A
BATALHA DA BORRACHA E O ENSINO DE HISTÓRIA: UMA PROPOSTA DE ANALISE DOS
CARTAZES DE JEAN PIERRE CHABLOZ
A Batalha da Borracha
foi um importante capitulo durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), porém esta
batalha passa despercebida quando o tema é discutido em sala de aula não
passando apenas de uma analise rasa. E mais ainda desatenta parece ser a análise
das ricas imagens produzidas por Jean-Pierre Chabloz durante o período da
batalha, imagens essas cheias de significados e intenções, produzidas em um
contexto no qual em que se necessitava de uma significativa quantidade de
trabalhadores para os sertões da Amazônia com a finalidade primordial de
extrair o látex, um recurso natural vital naqueles anos de guerra. Este artigo
tem por objetivo a análise de cartazes produzidos por Jean-Pierre Chabloz como
parte da propaganda do (Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a
Amazônia) SEMTA para persuadir e recrutar o maior número possível de trabalhadores
para a Amazônia e de que forma estas obras propagandísticas poderiam ser uma
rica possibilidade de análise e estudo no ensino de História.
A
Segunda Guerra Mundial e a Batalha da Borracha.
A Segunda Guerra
Mundial (1939-1945) foi um grande conflito que envolveu praticamente todos os
países do mundo de forma direta e/ou indireta, divididos entre os países do
Eixo (Alemanha, Japão, Itália) e os Aliados (Estados Unidos da América,
Inglaterra e seus aliados). O período que analisaremos é o ano de 1943, “durante
os seis meses em que se dedicou a desenvolver essa campanha de propaganda –
janeiro a junho de 1943” (MORAES, 2011, p.2) confeccionando os cartazes para o
recrutamento de trabalhadores para a Amazônia, mas antes de adentrar o porquê
do recrutamento e da propaganda faz-se necessário entender a conjuntura que
levou a crise de abastecimento gomífero mundial e a criação de uma nova frente
de Batalha. Longe dos conhecidos teatros de guerra na Europa, África e no
Pacifico, agora a Batalha seria travada na Amazônia.
Na frente de batalha do
Pacifico após o ataque japonês a Pearl Harbor em Dezembro de 1941 e
consequentemente o interrompimento do fornecimento de borracha oriunda da
Malásia, que fora ocupada pelos japoneses, os países aliados vem-se em grandes
dificuldades para conseguir este recurso vital afim de dar continuidade a
guerra, pois como nos diz Martinello (2004, p. 83) a borracha era o “nervo da
guerra” sendo os americanos dependentes de 97% da borracha Malasiana. A
necessidade de látex fez com que os EUA voltassem seu olhar para a Amazônia
como principal centro fornecedor desta matéria prima. Outrora “adormecida” a
indústria extrativista de látex brasileira na linha Brasil-EUA, extração-exportação
retornaria ao seu pouso original, anteriormente interrompida com o cultivo da Hevea brasiliensis no Sudeste Asiático (SECRETO,
2007).
Para “despertar” a indústria extrativista de goma elástica na Amazônia seria
necessário o deslocamento de grandes recursos materiais e humanos, ou seja,
toda uma logística deveria ser empregada não só para extrair o látex, mas
também para transporta-lo até os portos de onde seria levado para os EUA e
seria transformado afim de compor os mais diversos materiais, desde sola de
sapato e pneumáticos; até tanques, aviões, navios etc. As diretrizes basilares
para a organização destas medidas ficariam definidas no que ficou conhecido
como os Acordos de Washington - grosso modo - nesta ficou definido que o
Governo Norte Americano entraria com o capital financeiro e ficaria a cargo do
Governo brasileiro estabelecer de que forma seriam destinados os recursos para
a extração da goma elástica.
