida. A escolha por um site deve-se
ao alcance e acessibilidade que o mesmo proporciona.
Neste sentido, este artigo busca
discutir teoricamente como este site interativo pode contribuir para o ensino
de História. Será abordado, portanto, alguns pressupostos do ensino da
disciplina e do letramento no ciberespaço. Aprofundando as discussões desta
área, serão discutidos os conceitos de leitura, ciberespaço e hipermídia.
Breves
considerações sobre o Ensino de História e o conceito de narrativa
Ensinar História, nas palavras de
Clarícia Otto (2013), é criar possibilidades de investigação do passado e
presente. A concepção de aprendizagem histórica que tomamos por modelo neste
trabalho significa apreender os métodos de pesquisa e dar significado ao saber
histórico, uma vez que o mesmo adquire sentido no decorrer de preocupações do
presente instigando à pesquisa do passado. Ao pensar o ensino de História a
partir da cognição histórica situada (SCHMIDT,
2009), considera-se que seu objetivo principal é desenvolver o pensamento
histórico nos/as alunos/as, isto é, capacitá-los/as com ferramentas de
investigação próprias da ciência historiográfica para trabalharem a partir da
análise de documentos e/ou acontecimentos históricos.
A aprendizagem histórica, portanto,
deve ser significada para o aluno, daí porque considerar a consciência no
ensino de História. Esta se caracteriza por ser uma forma de se orientar no
espaço temporal; a maneira como as pessoas experienciam, interpretam e se ordenam
no tempo – referenciado por passado, presente e futuro. Todo indivíduo possui
consciência histórica, mesmo que inconscientemente, já que todos vivenciam
experiências ou se projetam em diferentes períodos de tempo. Ou seja, é o modo
simbólico de processar o contingente de informações reunidas no saber histórico
para orientar-se na temporalidade (SCHMIDT, 2008).
A partir destes pressupostos,
considera-se que a narrativa é um método com o qual o estudante consegue dar
significado ao passado e relacioná-lo com o presente. Isto significa que a
partir da narrativa podemos complexificar a consciência histórica, que, por sua
vez, é base da aprendizagem histórica, como visto acima.
Aliás,
Jorn Rusen (2001) afirma que a narrativa é um procedimento mental essencial
para a compreensão da História e para o desenvolvimento do pensamento
histórico. Então, para além de um conceito, a narrativa é uma ferramenta do
saber histórico, fundamental no ensino desta disciplina, pois capacita os
alunos a construírem um “tipo de explicação que corresponde a um modo próprio
de argumentação racional” (RUSEN, 2001, P. 154), que por sua vez dá sentido
histórico a algo do passado tornando-o presente por meio desta ação.
Para o desenvolvimento da consciência e
pensamento do estudante, por conseguinte, a linguagem se configura como
instrumento fundamental, uma vez que ela está inserida em um contexto
sócio-histórico específico. A escrita e interpretação de textos configura-se,
então, como elemento essencial da aprendizagem.
A narrativa nos aparece como um método
de aprendizagem que busca apresentar aos alunos um problema histórico a ser
desvendado e trabalhar conceitos fundamentais da ciência histórica que fogem da
simples repetição mecânica de conteúdos predeterminados em sala de aula (OTTO,
2013).
Sendo assim, ao ser explorada no ensino
de História, a narrativa tem como objetivo contribuir para a compreensão das
experiências do passado que, nas palavras de Schmidt (2008), torna ativo o
pensamento de quem aprende. Isto porque possibilita desenvolver com o aluno a
interpretação e a problematização do passado e presente.
É por tais razões que este método foi
escolhido como uma proposta para se trabalhar as trajetórias de africanos na
cidade de Desterro/SC no século XIX em sala de aula, visto que nos permite
contextualizar estas experiências do passado em uma linguagem mais dinâmica,
sensível e problematizadora.
Narrativa
e o ciberespaço: a proposta de um site interativo para aprender História
Parte-se do pressuposto que um ensino
de História integrado ao ensino da língua escrita, visando o letramento do
estudante, poderá promover a inserção social do indivíduo e favorecer o seu
desenvolvimento crítico. Atualmente é necessário
refletirmos sobre a multiplicidade de linguagens e leituras que as tecnologias
da inteligência e informação proporcionam aos processos de aprendizagem e de
convívio no século XXI.
Conforme aponta Michel
Serres (2013), os jovens estudantes desta nova era habitam o real e o virtual.