Com o agravamento da guerra e a pouca migração de trabalhadores para a
Amazônia em 1943, como parte dos acordos de Washington é criado o (Serviço
Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia) SEMTA que deveria ter
como função alistar, treinar e prover as condições de transporte dos trabalhadores
para a Amazônia. Como parte dos esforços para recrutar mais trabalhadores, fora
convidado o artista suíço Jean-Pierre Chabloz (1910- 1984) que se juntaria ao
departamento de propaganda do SEMTA produzindo inúmeras cartilhas, ilustrações
e cartazes, que tinham como objetivo a persuasão do maior número possível de
trabalhadores para o sertão amazônico, no que ficaria conhecida como a Batalha
da Borracha.
Uma breve analise da Batalha da Borracha e dos
cartazes de Jean-Pierre Chabloz.
A Batalha da Borracha fora travada nos sertões amazônicos, quando a
crise de abastecimento de borracha fora agravada com a tomada do território da
Malásia pelo Japão imperial, cortando assim 97% do fornecimento de borracha
para os Estados Unidos. Em principio o Governo brasileiro buscou incentivar a
migração voluntária dos nordestinos, que na visão da politica Estado Novista
seriam uma solução para os problemas da falta de mão de obra de que padecia a
indústria extrativa do látex. Dessa forma o Estado Novo buscava resolver dois
problemas de uma só vez: 1) a ocupação dos “espaços vazios” e consequentemente
a vigilância das fronteiras; 2) suprir a demanda de mão de obra no esforço de
guerra. Em meio à conjuntura de guerra, a crise de goma elástica e a pouca migração
de trabalhadores para a Amazônia:
“Naquele momento de
instabilidade, surgiu o convite de Georges Rabinovitch, um amigo suíço que
trabalhava em favor dos interesses americanos na então recém-declarada Batalha
da Borracha, para que Chabloz atuasse na divisão de propaganda do SEMTA, um dos
órgãos criados pelo governo Vargas para operacionalizar os acordos referentes à
produção e à comercialização de borracha [...]”. (MORAES, 2011, p. 4)
O artista suíço Jean-Pierre Chabloz fora convidado a participar do
departamento de propaganda do SEMTA como aliado do Estado Novo, no intuito de
impulsionar a propaganda e atrair o maior número possível de emigrantes
nordestinos para a Amazônia. Para isso elabora alguns cartazes e cartilhas para
ilustrar e/ou representar a vida na Amazônia e o que seria o trabalho e os
deveres do seringueiro. Aqui nos deteremos apenas na analise de dois cartazes.
Como podemos observar abaixo.
Fig. 1
Na imagem acima podemos observar um trabalhador apoiado de costas ao
lado de uma porta, seu semblante parece ser de tristeza (apesar de não podermos
vê-lo) olhando os caminhões verde oliva do SEMTA que saem em direção a Amazônia
levando trabalhadores que parecem estar estonteantes de felicidade, dois
trabalhadores no caminhão da frente levantam as mãos em direção ao céu, como
que em agradecimento pela “nova vida” ou nova oportunidade de recomeçar em um
lugar melhor, que no caso, seria a Amazônia. A ideia que se passa é a de que
quem “vai”, busca a esperança de uma nova vida, parte alegre, talvez, por ter a
“certeza” da vitória na Amazônia. Já aqueles que ficam, parecem ter a tristeza
por companhia, tomados pelo ócio ou imersos na labuta infrutífera do sertão
cearense, o que se torna mais visível se observamos o grande pote vazio do lado
direito da porta que parece simbolizar a falta de água ou de alimentos ou, se
nos permite sugerir, a falta de melhores condições de vida de que padece o povo
nordestino naquele período. E por fim, na frase “vai também para a Amazônia” (na
parte superior do cartaz) podemos observar que a parte “para a Amazônia” está na
cor verde e localizada bem acima dos caminhões do SEMTA, corroborando assim, a
ideia de “felicidade na Amazônia”, partindo da máxima de que o verde simboliza
a esperança. Já na parte de baixo do cartaz, a frase “protegido pelo SEMTA”
quer transmitir a ideia de segurança, como se, no caso de algo dar errado,
todos tivessem a certeza de ser amparados pelo SEMTA.
O que podemos tirar desta imagem em uma analise superficial é a
mensagem implícita: e você? O que esta esperando para ir para a Amazônia? Terra
de felicidade, esperança (e se nos permite dizer) terra da fartura. Entretanto,
ao mesmo tempo em que se pregava que a Amazônia era a nova vida, também a
propaganda do SEMTA lembrava qual era a missão daqueles que iriam para a
Amazônia, ou seja, a Batalha da borracha, como podemos observar na imagem
abaixo.
Fig.2
A imagem acima nos mostra uma frase na parte superior “Cada um no seu
lugar!” logo abaixo temos o Brasil e a justificação de o porquê de “cada um no
seu lugar”, soldados fardados e armados dispostos no litoral do Brasil à
espreita e vigilantes, no aguardo de uma possível invasão, bem como “protegendo”
aqueles que estão na Amazônia, onde se encontram os soldados da borracha, que
lutam para extrair a maior quantidade possível de goma elástica visando suprir
a necessidade da indústria bélica Norte Americana. Na parte inferior do cartaz
temos a frase “para a vitória”, o que indica que todos devem fazer a sua parte
para vencer os inimigos na guerra, ou seja, soldados regulares patrulhando a
costa brasileira contra uma possível invasão Eixista, e seringueiros e/ou
soldados da borracha lutando nos seringais para suprir a demanda de borracha de
que padeciam os aliados na guerra. Assim, cada qual ao seu modo contribuiria
para a vitória final na guerra.
As duas imagens acima nos passam a ideia de uma vida fácil e uma
Batalha da Borracha pouco trabalhosa. Bastava o trabalhador se decidir pela
“nova vida” na Amazônia que o SEMTA iria prover todos os meios para o trabalhador
“fincar raízes” na nova terra, desde o treinamento e acompanhamento dos
“soldados da borracha” até o auxilio e amparo àqueles que tinham família, porém
a batalha da borracha foi dura para aqueles que adentraram a selva amazônica,
tendo de enfrentar a exploração dos senhores seringalistas e as péssimas
condições de trabalho nos sertões, além das doenças tropicais, ataques de
animais selvagens e possivelmente ataques de índios.
“o papel de inimigos
nesta guerra caberiam aos mosquitos, às doenças tropicais, ao tratamento
dispensado ao soldado da borracha pelo dono do barracão, ao clima da região
amazônica e (possivelmente) ataque de índios” (CORRÊA, 2017, p.35)
Como podemos observar a Batalha da Borracha não foi a ilusão romântica
vendida e propagada nos cartazes de Chabloz, pois o soldados da borracha
tiveram de enfrentar as adversidades de um novo clima, de uma nova cultura, este
confronto entre homem e natureza fez com que muitos soldados tombassem nos
campos de Batalha dos sertões amazônicos, durante o período em que durou a
Batalha da Borracha.
O auxilio do SEMTA também deixou a desejar ao descumprir com suas
promessas de amparo às famílias dos seringueiros, bem como, aos próprios
seringueiros, que se viram abandonados pelo SEMTA.
Mas Como podemos trabalhar estas imagens e todas as mensagens que estão
explicita e implícitas ligadas nas obras de Jean-Pierre Chabloz, utilizando-as
em sala de aula como instrumento pedagógico do processo de ensino e
aprendizagem? Para isso faremos uma breve abordagem do uso de imagens na sala
de aula.
A imagem no ensino de história: uma abordagem dos
cartazes de Jean-Pierre Chabloz.
“Se bem utilizadas, as
imagens podem auxiliar os estudantes na problematização de conceitos
históricos, num convite para que pensem ou fiquem curiosos sobre determinados
temas, como sendo uma poderosa fonte de informação” (PORTO; SILVA, 2012, p. 64)
Porém, para falarmos em análise de imagem devemos retomar seu processo
de confecção e ir mais além, ou seja, devemos retomar a conjuntura em que a
mesma foi criada. Para isso devemos fazer alguns questionamentos com vista a
refletir e criticar tal imagem, para tanto podemos fazer as seguintes perguntas:
qual governo estava no poder à época? Por que esta imagem foi criada? Quem a
fez? Com que finalidade? Qual o material utilizado? Estas e outras perguntas
respondem algumas questões que a priori introduziram o professor e/ou os alunos
a análise da imagem. Como nos diz Litz (2009).