Relacionam-se de maneira integrativa entre estes dois mundos, de forma que não
há como separá-los. As ciências cognitivas demonstram que o uso da internet
como meio de manipular, transformar ou criar informações não ativam os mesmos
neurônios que aqueles utilizados com o uso do livro, do quadro ou do caderno.
Desta forma, o acesso e a circulação de saberes migrou de um espaço delimitado
métrico a um espaço sem fronteiras e constantemente disponível.
Para o autor, isso
modifica também a relação aluno-professor. Se antes este era considerado o
porta-voz dos saberes, detentor do conhecimento, aquele que tem a autoridade
para subir ao palco e falar do que sabe; agora o aluno encontra-se numa posição
em que a mobilidade e acesso rápido a diversas informações lhe oferecem
possibilidades de por si só construir conhecimento sobre algo. O ato de ler,
decifrar códigos e interpretar narrativas já não é mais o mesmo.
O conceito de leitura,
como nos explica Lucia Santaella (2013) vem se expandindo ao longo dos
processos históricos pelos quais passaram a humanidade. Junto com ele,
consequentemente, a ideia de letramento também vem sendo discutida. Para ela, a
variedade de leitores existentes atualmente:
“Resulta do fato de
que, desde os livros ilustrados e, depois com os jornais e revistas, o ato de
ler passou a não se limitar apenas à decifração de letras, mas veio também
incorporando, cada vez mais, as relações entre palavra e imagem, entre o texto,
a foto e a legenda, entre o tamanho dos tipos gráficos e o desenho da página,
entre o texto e a diagramação. [...]. Consequentemente, não há por que manter
uma visão purista da leitura restrita à decifração de letras. ” (2013, p.
266-7)
Diante desta afirmação, podemos
relacionar o ato de ler com o aprender História: a análise de gráficos com
dados estatísticos, imagens relacionadas, fotografias que dialogam com textos,
a ênfase que se dá a certos trechos sublinhados ou negritados, vozes que dão
entonação a uma história; também precisam ser interpretados para os
compreendermos historicamente e, portanto, se configuram todos como práticas de
leitura.
Neste sentido, em sala de aula ao
prepararmos atividades para os estudantes é fundamental nos indagarmos que tipo
de leitura gostaríamos que os mesmos desenvolvessem e, ainda mais importante
segundo Santaella (2013), investigar qual o perfil cognitivo dos leitores
estudantes com os quais estamos trabalhando. A autora aponta quatro tipos de
leitores, categorizados para diferenciar os processos de leitura ao longo do
tempo, tendo como base as habilidades sensoriais, perceptivas e cognitivas que
compreendem o ato de ler.
O primeiro leitor é o contemplativo,
meditativo da idade pré-industrial cujo ato de ler estava restrito ao livro
impresso e a imagem expositiva-fixa. Por tais razões, a leitura se caracteriza
como um processo individual, solitário e silencioso. Santaella (2004) salienta
ainda que este ato de ler privilegia processos de abstração e conceitualização
do que está escrito.
O segundo tipo de leitor é o movente,
que emerge no contexto da industrialização, da aceleração e fragmentação das
coisas. Para acompanhar tais transformações este leitor é mais fugaz e
ajusta-se às novas linguagens efêmeras e ágeis da modernidade. Além do livro e
da imagem fixa, nas cidades começam a surgir publicidades de rua, sinais e
mensagens que regem o mundo urbano para o seu bom funcionamento dentro dos
critérios capitalistas modernos. Isto não quer dizer que o leitor contemplativo
desapareceu, mas este agora convive e transforma-se neste novo tipo que tem de
se adaptar a aceleração do mundo moderno. Mais tarde, com o ritmo
cinematográfico e audiovisual, este leitor vai adquirindo condições de
transitar rapidamente de uma linguagem a outra, realizando processos de
associação entre diferentes formas e formatos.
O terceiro tipo de leitor nasceu no que
chamamos de era digital, quando a digitalização de informações e a compressão
de dados permitiu que qualquer signo pudesse ser recebido e difundido via
computador. Junto com a telecomunicação, a informática permitiu que esses dados
não ficassem restritos a um espaço fixo e fechado, mas disponíveis a um clique
de mouse. Este leitor é o imersivo, livre para perambular de uma informação a
outra, estabelecendo sua própria ordem de interpretação e sentido, pois ao
invés de uma leitura prescrita de página a página como no livro impresso, surge
uma ordenação associativa que só pode ser feita dependendo do ato de leitura do
próprio indivíduo.
Este leitor tem, portanto, como
principal característica a navegação interativa no ciberespaço. Este refere-se,
nas palavras de Santaella (2004, p. 45) a “um sistema de comunicação eletrônica
global que reúne os humanos e os computadores em uma relação simbiótica que
cresce exponencialmente graças à comunicação interativa”. Isto significa
compreendê-lo como um espaço informacional multidimensional que se abre quando
o usuário se conecta com a rede, manipulando e transformando os fluxos
codificados de informação. A existência e construção do ciberespaço depende,
portanto, da atuação do usuário. O leitor é imersivo porque entrar no
ciberespaço significa imergir na rede.
A partir desta abordagem de Lucia
Santaella podemos refletir e problematizar o quanto o modelo de escola vigente
hoje ainda tem como foco o leitor contemplativo e em alguns casos, o leitor
movente. Como a própria autora afirma, não se trata de excluirmos um ou outro
tipo de leitor, mas de contemplar todos sem hierarquiza-los no espaço escolar.
Este é o desafio para a educação do século XXI.
Tendo isto em vista, a proposta
pedagógica que resultará da pesquisa do Mestrado Profissional em História aqui mencionada
será um site interativo, no qual o leitor terá acesso a diferentes mídias e
propostas de atividades com narrativas históricas. Além da facilidade de acesso
a esta proposta a qualquer tempo e espaço, a escolha por um site como formato
do produto da dissertação, se justifica pela possibilidade de criar no
ciberespaço uma linguagem hipermidiática coerente com o conceito de rede de
relações que é o cerne da conexão entre os sujeitos personagens das narrativas
da temática pesquisada. O estudante ou professor que acessa o site, pode
escolher o caminho que será percorrido para compreender o contexto histórico
que permeia as experiências dos sujeitos estudados. Para cada caminho,
narrativas diferentes poderão surgir. Trata-se, portanto, de leitores
imersivos.
O site também propõe o letramento
digital dos variados usuários que se encontram como estudantes em sala de aula.
O letramento, então, ganha diferentes proporções: aqui significa a apropriação
e domínio das ferramentas disponíveis em tecnologias digitais. Além de navegar
no site, a proposta é que o estudante construa diferentes caminhos na rede e a
partir deles construa diversas narrativas que deem sentido às experiências dos
sujeitos estudados.
A linguagem proposta pelo site e, de
maneira geral do ciberespaço é a hipermídia, que por sua vez, é uma
hibridização de linguagens, como afirma Santaella (2004). Ela existe dentro de
um ambiente de informação digital, na qual integram-se diferentes mídias, sejam
elas textos, imagens e sons, entre outras. Se retornamos ao tema do letramento,
se faz fundamental como prática escolar incluir a hipermídia como nova forma de
interpretar e ler o mundo.
Ao digitar o endereço do site em seu
computador, celular ou tablet, o
estudante ou professor visualizará uma página com layout de fundo do mapa de
Desterro/Florianópolis no século XIX e terá como guia da navegação, Augusto, um
dos sujeitos da pesquisa. Uma vez escolhido o ponto para o qual o personagem se
moverá, o leitor terá acesso a uma rede de relações e de mídias que o levará a
exploração de outros conceitos sobre a temática ou propostas de atividades. A
partir da leitura de textos do passado que evidenciam as experiências dos
sujeitos da pesquisa, podemos desenvolver com o estudante as habilidades do
leitor contemplativo, isto significa, compreender os conceitos históricos da
temática. Ao relacionarmos textos com imagens e sons, desenvolvemos
características do leitor movente: a interpretação e associação entre
diferentes linguagens, que dão outro sentido às experiências do passado em
questão. Como a navegação no site possibilitará o acesso a outras mídias e
fontes de informação, a característica imersiva da atividade será contemplada:
a partir de um ponto específico o estudante poderá migrar de um site a outro,
explorar outros conceitos e versões da história.
Considerações
finais
Podemos compreender a História como uma
narrativa dos fatos passados. Neste sentido, o passado pode ser reconstituído,
visto que a narrativa pode contribuir para a percepção de uma imagem possível
de determinado contexto e período histórico.
Assim, tomar narrativas no ambiente
escolar como um método de aprendizagem pode proporcionar o desenvolvimento do
pensamento histórico. Isto porque, para desenvolve-lo, o aluno precisa dominar
habilidades de leitura, escrita e interpretação que o possibilitará compreender
as relações entre passado e presente, e perceber os movimentos que amarram
diversas temporalidades, sujeitos e contextos diferentes. A narrativa
possibilita ao professor problematizar conceitos fundamentais da História, uma
vez que mobiliza ferramentas de investigação próprias desta ciência para
compreender as experiências do passado a partir da análise de documentos e/ou
acontecimentos históricos.