“Vivemos, indiscutivelmente,
em uma era de informações associadas às imagens. Saber interpretar corretamente
signos visuais tornou-se uma necessidade aos acadêmicos e profissionais do
ensino. E por isso mesmo, o estudo associado às imagens se tornou uma das
ferramentas mais utilizadas pelos professores de história para efetuar seu
trabalho, tanto em pesquisas como no dia-a-dia em sala de aula”. (LITZ, 2009,
p. 4)
A necessidade de saber
analisar as imagens é indiscutível, pois com o aumento de produção das mais
diversas imagens faz-se necessário um aprofundamento teórico e metodológico
cada vez maior para analisar não somente pinturas, mas fotos, desenhos,
litogravuras, charges etc. Porém segundo Litz 2009 precisamos saber “interpretar
corretamente signos visuais”, entretanto discordamos de Linz, pois cremos não
ter uma interpretação “correta”, algo interpretado em seu sentido cabal, ou
seja, as ciências assim como a história estão sempre em contínuas
transformações, podendo a análise de uma imagem não ter a mesma interpretação
para variadas pessoas que podem vir a analisa-la.
A análise dos cartazes de
Jean-Pierre Chabloz tem inúmeras questões que podem ser trabalhadas em sala de
aula, já que:
“[...] o professor
precisa escolher as imagens ou os temas de acordo com seus objetivos
didáticos e adequados à faixa etária dos alunos. Deve procurar diversificar a
linguagem e o tipo de imagem utilizada, e não se limitar aquelas disponíveis
nos materiais didáticos. Assim como os historiadores utilizam as imagens como
fonte de informação sobre o passado, os alunos também podem, de acordo com os
interesses didáticos de cada atividade proposta pelo professor, fazer o mesmo:
tornar as imagens fontes de informação sobre os temas históricos que estudam.
Esse recurso didático pode ser uma forma de atrair a atenção dos alunos e
leva-los a se sentir capazes de analisar os diferentes tipos de imagens que
veem todos os dias”. (ZUCCHI, 2012, p. 121)
Ao levarmos os alunos ao
interesse pelas informações contidas nas imagens e consequentemente à reflexão
de tais elementos, estes descobrirão questões que ultrapassam a simples análise
preliminar da obra, pois observaram (orientados pelo professor) os caracteres
que compõe a tessitura de uma obra artística, suas trocas de informações que
criam uma harmonia entre os diálogos explícitos e implícitos que visam dar uma
informação e/ou uma mensagem. Para isso enumeraremos aqui três possíveis
sugestões para se trabalhar os cartazes no ensino de História.
Como primeira sugestão
poderíamos trabalhar a questão social da época que envolvia majoritariamente o
povo nordestino, ou seja, problematizando algumas questões poderemos adentrar
no porque do destaque do povo nordestino como o “povo escolhido” para povoar a
Amazônia, tais como: Quais dificuldades enfrentavam o povo nordestino neste período?
Quais as medidas foram adotadas pelo Estado Novo para solucionar as mazelas do
povo nordestino?
Como segunda sugestão
pode-se trabalhar o conceito de representação para adentrar na análise e no
posterior debate de como era representada a Amazônia por meio das pinturas de
Chabloz, ou seja, quais as formas de representar a Amazônia foram adotadas pelo
artista? Isto nos levará a análise do meio ambiente amazônico e suas possíveis
“facilidades” de domínio exposta no cartaz de Chabloz.
E por fim podemos trabalhar
a Batalha da Borracha, analisando em que condições foi travada esta importante
Batalha durante a Segunda Guerra Mundial? Quem eram os inimigos? Quais eram os
objetivos desta Batalha? Desta forma estas e outras questões levarão a muitas
outras problematizações que podem ser trabalhadas em sala de aula.