Ao considerar, portanto, as
experiências e a agência ativa do aluno no seu próprio processo de aprendizagem
ao construir narrativas, é necessário que reflitamos sobre uma característica
sua que ainda não é muito contemplada em nossas escolas: a sua relação com o
virtual e o ciberespaço. Se antes o letramento ocorria por meio de livros
impressos, imagens estáticas e pelo texto escrito, os jovens estudantes do
século XXI tem acesso a hipermídias, redes sociais e variadas informações
disponíveis na internet. Cabe a ele fazer associações e interpretações a partir
do seu próprio ato independente de leitura. Desta forma, o ensino de história
pode se tornar mais amplo e dinâmico se pensado e planejado a partir do
ciberespaço.
Neste sentido, a pesquisa do Mestrado
Profissional em Ensino de História intitulada “Narrativas sobre a Diáspora
Africana no Ensino de História: trajetórias das populações de origem africana
em Desterro/SC no século XIX”, apresenta como proposta pedagógica um site
interativo no qual professores e alunos possam caminhar pelas redes de relações
construídas por estes sujeitos do passado e identificar suas experiências. No
entanto, o caminho a ser percorrido dependerá do usuário que está na frente do
computador, pois ele poderá fazer outras conexões através da hipermídia ali
estabelecida. Imerso nas possibilidades de construção de narrativa e conexão
com outras informações que o site apresenta, o usuário poderá aprender história
por meio da associação de diferentes mídias e dar significado as experiências
dos sujeitos da temática em foco.
Referências
Carolina Corbellini Rovaris é
professora da Educação Básica em Lages/SC e discente do Programa de Mestrado
Profissional em Ensino de História – ProfHistória, pela Universidade do Estado
de Santa Catarina – UDESC.
Inventário de Augusto, Africano Livre, 1861, Desterro,
Capital da Província de Santa Catarina.
RUSEN,
Jorn. Razão histórica: teoria da
história. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
SANTAELLA, Lucia. Navegar no
ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus, 2004.
__________________. Comunicação ubíqua: repercussões na
cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013.
SERRES, Michel. Polegarzinha. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.
SCHMIDT,
Maria Auxiliadora. Perspectivas da consciência histórica e da aprendizagem
histórica em narrativas de jovens brasileiros. Revista Tempos Históricos. Volume 12, 1º semestre, 2008, p. 81-96.
____________. Cognição histórica situada: que aprendizagem
histórica é esta? In: XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – ANPUH, Fortaleza:
2009. Anais eletrônicos: Disponível em: <http://anpuh.org/anais/wp-content/uploads/ANPUH.S25.pdf>
OTTO, Clarícia. História(s) nos anos iniciais da educação
básica: experiência, memória e narrativa. In: SILVA, Cristiani Bereta da;
ZAMBONI, Ernesta (orgs). Ensino de
História, memória e culturas. Curitiba: Editora CRV, 2013, p. 169-190.
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ResponderExcluirBom dia! No seu artigo você relata a proposta de desenvolvimento de um site interativo, então qual a sua opinião sobre o impacto da história digital sobre as formas tradicionais de narração do passado?
ResponderExcluirAtenciosamente,
Denise Frigo
Bom dia Denise!
ExcluirAo meu ver, no contexto de sala de aula, a história digital ainda não é muito presente. Os outros formatos de narração do passado ainda são mais utilizados. Penso que para cada estratégia o objetivo em sala de aula, um formato cabe mais que outro. A história digital nos permite ampliar os horizontes, porém é preciso sim uma orientação do professor em relação aos caminhos que serão utilizados pelo aluno neste processo, devemos atuar sempre como mediadores.
Espero ter respondido sua questão, fiquei com dúvidas sobre quais tipos de impacto estavas pensando, acabei puxando mais para o meu lado em sala de aula.
Olá Carolina, parabéns pelo seu texto! Lendo-o atentamente, pois tenho um interesse particular, pois também tenho esse olhar sobre o ensino de história e as novas leituras e, com isso, percebo quão dinamicas são as pesquisas nessa área! Adorei!
ResponderExcluirJefferson Fernandes de Aquino
Boa tarde Jefferson,
ExcluirObrigada! É sempre bom repensarmos nossas estratégias de ensino em sala de aula!