Considerações Finais.
Os cartazes de Jean-Pierre
Chabloz não deixam de ser uma rica fonte histórica, produto fundamental do
historiador que deseja estudar como (possivelmente) pensavam, sentiam, viviam e
olhavam o mundo, aqueles que viveram em determinada época, e nisto estão
envoltos variadas ciências que dialogam com a História: Geografia,
Antropologia, etc. todavia para se trabalhar em sala de aula, sugerimos uma análise
das pinturas de forma paulatina por se tratar de uma rica fonte com muitas
mensagens explicitas e implícitas, deve-se entender quais as razões que levaram
a construção desta obra, quais os elementos sociais, políticos e econômicos que
estão imbricados na construção desta pintura. A visão parcial-analítica da obra
trará apenas uma rasa ideia do que se queria transmitir com esta obra
pictórica. Toda obra de arte, sendo ela simples ou complexa, tem uma
intencionalidade que esta explícita a qual todos aqueles que veem entendem e/ou
absorvem de imediato a mensagem de modo mais direto, bem como também tem as
mensagens implícitas, que são aquelas que necessitam de tempo e pesquisa para
uma análise mais critica e reflexiva.
O que sugerimos aqui é
ultrapassar esse olhar superficial da imagem, ou seja, devemos ir para além da
mensagem explícita, levando em conta as relações de troca entre os elementos
que compõe uma confecção artística, ou seja, de uma forma transversal podemos
introdutoriamente trabalhar algumas noções de geografia, arte, matemática,
antropologia, biologia, etc.
Aqui deixamos a sugestão aos
professores, alunos e curiosos, que desejam trabalhar imagens no ensino de história
para não “derramar” em seus alunos, todos estes elementos que compõem a
tessitura de uma obra, mas para que de forma propedêutica possam estar trabalhando
algumas questões que estão intrinsicamente ligadas à obra analisada: sociedade,
espaço, tempo etc.
Referências.
Victor Lima Corrêa é
professor licenciado em História formado pela Faculdade Integrada Brasil
Amazônia (FIBRA).
CORRÊA, Victor.
Lima. Travada a grande batalha da Amazônia”: as representações sobre a batalha da borracha no jornal paraense
Folha Vespertina (1942-1945). Trabalho
de Conclusão de Curso (História). Faculdade Integrada
Brasil Amazônia (FIBRA). Belém, 2017.
LITZ, Valesca. Giordano. O uso da imagem no ensino de História. Curitiba. 2009. Disponível
em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br>.
MARTINELLO,
Pedro. A “batalha da borracha” na
Segunda Guerra Mundial. EDUFAC, Rio Branco. 2004.
MORAES,
Ana. Carolina. Albuquerque. de. Vida Nova na Amazônia: a cor como elemento de persuasão em cartaz da “Campanha da Borracha”.
Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011.
Disponível em:<http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/>.
PORTO, Amélia; SILVA,
Marco. Orientações didáticas para o ensino de História. In: Nas trilhas do
ensino de História: Teoria e prática. Rona. Belo Horizonte, 2012.
SECRETO,
Maria. Verónica. Soldados da Borracha:
trabalhadores entre o sertão e a Amazônia no governo Vargas. Editora
Fundação Perseu Abramo. São Paulo. 2007.
ZUCCHI, Bianca.
Barbagallo. As fontes e os documentos históricos não escritos. In: O ensino de
História nos iniciais do Ensino Fundamental: teoria, conceitos e uso de fontes.
Edições SM. São Paulo, 2012.
De que forma poderia ser trabalhada tais obras de arte em sala de aula? por meio de analise em data show? copias coloridas ou em preto em branco disponibilizado pelo professor para os alunos?
ResponderExcluircomo sera promovido o acesso desta fonte de análise aos alunos?
MARIANNY CIRILO BORGES
Obrigado pela pergunta Marianny Borges! entendemos que existe várias limitações no espaço escolar, em se tratando especificamente de recursos eletrônicos (data-show) a escola não tendo o suporte o professor pode fazer uma "adaptação" imprimindo a obra colorida e com uma boa resolução, apenas uma impressão basta.