Abraços
Boa Noite, gostaria de saber na sua opinião, se o uso atual da tecnologia, por estar tão presente na vida cotidiana, e eventualmente na sala de aula, não traria um conceito de "facilidade", que faria com que os alunos busca-se respostas prontas, em detrimento da capacidade de aprender, pois ao utilizar um site interativo, baseado na geração atual, que é bastante tecnológica, isso não traria um ideal de enfraquecimento do ensino?
ResponderExcluirAtenciosamente,
Leonardo Irene Pereira Guarino
Bom dia Leonardo!
ExcluirEu penso que a tecnologia possa ser uma aliada no processo de ensino-aprendizagem. A proposta do site que estou desenvolvendo tem como proposta complexificar o pensamento histórico dos alunos. Ao invés de encontrarem respostas prontas no site sobre o tema, eles mesmos deverão criar narrativas a partir do que está sendo proposto lá. Então, neste caso, a tecnologia tem como objetivo potencializar a aprendizagem. Evidente que é necessário a mediação do professor nesta atividade, pois é ela que fará a diferença no manuseio e navegação do aluno na internet. É justamente por ser tão presente na vida cotidiana dos alunos, que devemos repensar nossas estratégias de aprendizagem,para que elas possam também, em alguma medida, incluir a tecnologia.
Oi Carolina, parabéns gostei muito do seu texto.
ResponderExcluirGostaria de saber se tem alguns exemplos de atividades de narrativa histórica?
Pergunto porque tenho uma pesquisa em andamento sobre "VARIAÇÃO DA INTERAÇÃO LEITURA-ESCRITA COMO CONSEQUÊNCIA DO ADVENTO DA ERA DIGITAL: RELAÇÃO ENTRE SUPORTE E GÊNERO TEXTUAL NUMA PERSPECTIVA DIACRÔNICA", onde pesquiso sobre a variação textual nos suportes digitais,incluindo sites e plataformas digitais.
E até entrei em contato com a Lucia Santaela por email e ela me indicou um texto dela, e indico a você também caso possa ajudar:
Sociotramas. Estudos multitemáticos sobre redes digitais.
São Paulo: Editora das Letras e Cores.
Abraços,
Monica Cordovil
Bom dia Mônica!
ExcluirAgradeço por compartilhar a referência, com certeza contribuirá com minha escrita.
Quanto aos exemplos de atividade de narrativa histórica, eu ainda estou elaborando-as. Neste momento, o site encontra-se em construção. Eu tenho algumas propostas e atividades que desenvolvi em sala de aula, porém não em meio digital, então acho que não poderia lhe ajudar. Mas em breve o site estará em pleno funcionamento, talvez possamos trocar nossos contatos.
Abraços!
Carolina Rovaris
Oi Carolina, sim seria ideal, pode pegar meu contato gmail que respondo aqui!!!
ExcluirVamos nos ajudar muito!
Monica Cordovil
Está certo então!
Excluir;)
Se tiver algum contacto google me passe então ou outro que preferir, é sempre bom aprender!!!
ExcluirMonica
Olá Carolina,
ResponderExcluirExcelente proposta. A ideia de um site interativo poderá contribuir para um ensino mais dinâmico e atraente para os alunos.
Gostaria de saber se você acredita que a tecnologia é um instrumento auxiliar ou se através de propostas como a sua ela pode vir a se tornar protagonista no processo de ensino-aprendizagem. Além disto, qual será o papel do professor frente a esta nova proposta?
Cordialmente,
Bruno da Silva Ogeda.
Bom dia Bruno!
ResponderExcluirEu ainda acredito que a tecnologia é um instrumento auxiliar. Pois o que fará a diferença no processo de aprendizagem é a mediação do professor. Cabe a nós orientarmos os alunos nas mais diversas atividades, independente do formato que ela tiver.
Por exemplo, com a proposta que estou desenvolvendo, ela requer que o professor instigue os estudantes e faça um estudo prévio com eles do contexto que será estudado, para somente depois partir para a investigação e construção da narrativa. Aí o papel do professor é fundamental. O site permite ao estudante uma maior interação com as experiências do passado, pois conterá imagens, mapas, desenhos representativos dos personagens. Mas por trás dele, há uma professora planejando uma estratégia de aprendizagem para seus estudantes.
Então, a tecnologia é um instrumento, os alunos são os protagonistas e nós, professores, mediadores deste processo.
Abraço!
Carolina Rovaris
Obrigado Carolina!
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