ExcluirO professor deve explicar a imagem aos alunos, chamando a atenção para o ponto que se quer trabalhar na aula, exemplo: sociedade, economia etc.
O professor deve se adaptar a realidade que encontrar na sala de aula, infelizmente é assim que devemos agir.
O importante é o aluno ter acesso ao conhecimento, refletir sobre ele e consequentemente transformar o seu meio social.
VICTOR LIMA CORRÊA
Parabéns pelo trabalho. Sabendo que um dos temas transversais são as comunidades e povos a margem da sociedade. Neste sentido não faltou um explanação sobre os povos indígenas neste processo de extração de borracha na Amazônia?
ResponderExcluirOla Guido Aguiar, obrigado pela pergunta! em se tratando de um artigo de 3.000 caracteres, não poderíamos aqui trabalhar o tema dos povos indígenas nesse período de extração de látex na Amazônia, isto fica a cargo (como sugestão) do professor que deseja trabalhar com a temática de extração da borracha no período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e tratar do tema dos povos indígenas, o que nos parece ser muito interessante, pois quase não se fala dos povos indígenas que habitavam Amazônia no período da Segunda Guerra. Como foi dada essa troca cultural? como se deu a mediação de conflitos entre índios e seringueiros? a questão de territórios indígenas foram respeitadas durante esse período?
ExcluirAgradeço a pergunta e futuramente espero trabalhar a temática povos indígenas durante a Segunda Guerra Mundial.
VICTOR LIMA CORRÊA.
Olá Victor, parabéns pelo excelente trabalho.
ResponderExcluirDevido ser um tema pouco explorado pelos livros didáticos, quais outras fontes podemos utilizar para fazer uma abordagem da Batalha da Borracha em sala de aula?
Natália Miranda da Silva
Obrigado pela pergunta Natália Silva! Dependendo da profundidade que você queira trabalhar o tema, bem como o tempo disponível que você tenha para pesquisar e elaborar a aula, você pode trabalhar com entrevistas e documentários dos soldados da borracha e sobre a batalha da borracha, que encontram-se disponíveis no You Tube ou se tiver acesso a hemeroteca de sua cidade, pode colher recortes de jornais que circulavam no período da Guerra (levando em conta que a mídia era censurada no período do Estado Novo) ou fotos que buscavam demonstrar como era a preparação dos soldados nos pousos até sua ida para os sertões da Amazônia.
Excluirexistem inúmeras fontes disponíveis na internet e outras que você encontrara somente em arquivos e hemerotecas.
obrigado pela pergunta!
VICTOR LIMA CORRÊA
Boa tarde, Victor
ResponderExcluirPrimeiro, gostaria de parabenizar pelo trabalho. É muito bom ver imagens sendo utilizadas na sala de aula de forma crítica, contribuindo para a alfabetização do olhar dos alunos e não tratando a iconografia apenas como ilustração. Além disso, não conhecia o trabalho do Jean Pierre Chabloz, que rico material para discussão.
Só uma dúvida, na sua metodologia vc utilizou/conheceu alguma abordagem específica para a leitura dos cartazes (algum autor que trate do assunto) ou construiu sua leitura numa abordagem analítica/crítica da imagem mesmo?
Mais uma vez, parabéns pela discussão.
Att.
Obrigado pela pergunta Audrey Barbosa! a análise metodológica das fontes que utilizamos neste artigo passam pelo leitura e estudo de alguns autores: Roger Chartier, Carla Pinsky, Jaques Legoff, Sandra Pesavento, Marc Bloch, dentre outros.
ExcluirA partir da leitura de tais autores e consequentemente o contato com as fontes e a pesquisa do período abordado, conseguimos formular criticas, questionamento e reflexões acerca dos documentos analisados.
a leitura de autores que tratam da temática "Batalha da Borracha", é de suma importância para o "entendimento" do que se quis passar com as inúmeras obras de Chabloz.
VICTOR LIMA CORRÊA.